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quarta-feira, 29 de maio de 2019

Qual é a minha parte em um milagre?

Qual é a minha parte em um milagre?

“Então, ordenou Jesus: Tirai a pedra. Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias. Respondeu-lhe Jesus: Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus?” (João 11.39-40).

Obediência à palavra de Jesus: “Então, ordenou Jesus: Tirai a pedra”. A fé sem obediência é misticismo, sentimentalismo, a religiosidade. A obediência sem fé é legalismo, automotivação, a autossuficiência. Não importa o quão drástica seja a ordem de Deus (é claro que certificando-se de que é Deus quem dá a ordem), devemos obedecer. A obediência é o primeiro passo na fé.

Rompendo com todas as impossibilidades da razão: “Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias”. A razão, o bom senso são obstáculos para a fé e obediência. Se ouvimos claramente a palavra de Deus e estamos obedecendo radicalmente, a razão passará o plano espiritual, sobrenatural e vai colaborar com o que Deus quer fazer, e nos levará à obediência.

Crer em Jesus como o Todo-Poderoso: “Não te disse eu que, se creres...?”. A palavra que Jesus havia dito aos discípulos agora torna-se realidade: “...Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado.” (João 11.4). Jesus é o profeta, não há ninguém como Ele. Toda profecia é derivada em obediência a Ele, depende dEle e aponta para Ele.

Veja que Deus receba a glória, e garanta que só Ele a receba: “verás a glória de Deus”. Em última análise, todo milagre independente de seu tipo ou o espetacular que seja, é para que Deus será glorificado. Devemos todos dizer: Eu quero servir ao Deus todo-poderoso e somente a Ele.

“Profundamente comovido, outra vez!”

“Profundamente comovido, outra vez!”

“Jesus, agitando-se novamente em si mesmo, encaminhou-se para o túmulo; era este uma gruta a cuja entrada tinham posto uma pedra.” (João 11.38).

A frase “profundamente comovido” é uma palavra na língua original. Aparece anteriormente no versículo 33, e traduzido significa: “agitou-se” e “comoveu-se”.

O dicionário dá a seguinte explicação da expressão “em-brim-ah’-om-ahee” (“comoveu”): Vem a preposição “em”, que significa dentro e a palavra “brimaomai”, indicando, respiração abruptamente com ira, ter indignação, pode-se ouvir o som da respiração do estado emocional. Esta atitude de Jesus diante do caso de Lázaro diz-nos que estava muito, muito chateado.

Por que Ele estava tão chateado? Creio que estava chateado pelo desespero. Haviam circunstâncias impossíveis: (1) “túmulo”, símbolo da depressão, frieza, escuridão; (2) “tinham posto uma pedra”, símbolo de separação, obstáculo, prisão; (3) “morte”; (4) separação; (5) frustração (não atingiu o Mestre). A cena era de desespero absoluto, não havia solução!

Jesus está chateado diante de todas as circunstâncias de desespero que nos cercam, quer sejam pessoais, de entes queridos, ou situações fora do nosso alcance. Ele está muito chateado e quer trazer esperança, vamos permitir que Ele entre em ação nas circunstâncias da nossa vida!

É tão maravilhoso pensar que Jesus, mesmo que esteja à direita do Pai, também habita em nós e está tão perto que tudo que temos que fazer é falar com Ele e Ele nos responde dia a dia e momento a momento. Hoje Ele continua se movendo e atuando diante de nossas necessidades.

Por que Jesus chorou?

Por que Jesus chorou?

“Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se. E perguntou: Onde o sepultastes? Eles lhe responderam: Senhor, vem e vê! Jesus chorou.” (João 11.33-35).

“Jesus chorou”. Esta frase nos dá um raio-x do coração de Jesus. Quem não chorou? Chorou de alegria, desespero, frustração, por ser mal interpretado, por sentir-se inútil, por sentir-se sozinho, e por muitas outras circunstâncias.

Jesus nos compreende e nos compreende profundamente, pois tinha nossas mesmas emoções. Suas “fibras” eram idênticas as nossas, e em tudo! Ele foi “tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.”(Hebreus 4.15b).
Jesus chorou por Lázaro? Aqueles que viram Jesus chorar disseram: “Vede quanto o amava”, mas antes disso, diz que quando viu que Maria e os judeus estavam chorando “agitou-se no espírito e comoveu-se”. Não creio que Jesus chorou por Lázaro, porque Ele sabia que ele iria ressuscitar, mas porque Ele sentiu a dor de Marta, Maria e os judeus. Ele chorou pelo desespero de seus amigos. Jesus está conosco nos momentos felizes, mas também em momentos de dor. Ele chorou porque as pessoas ainda não entendiam quem realmente era seu amigo, Jesus, o Filho de Deus, o mesmo Deus onipotente: “Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido... Mas alguns objetaram: Não podia Ele, que abriu os olhos ao cego, fazer que este não morresse?” (João 11.32, 37).

Hoje Escritura nos leva a um padrão mais elevado do que Marta, Maria, e os visitantes. Hoje sabemos que Jesus é “a ressurreição e a vida; vida abundante e vida eterna“. Hoje sabemos que Ele é a esperança, a única esperança, e para qualquer situação.

Quando Jesus nos convida para um encontro

Quando Jesus nos convida para um encontro

“Tendo dito isto, retirou-se e chamou Maria, sua irmã, e lhe disse em particular: O Mestre chegou e te chama. Ela, ouvindo isto, levantou-se depressa e foi ter com ele.” (João 11.28-29).

Jesus quer ter um tempo especial com cada um de nós. Ele nos convida a ter um encontro com Ele. Geralmente, Ele nos convida através de Outro, e este é o Espírito Santo: “retirou-se e chamou Maria, sua irmã, e lhe disse em particular: O Mestre chegou e te chama”.

Como lemos em Tiago 4.5. “Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que Ele fez habitar em nós?”. Quão poderoso é saber que temos um Deus que gosta de passar tempo conosco! E que constantemente nos chama para também nos regozijemos em sua presença. E o que é mais belo é que é uma citação pessoal, de coração a coração. No céu será frente a frente.

Maria, irmã de Lázaro, tem uma sensibilidade incrível diante do convite de Jesus: “Ela, ouvindo isto, levantou-se depressa e foi ter com Ele”. Isso é obediência imediata e radical. Se Ele nos chama corramos para Ele.

Ela não só “levantou-se depressa”, mas O encontrou.

Quando estamos em busca de Jesus, ao encontra-lo outros vão notá-lo, mas não entendem nossa paixão de estar com Ele, “Os judeus que estavam com Maria em casa e a consolavam, vendo-a levantar-se depressa e sair, seguiram-na, supondo que ela ia ao túmulo para chorar.” (João 11.31).

Aceitemos a cada o Seu convite! Devemos acrescentar algo mais. Maria não buscou Jesus, ocasionalmente, nem ocasionalmente ouviu o seu chamado, esta era uma prática constante de sua vida.

Chaves da fé (2)

Chaves da fé (2)

“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto? Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo.” (João 11.25-27).

Há uma incrível relação entre a oração, fé, esperança e amor: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.” (1 Coríntios 13.13). Enquanto estamos no mundo terreno, precisamos muito. Paulo sugere que um dia precisaremos apenas de amor, e de lá a essência deste “agora”.

A esperança é o farol da fé. A fé aponta para a esperança. Realmente a única esperança é Jesus e Sua vida em nós. Ele é nosso farol, nossa luz, nosso herói. Nossa esperança é baseada em suas palavras: “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente.“

A esperança sem fé é morta. Uma sem o outra não pode existir. A fé nos dá esperança, a esperança viva da fé.

A esperança é algo concreto, não é algo abstrato e efêmero. A esperança expressa: “Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo“. “Eu tenho crido”, é uma total dependência de Jesus. “Tu és o Cristo”, Ele é o nosso Salvador, Libertador, sem Ele não há esperança. “O Filho de Deus, que veio ao mundo”: Ele é real, habita em mim, está em meu mundo. Eu permiti invadir meu mundo. Sem Ele não há esperança! É por isso que nEle deposito toda minha fé, arrisco tudo o que sou. Não o faço por obrigação, mas confio que Ele me amou primeiro, antes mesmo que eu o conhecesse. Não há outra escolha senão a amá-Lo com todo o nosso ser.

As chaves da fé (1)

As chaves da fé (1)

“Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá. Declarou-lhe Jesus: Teu irmão há de ressurgir. Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá;” (João 11.22-25).

A fé baseia-se na oração: “Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá”. Sem o conhecimento de Deus, que vem do nosso relacionamento com Ele, não há fé. O conhecimento de Deus e nosso relacionamento só ganha vida através da oração e de ouvir (ler, ouvir e obedecer) a palavra de Deus.

A oração da fé está dirigida diretamente a Deus e somente a Deus: “tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá”. Apenas a resposta de Deus satisfaz a nossa fé.

A fé se fundamenta na palavra de Jesus. A palavra que assegura e confirma: “Declarou-lhe Jesus: Teu irmão há de ressurgir”. A palavra de Deus, a leitura da Bíblia e Sua resposta como oramos nos dão a certeza de Seu amor. Ele vai conceder nossos pedidos a Seu modo e sempre pensando em nosso bem-estar, ou seja, fortalecendo nosso relacionamento com Ele.

Fé é ativada quando cremos literalmente na palavra de Jesus: “Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia”. A palavra de Deus é a semente da fé: “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.” (Romanos 10.17).

A fé é em Jesus, não em nossas orações ou em nossos sacrifícios ou jejuns. É a fé em Cristo e em Cristo somente: “Quem crê em mim, ainda que morra, viverá;”. “...Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.” (Atos 16.31).

A fé se fundamenta em quem é Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida”. Colocamos toda a nossa confiança nEle: o “EU SOU”.

Chaves da oração

Chaves da oração

“Marta, quando soube que vinha Jesus, saiu ao seu encontro; Maria, porém, ficou sentada em casa. Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão. Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá.” (João 11.20-22).

Estar consciente da presença de Jesus: “quando soube que vinha Jesus”. Jesus sempre está perto. Esse conhecimento nos encoraja e nos dá segurança. Temos confiança de que Ele próprio está perto e que sempre nos ouve.

A busca decidida: “saiu ao seu encontro”. Não é apenas saber que está próximo, a chave é uma oração constante clamando sua atenção. Esta é a oração em ação.

A declaração transparente, abrindo o seu coração: “Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão”. Não devemos esconder nada de Jesus, mesmo nossas frustrações. Ele já conhece nossos corações, nossos pensamentos, ainda assim devemos reverentemente entregar nossos fardos sobre Ele.

A segurança da sua resposta: Devemos crer que Ele existe quando nos aproximamos dEle; precisamos ser humildes e reconhecer nossa necessidade dEle e do Espírito Santo em nossas vidas. Como diz 2 Crônicas 7.14, também precisamos nos desviar de nossos maus caminhos para que possamos apresentar-Lhe nosso pedido.

Por outro lado, creio que Deus nos surpreende muitas vezes quando chegamos a Ele sem muito protocolo, nenhuma pompa ou regras e se vamos a Ele com toda força de nosso coração e uma grande necessidade. Ele está lá com os braços abertos, com um coração cheio de amor e misericórdia para nos ajudar. Ele é o nosso Pai celestial! E nós, não temos recebido apenas grandes milagres de Sua parte, mas dia após dia, vemos como sua mão nos guia e responde, mesmo com pedidos aparentemente insignificantes.

Será que Jesus chega tarde?

Será que Jesus chega tarde?

“Chegando Jesus, encontrou Lázaro já sepultado, havia quatro dias. Ora, Betânia estava cerca de quinze estádios perto de Jerusalém. Muitos dentre os judeus tinham vindo ter com Marta e Maria, para as consolar a respeito de seu irmão.” (João 11.17-19).

A palavra diz: “Chegando Jesus, encontrou Lázaro já sepultado, havia quatro dias”. O escritor do Evangelho nos dá a entender que “Jesus... encontrou” que Lázaro estava morto. Estas palavras sugerem que Jesus ainda esperava que Lázaro estivesse vivo. É interessante pensar que para Jesus sempre estamos vivos, embora tenhamos experimentado a morte física. Para Ele a morte é apenas uma outra dimensão da existência. Uma mudança de “direção” de habitação. Sabemos que Jesus ressuscitou Lázaro. Mas logicamente também sabemos que Lázaro morreu novamente.

No entanto, em Jesus, mesmo depois da morte há vida: A vida que Ele promete é mais do que temporária, é vida eterna: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

Por outro lado, a nossa perspectiva da morte física é negativa, desoladora, sem esperança, e por que não?, até egoísta. Gostaríamos de segurar aqueles que amamos e não deixá-los passar para a presença de Deus: ”Muitos dentre os judeus tinham vindo ter com Marta e Maria, para as consolar a respeito de seu irmão”.

É correto chorar com os que choram, é correto entristecer-se pela perda de um ente querido. No entanto, nossa perspectiva é apenas temporária. A perspectiva de Jesus é eterna. Por isso, Ele nunca chega tarde! “Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado. Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.” (João 11.4-5).

Atitudes/Determinação

Atitudes/Determinação


“E por vossa causa me alegro de que lá não estivesse, para que possais crer; mas vamos ter com ele. Então, Tomé, chamado Dídimo, disse aos condiscípulos: Vamos também nós para morrermos com ele” (Jo 11.15,16).

Jesus, em seu infinito amor e sabedoria, se alegra por não ter estado com Lázaro, “para que possais crer”.

Dá alegria ouvir estas palavras de Jesus, porque nos permitem ver que sua intenção não é ignorar-nos quando clamamos a Ele, pelo contrário, ELE quer nos mostrar algo maior: o poder, a misericórdia e a soberania de Deus. Jesus se alegra que a nossa fé cresça e se fortaleça.

Não é capricho de Deus. Ele não faz as coisas apenas “porque sim”. Ele sempre tem um propósito, e é para salvação, para levantar seus discípulos, para levá-los a uma maturidade espiritual. Sua atitude é de determinação.

Ao contrário, nossa atitude é quase sempre baseada no óbvio e muitas vezes é caprichosa, buscando nossa própria segurança.

Cada um de nós tem sua própria personalidade. Tomé é uma pessoa fatalista. Vê o negativo, tem uma “determinação fatalista”: “Vamos também nós para morrermos com ele”.

Embora o que Tomé disse seja algo do momento, e tenha dito de forma negativa, na verdade suas palavras deveriam ser a atitude de todo crente: “Vamos também nós para morrermos com ele”, para salvação de outras pessoas. Jesus determinou sua missão de forma positiva, morreu fora da cidade por nós. Ele foi para lá morrer para nos salvar. Realmente devemos ir para a cruz com ele para salvar os outros e, assim, viver a vida de ressurreição.

Hoje, como podemos morrer para nós mesmos para que outros conheçam a Jesus?

Espírito Santo, enche-nos, guia-nos e usa-nos!

Alguns princípios sobre a fé

Alguns princípios sobre a fé

“Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu; e por vossa causa me alegro de que lá não estivesse, para que possais crer; mas vamos ter com ele” (Jo 11.14,15).

Jesus é o Autor e Consumador da nossa fé (Hb 12.2): “Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo” (Jo 11.11). Nossa tarefa como cristãos é crer em Jesus. Podemos confiar plenamente nEle, em suas palavras, suas promessas, suas ações, em sua salvação e em tudo o que Ele faz em nossas vidas. Podemos entregar nossas necessidades a Ele para que trabalhe de acordo com sua vontade, misericórdia, graça, justiça e verdade.

Nossa compreensão do espiritual é limitada (“eles supunham que tivesse falado do repouso do sono”), e devemos sempre confiar na Palavra de Deus e, neste caso, nas palavras de Jesus. Ele conhece a Deus intimamente, e tudo o que Deus é, Jesus é, tudo o que Deus sabe, Jesus sabe: “Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu”.

A fé gera esperança, a esperança gera realidade espiritual e até mesmo material, “mas vou para despertá-lo”. Esperança e fé não se baseiam em nossa oração ou em exercícios espirituais, mas no caráter, amor, santidade e fidelidade de Deus. Ele diz, Ele fará. Ele promete, Ele cumpre. Fé e esperança são para nós os resultados da ação de Deus, especialmente para afirmar nosso conhecimento de Deus, nossa dependência dEle, a fim de reforçar a nossa fé, confiando absolutamente nEle.

Jesus se alegra porque sabe que, com este milagre, a fé de seus discípulos aumentaria e Jesus também se alegra por nós quando, em momentos difíceis, nossa fé se fortalece.

Risco calculado

Risco calculado

“Depois, disse aos seus discípulos: Vamos outra vez para a Judeia. Disseram-lhe os discípulos: Mestre, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e voltas para lá?” (Jo 11.7,8).

Jesus tinha saído da Judeia “fugindo”, porque havia curado um cego. Sua proclamação de que era a luz do mundo o colocou contra os espiritualmente cegos.

Agora há outra situação. Por amor a Lázaro deve voltar a Betânia (perto de Jerusalém), a cidade de Lázaro, Maria e Marta. Os discípulos estão com um pouco de medo: “Mestre, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e voltas para lá?” Em outras palavras, vale a pena arriscar a vida apenas para visitar um amigo doente?

A verdade é que Jesus não iria a Jerusalém apenas para tratar do caso de Lázaro, ele foi para tratar do meu caso, do seu e de toda a humanidade.

Até agora, temos visto Jesus como o “pão da vida”; “a fonte de água viva”; “a eternidade”; “a luz do mundo”; “o bom pastor”; aqui ele aparece como “a ressurreição e a vida”. Que outro deus há como Ele? Nenhum!

Paulo expressa os sentimentos de Jesus: “Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus” (At 20.24).

Que Deus nos dê a mesma paixão, sabedoria, visão, coragem e plenitude do Espírito Santo para também levar até o fim a missão de Deus.

Jesus assumiu um risco calculado, Ele sabia que não estaria sozinho. Ele sabia que, diante da perseguição, do sofrimento e até da morte, Deus sempre tem a última palavra: VIDA.

Bendita sabedoria

Bendita sabedoria

“Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado. Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava” (Jo 11.4-6).

É impossível compreender os caminhos de Deus. É impossível compreender a sua mente e sua maneira de decidir. Muitas das decisões de Jesus não têm explicação. Mas, no final, percebemos que ele estava certo.

No caso da morte de Lázaro, vemos que Jesus toma uma decisão de difícil compreensão para nós: “Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava”.

Podemos ver um lampejo de sua sabedoria nos versículos anteriores, sobre a razão pela qual tomou a decisão de não ir. Primeiro, tudo o que Jesus faz, diz e decide é “para a glória de Deus”. Tudo o que Jesus faz é para que Deus, o Pai, seja reconhecido pelo que Ele é: o Deus Todo-poderoso, onisciente, sábio. Se há algo bom, ele deve receber toda a glória, pois faz tudo com infinita sabedoria.

A segunda razão pela qual Deus toma decisões é seu amor: “amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro”. Por trás de cada ação, decisão, acontecimento de Deus, está seu amor. Seu amor é o motivo para tudo o que faz. É um amor santo, sempre pensando no bem-estar supremo do ser humano.

Deus não é um ser caprichoso agindo para vangloriar-se. Pelo contrário, tudo que faz é para beneficiar seus queridos. Muitas vezes não entendemos a razão pela qual não responde às nossas orações imediatamente, ou por que não nos dá o que pedimos.

Mas realmente todo o bem que faz durante as circunstâncias difíceis, Ele o faz por amor e para nos tornar conformes “à imagem de seu Filho” Jesus.

A fé de Jesus

A fé de Jesus

“Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado. Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro” (Jo 11.4,5).

Jesus ouviu de um mensageiro que a enfermidade de seu amigo Lázaro era grave. Agora, temos a sua resposta.

Antes de tudo, sua resposta apresenta a fé de Jesus: “Esta enfermidade não é para morte”. Jesus confia em seu Pai. Ele sabe de todo o coração que a sua oração ao Pai pela vida de Lázaro será respondida.

Em segundo lugar, Jesus sabe que pode arriscar sua palavra publicamente sobre a situação na reputação do Pai. Seu Pai não o decepcionará: “Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado”. Deus será honrado com a fé de Jesus.

Na oração do Pai Nosso, dizemos: “Santificado seja o teu nome”. Quantas vezes, quando pedimos algo, pedimos para a glória e exaltação do Pai e do Filho?

Jesus sabe que o Pai, mais a sua fé, o glorificará diante dos outros: “a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado”. A confiança de Jesus é baseada em seu relacionamento íntimo e profundo com o Pai. Jesus era e é santo, e tudo o que fazia era em cumprimento da sua missão, submetendo-se e obedecendo ao Pai em tudo.

Jesus intercede por Lázaro pelo imenso amor que tinha por ele e sua família: “amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro”.

Vamos colocar nossas necessidades mais profundas em Jesus. Não é a quantidade de fé que move a mão de Deus, é em quem colocamos a fé. Vamos depositar nossa fé em Jesus. É nEle que cremos, e é nEle que podemos arriscar a nossa oração em voz alta, confiando em Jesus, “... o Autor e Consumador da fé...” (Hb 12.2).

Vá para onde realmente é ouvido

Vá para onde realmente é ouvido

“Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas. Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado. Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro” (Jo 11.3-5).

O que fazer quando estamos diante de uma necessidade urgente? Devemos ir para onde realmente vão nos ouvir.

Muitos se sentem sozinhos e abandonados. Este sentimento é porque não há quem escute as grandes necessidades do seu coração.

Nesta passagem temos uma pessoa exemplar, Maria, irmã de Lázaro, que tinha paixão de estar perto de Jesus e ouvir a sua Palavra. Maria conhecia Jesus, tinha-o ouvido com atenção, sabia para onde ir, sabia quem haveria de ouvir, por isso, ela e sua irmã Marta “Mandaram, pois, [...] dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas”.

Hoje nós ainda desfrutamos desse mesmo privilégio que tiveram Maria e Marta. É verdade que não podemos vê-lo com nossos olhos físicos, nem podemos tocá-lo, mas sabemos que está aqui conosco, nos ouvindo; que nos ama, que nos responde, embora nem sempre com um sim.

Mesmo em seu silêncio, quando não podemos ouvir a sua voz, está nos ensinando algo. Maria e Marta reclamaram por chegar “tarde”, mas este “atraso” foi para receber uma bênção maior. Às vezes é difícil esperar, mas confiemos, Ele está no controle. Ele não nos deixará esperando mais do que o necessário.

A frase “ao receber a notícia” é muito encorajadora, é confortante. Jesus está atento! Ele nos ouve, “Por isso, também pode salvar totalmente os que por ELE se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7.25). “... para quem iremos? [Se Jesus tem] as palavras da vida eterna” (Jo 6.68b).

Atração magnética (uma pausa)

Atração magnética (uma pausa)

“Novamente, se retirou para além do Jordão, para o lugar onde João batizava no princípio; e ali permaneceu. E iam muitos ter com ele e diziam: Realmente, João não fez nenhum sinal, porém tudo quanto disse a respeito deste era verdade. E muitos ali creram nele” (Jo 10.40-42).

O confronto de Jesus com aqueles que queriam apedrejá-lo o levou a se retirar “para além do Jordão, para o lugar onde João batizava no princípio; e ali permaneceu”.

Onde Jesus está, ou seja, onde a presença de Deus é real e evidente, “muitos ali creram nele”. Há muitos fatores para o crescimento da igreja, como estratégia, templo, música, ambiente, MAS o que é realmente essencial é a presença de Jesus na vida de cada fiel, a contínua presença de Deus em nós.

Observe que Jesus sempre tem aliados fiéis. Um deles foi João Batista. Ele não era “a estrela da orquestra”, de fato João “não fez nenhum sinal”. João não era um especialista no espetacular, nem tentou impressionar ninguém. Mas o próprio João era um especialista na apresentação de Jesus: “tudo quanto disse a respeito deste [Jesus] era verdade”. O ministério de João era simples, sem holofotes ou alardes. A essência do ministério de João Batista foi: “... que ele [Jesus] cresça e que eu diminua” (Jo 3.30).

Hoje Jesus diz: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo” (Ap 3.20).

Talvez o problema hoje, na vida de muitas pessoas ou de muitas congregações, seja a ausência de Jesus. Quando Jesus estava presente “além do Jordão [...] iam muitos ter com ele [...]. E muitos ali creram nele”. Vamos fazer uma pausa em todo o nosso ativismo: Vamos convidar Jesus! Sua presença vai atrair muitos.

O que fazer quando querem nos apedrejar?

O que fazer quando querem nos apedrejar?

“Novamente, pegaram os judeus em pedras para lhe atirar. Disse-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte do Pai; por qual delas me apedrejais?” (Jo 10.31,32).

O que fazer quando nos vão apedrejar? Estar cientes dessa possibilidade: “pegaram os judeus em pedras para lhe atirar”.

Se querem nos apedrejar por causa do evangelho, muito provavelmente não têm razão em fazê-lo, mas se a Jesus, sendo o Salvador da humanidade, sendo Filho de Deus, o Santo, o Ungido do Pai, quiseram apedrejar em várias ocasiões e desde que nasceu o perseguiram para o matar, o que podemos esperar que façam conosco?

É verdade que Jesus levou todo o nosso castigo sobre Ele, para que não paguemos a pena pelos nossos pecados, visto que o próprio Jesus pagou. No entanto, tentam encontrar ocasiões para nos perseguir por fazermos o que é correto, por sermos luz para os outros e seguidores de Jesus. Hoje, vemos isso mais do que nunca. Infelizmente, haverá momentos em que não poderemos evitar.

Jesus perguntou: “Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte do Pai; por qual delas me apedrejais? Responderam-lhe os judeus: Não é por obra boa que te apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia, pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (vv. 32,33).

Lemos em Mateus 10.19,20: “E, quando vos entregarem, não cuideis em como ou o que haveis de falar, porque, naquela hora, vos será concedido o que haveis de dizer, visto que não sois vós os que falais, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós”.

Jesus respondeu com a palavra escrita de Deus: “... Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses? Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura não pode falhar, então, daquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, dizeis: Tu blasfemas; porque declarei: sou Filho de Deus?” (Jo 10.34-36).

Tendo identidade e missão: a quem o Pai santificou e enviou ao mundo: “... crede nas obras; para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e eu estou no Pai” (v. 38).

Jesus queria que eles entendessem, mas continuavam cegos. Sua hora ainda não tinha chegado, e “ele se livrou das suas mãos” (v. 39).

Não há necessidade de fazer papel de tolo, nem desempenhar o papel de mártir. Aproveitemos bem o tempo de Deus para a nossa vida; ou seja, fugir, se possível, daqueles que querem nos apedrejar: “mas ele se livrou das suas mãos”.

Embora seja possível que nos chegue o momento de padecer por Cristo. Lemos em Filipenses 1.29: “Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele”. E Filipenses 3.10 diz: “para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte”.

Vamos ser cheios do Espírito Santo a cada dia e a cada hora de nossa passagem por este mundo.

Total e absoluta confiança

Total e absoluta confiança

Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar. Eu e o Pai somos um” (Jo 10.29,30).

Ao ler os Evangelhos, vemos a incrível segurança de Jesus no Pai e em si mesmo. Esta segurança está ancorada em seu relacionamento com Deus, seu Pai: “Eu e o Pai somos um”.

É um relacionamento tão íntimo, tão próximo que demonstra confiança absoluta. Jesus tem certeza da sua missão, do êxito da sua missão, pois conhece profundamente quem o enviou. Ele diz: “meu Pai [...] é maior do que tudo”.

O versículo anterior diz que, como ovelhas, não seremos arrebatados das mãos de Jesus; este versículo diz que não seremos arrebatados “da mão do Pai”. Se isso não tocar o mais profundo de nosso coração, não sei o que pode tocar!

Nessa segurança e fortaleza de relacionamento íntimo estamos nós, suas ovelhas. Pode haver lugar mais seguro e de maior alegria e confiança que nas mãos de nosso Deus Todo-poderoso? É justamente o que nos diz Filipenses 4.6: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças”. E 1Pedro 5.7: “lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós”.

Estas promessas são muito valiosas e verdadeiras, mas a Palavra também nos adverte a estar atentos: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo” (1Pe 5.8,9).

Nossa segurança depende de nosso estreito relacionamento com Deus.

Presença que incomoda

Presença que incomoda

“Rodearam-no, pois, os judeus e o interpelaram: Até quando nos deixarás a mente em suspenso? Se tu és o Cristo, dize-o francamente” (Jo 10.24).

A presença de Jesus incomoda; pode-se dizer que a presença daqueles que estão cheios de Jesus também incomoda outras pessoas.

Quando uma pessoa está cheia do Espírito Santo, onde quer que vá ela é sal e luz; portanto, torna-se um agente do Espírito Santo para convencer as pessoas do pecado.

“Até quando nos deixarás a mente em suspenso?” deve ser a expressão daqueles que estão perto de nós que não conhecem Jesus como seu Senhor e Salvador.

Realmente não somos chamados a ser “perturbadores de almas”. Muitos propositalmente irritam seus amigos, família, colegas de trabalho com sermões ou cantarolas. Essa não é nossa tarefa. Nossa tarefa é ser luz, ou melhor, ser tão transparente que a LUZ (Jesus) brilhe de tal maneira que a escuridão das pessoas seja evidenciada imediatamente. Isto perturbará suas almas.

Os homens que fizeram esta pergunta para Jesus queriam saber abertamente se ele era o Cristo. O problema era que eles queriam o Cristo que haviam concebido: um libertador político militar. Eles queriam a liberdade da opressão invasora.

O que sabiam, mas não admitiam, é que eles tinham um invasor, o PECADO que os acorrentava. No entanto, eles queriam continuar em seus pecados.

O que Jesus fez para que se sentissem assim? “Jesus passeava no templo, no Pórtico de Salomão” (Jo 10.23). Ele estava apenas perto deles. A luz resplandeceu e incomodou. Não devemos nos surpreender, a sua presença incomoda os pecadores que estão perto de nós. Deixemos que ele incomode, e não nós.

Divisão

Divisão

“Por causa dessas palavras, rompeu nova dissensão entre os judeus. Muitos deles diziam: Ele tem demônio e enlouqueceu; por que o ouvis? Outros diziam: Este modo de falar não é de endemoninhado; pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos?” (Jo 10.19-21).

A divisão entre as pessoas ocorre em todo lugar. Nem todos pensam da mesma forma. Como resultado da cura do cego, Jesus diz: “Eu sou a luz”, “Eu sou o bom pastor”, “dou a minha vida pelas ovelhas”, “Eu dou a minha vida”; são o resultado de seu relacionamento com o Pai, que lhe deu autoridade inigualável.

Quando alguém tem autoridade espiritual, chama à sujeição. Não é uma sujeição de inferioridade, mas de reconhecimento da autoridade.
Quando alguém é chamado à sujeição, tem dois caminhos, ou se sujeita ou se rebela. No caso das pessoas mencionadas na passagem, algumas se sujeitaram e outras se rebelaram.

Geralmente, a falta de sujeição se dá maltratando a pessoa que tem autoridade ou denegrindo-a. Este é o caso dos opositores: “Muitos deles diziam: Ele tem demônio e enlouqueceu; por que o ouvis?” Aqueles que se opõem ou não se sujeitam a uma autoridade devidamente constituída geralmente tentam desviar aqueles que se sujeitam: “por que o ouvis?”

Hoje temos a escolha de nos sujeitarmos a Jesus ou de nos rebelarmos. Quando conhecemos Jesus, não podemos ficar neutros diante dele! Ou somos ou não somos! Mas se o recebemos, tornamo-nos seus filhos, e nossos olhos são abertos para podermos entender as verdades espirituais para que, com Jesus, possamos nos submeter à vontade de Deus e agradá-lo com nossas vidas.

Embora Jesus seja a luz do mundo, muitos o rejeitam; e também nos rejeitarão, no entanto, prossigamos sendo luz e amando o próximo.

A chave para o melhor relacionamento

A chave para o melhor relacionamento

“Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai” (Jo 10.17,18).

Nesta passagem há duas palavras que se destacam como um aviso luminoso: “POR ISSO”. Jesus revela a intimidade de seu coração e diz: “Sabem qual é a razão pela qual o Pai me ama?” Isto imediatamente nos chama a atenção para abrirmos os olhos, ouvirmos com atenção: Por que Deus ama Jesus?

Imediatamente Jesus diz: “porque eu dou a minha vida para a reassumir”. O Pai ama Jesus pela atitude de Jesus. Porque Jesus não tem uma gota de egoísmo. Porque Ele está disposto a dar tudo. E tudo é tudo, até a última gota de seu sangue, suas energias, pensamentos e intenções.

Jesus não fez isso porque o Pai poderia rejeitá-lo, ou por medo da ira do Pai, ou para obter algum benefício do Pai. Ele fez isso em completa liberdade e de bom grado. Ele diz: “Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la.” “Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou.”

O Pai ama Jesus porque este estava disposto a confiar no Pai. Aceitou a missão que o Pai lhe deu, juntamente com as consequências da missão: “Este mandato recebi de meu Pai”.
Esta atitude de amor sacrificial, de dar tudo, obedecer até às últimas consequências, preocupar-se com “outras ovelhas”. É por isso que o Pai o ama: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.9-11).

Jesus adotou radicalmente o amor do Pai por nós. Será que aceitaríamos igualmente o amor de Jesus por nós e estaríamos dispostos a refletir esse amor, não importando as consequências?

Sem acepção

Sem acepção

“Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor” (Jo 10.16).

Jesus é o “bom pastor” e ele dá a vida por suas ovelhas. Muitos têm errado, limitando o tipo de ovelhas pelas quais Ele deu a sua vida.

Jesus, como luz do mundo (Jo 1.9), é luz para todos. Seu amor não é exclusivo, ao contrário, inclui todas as pessoas que já existiram: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).

Seu amor e paixão são inigualáveis. Jesus diz: “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las”. Seu amor é profundo, Ele deve trazê-las ao aprisco. Esse é seu imperativo, a sua paixão. Ele está intercedendo por aquelas que “a mim me convém conduzi-las”. Sua missão é incansável.

Quando anunciamos as boas-novas aos não crentes, é muito emocionante fazê-los conhecer que, desde antes da criação, Ele já havia nos amado com um amor eterno e que, desde a eternidade, já havia nos escolhido para sermos seus.

Por meio do Espírito Santo, Ele continuará chamando e chamando até que as “outras ovelhas” ouçam a sua voz.
Esta é uma promessa para um mundo perdido, para as pessoas que você ama e que ainda estão na escuridão, para todo aquele que está perdido. Jesus nos garante hoje: “haverá um rebanho e um pastor”.

Oremos para que Deus nos dê sua paixão e amor pelos perdidos e para que, em meio a tantas vozes, barulho, confusão e distração, muitas outras ovelhas possam ouvir a única voz que importa, a voz do pastor.

De coração a coração

De coração a coração

“Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas” (Jo 10.14-17).

Nesta parte, a palavra-chave é “conhecer”. A Bíblia usa esta expressão para um relacionamento íntimo.

Talvez o melhor exemplo indicador do que significa “conhecer” na Bíblia seja o casamento. “Conhecer” é algo que nunca termina. Sempre estamos aprendendo mais e mais sobre a pessoa que amamos e com quem estamos comprometidos por toda a vida. Quando conhecemos Jesus, nosso compromisso de amá-lo é por toda a vida. Ele fez esse compromisso desde a eternidade, mesmo antes da criação do ser humano.

Jesus é claro em seu relacionamento, Ele diz: “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim”. O conhecimento é mútuo.

O conhecimento dEle sobre nós e nosso conhecimento sobre Ele não estão no mesmo nível. Ele conhece tudo que fomos e tudo que somos. Conhece nossas aspirações, nossas intenções e motivações. Nosso conhecimento de Deus é muito limitado.

Jesus quer que o conheçamos intimamente. Seu plano é amar-nos ainda mais do que ele já nos amou: “e dou a minha vida pelas ovelhas. [...] porque EU dou a minha vida para a reassumir”. Se queremos imitar Jesus, temos também que dedicar nossas vidas para o avanço do reino e pelas ovelhas que na verdade pertencem a Jesus, que morreu por elas.

Ele quer que o conheçamos intimamente enchendo-nos dele mesmo através do seu Espírito Santo. Não só vamos conhecê-lo através de nosso tempo com Ele, mas quando passarmos por provas difíceis, veremos sua mão e sua misericórdia trabalhando em nós. Então, o conheceremos de coração a coração.

O empregado

O empregado

“O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas” (Jo 10.12,13).

Existem três tipos de trabalhadores: (1) O empregado excelente. Aquele que não atenta para seus próprios interesses, antes, faz tudo com excelência. Vai além de seu dever. Normalmente, estes tendem a ser promovidos a supervisores, e muitas vezes recebem o privilégio de ser coproprietários ou acionistas da empresa. (2) O bom empregado. Faz o que tem que fazer, e ponto. Ele não vai além do dever. Trabalha quase sempre por temor de perder seu emprego. (3) O mau empregado. Este é o que trata de ganhar seu salário, mesmo sem fazer o mínimo necessário. É trapaceiro, se puder roubar ele o faz, e está sempre pronto para discutir por mais.

O “trabalhador” desta passagem é um mau empregado. Não faz seu trabalho, ele “vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. [...] não tem cuidado com as ovelhas”. Jesus aqui se refere àqueles que devem cuidar de suas ovelhas. São pessoas religiosas e preocupadas com seus próprios interesses, e não com os interesses do reino. Na realidade, os interesses do reino são as pessoas.

Um empregado ruim “não é pastor”. Não é um discipulador. Não ama a Deus nem ao próximo. Deus nos proteja de sermos maus empregados. O verdadeiro discípulo ama os outros e, por amor a Deus, os trata como seu próximo amado.

Nosso pastor por excelência é Jesus, mas também conhecemos pastores cheios do amor de Cristo ao seu próximo, que enchem nossos corações de alegria e nos inspiram a seguir em frente, apesar de todas as circunstâncias. Quando partirmos deste mundo, que o Senhor nos encontre fiéis a seu chamado!

O relacionamento mais importante

O relacionamento mais importante

“Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas” (Jo 10.14,15).

Os relacionamentos são a questão mais importante da vida: colegas de trabalho ou escola, conhecidos, amigos, parentes próximos (pais, irmãos), família estendida (avós, sobrinhos, netos etc.), família (filhos). Há relacionamentos íntimos, com quem se compartilha todo o ser (o cônjuge) e se têm os mesmos ideais, sonhos, visão para a vida, lealdade e intimidade.

Se não nos relacionamos, estamos literalmente à beira da loucura, ou há algo muito ruim que não permite que outras pessoas cheguem até nós.
Quando Jesus diz que conhece as ovelhas e que suas ovelhas o conhecem, ele quer o mais profundo relacionamento. Ele nos conhece e quer que o conheçamos!

O relacionamento com Jesus é necessário, imperativo e é o mais importante da vida.

Jesus quer que tenhamos o mesmo relacionamento que Ele desfruta com seu Pai. A palavra-chave é “ASSIM”. Isto é, da mesma maneira. “Assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai”.

Jesus pagou o maior dos preços para se relacionar conosco: “dou a minha vida pelas ovelhas”. O preço é incalculável. Custou-lhe um sofrimento horrível, a vida física, e ainda mais, custou-lhe a relação com o Pai. Também custou ao Pai perder temporariamente o relacionamento com seu Filho, ao ver a agonia e o sofrimento do Filho ao separar-se de seu amado Pai.

Não nos custa nada, agora já está disponível para quem o quiser. Ele já nos conhece, precisamos conhecê-lo mais e mais. Não devemos perder o melhor dos relacionamentos, ser um com Jesus!

O Príncipe dos pastores

O Príncipe dos pastores


“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. [...] Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim...” (Jo 10.11,14).

No capítulo 10 de João, Jesus continua explicando por que curou um cego. Ele fez isso porque quer que todos possam ver, não só fisicamente, mas espiritualmente. Jesus não abandona aqueles que têm recebido a visão, que foram curados e salvos. Ele é o “Príncipe dos pastores”, o “Supremo pastor”, o “grande pastor das ovelhas”.

Jesus é o pastor prometido no Antigo Testamento. Nele “nada me faltará”. Seu amor e cuidado são tais que Ele “dá a vida pelas ovelhas”. Ele nos mostrou seu profundo amor não só com palavras e promessas, mas dando o seu próprio corpo como sacrifício vivo, em obediência ao Pai. Ele não fugiu à dor, à infâmia, à indignação, ao ridículo, à rejeição, à incompreensão ou mesmo à morte.

Jeremias 31.3 diz: “Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí”. Jesus nos conhece desde a eternidade e, quando clamamos, Ele nos responde, não como queremos, porque nesse mesmo amor, às vezes, temos que passar por águas profundas, para que possamos conhecê-lo mais e honrá-lo mais.

Nunca pense que Ele vai nos ignorar ou abandonar, pois Ele conhece suas ovelhas. E quanto mais perto estamos dEle, mais o conhecemos.

Jesus é o “bom pastor”! Em seu amor, não só nos buscou, mas nos tirou da vida de pecado, do perigo de morte, trazendo-nos à luz. Ele nos encheu de sua paz e agora cuida de nós de perto e amorosamente. Além disso, foi claro ao prometer: “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”.

O maior dos contrastes: vida versus morte

O maior dos contrastes: vida versus morte



“O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10.10).

Jesus apresenta uma nova figura, o “bom pastor”. Ele a compara com dois personagens, o ladrão e o empregado.

“O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir.”

Satanás, “o ladrão” da vida, quer roubar o propósito que Deus tem para cada um de nós.

Esse ladrão não é um mito nem fruto da imaginação.

É um inimigo real que nos odeia até a morte e quer nos destruir. “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6.12).

Satanás quer roubar nosso destino, quer nos separar da vontade de Deus. Ele quer matar nossas vidas, dar-nos a morte eterna, a total separação de Deus.

Não quer apenas “roubar, matar”, mas também quer destruir cada pessoa que está perto de nós. Sua finalidade é usar-nos como seus agentes para destruir vidas, lares, comunidades e nações. Enfim, quer que destruamos tudo que Deus tem feito, sua própria criação.

Mas não devemos ter medo, porque Jesus já venceu a morte e ressuscitou por nossos pecados. Em Jesus temos TUDO que precisamos para derrotar esse inimigo. Precisamos aprender a usar as armas que o Senhor nos deixou para derrotar o inimigo: a Palavra de Deus, a oração, a fé, a salvação e o Espírito Santo.

“Maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1Jo 4.4b). Nada nem ninguém pode nos separar do amor de Cristo.

A única porta

A única porta


“Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem” (Jo 10.7-9).

Não há nada que eu possa fazer para merecer passar pela porta. Jesus fez tudo por nós.

Jesus é a porta, a única porta para passar da condenação à vida. Que outra pessoa, que outro profeta ou que outro deus poderia oferecer sua própria vida como sacrifício santo ao Pai para perdoar nossos pecados?

Acaso existe outro deus, profeta ou pessoa que morreu e ressuscitou e está sentado à direita do Pai como está nosso Salvador Jesus Cristo?

“O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás” (Dt 18.15). Jesus estava com Pedro, Tiago e João no monte da transfiguração e o Pai apareceu com Moisés e Elias e disse: “... Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (Mt 17.5).

Há muitas portas abertas que oferecem benefícios que parecem satisfazer. Há muitos guias que abrem supostas portas de esperança, mas esses guias são “ladrões e salteadores...”

Jesus, como porta, oferece o que ninguém mais pode oferecer, quem por Ele entrar “será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem”. Em Jesus não há somente salvação, há também sustento, paz e vida eterna. Ele prometeu: “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.20b).

O ladrão está perto

O ladrão está perto


“Em verdade, em verdade vos digo: o que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador. Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora...” (Jo 10.1-7).

Agora Jesus está pronto para dizer algo muito importante: “Em verdade, em verdade vos digo”. Ele diz: Amém, amém, prestem atenção.

Jesus é a porta das ovelhas. Somente através de Jesus e apenas nEle encontramos salvação. Se alguém não usar esta porta é um ladrão e salteador.

A primeira coisa que Ele diz é: “Eu tenho um aprisco e eu quero estar com minhas ovelhas, eu quero tirá-las de sua condição de escravidão”. “Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, Ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora.”

Jesus, como pastor, sempre respeita a vontade das suas ovelhas. Ele não vem para tomá-las pela força. Ele bate e espera. “Para este o porteiro abre”. Eu creio que o porteiro é a nossa vontade. Se abrirmos, Ele entra.

Jesus começa a falar também de alguém que quer tomar nossa vida, que quer ser o “porteiro” da vontade. Este quer ser uma porta e quer prejudicar as ovelhas. Jesus diz que ele é mau e “não entra pela porta”, ele entra com enganos, dominando a mente, seja com ideais, com modismos ou através de más companhias. Este é um ladrão, “o que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador”.

Oramos hoje para que aqueles que precisam do Pastor de pastores permitam que o porteiro abra (nossa vontade). E para que aqueles que estão enganados e possuídos pelo “ladrão e salteador” permitam que Jesus, que está batendo, entre para libertar e dar vida em abundância.

Sou ou estou cego?

Sou ou estou cego?


“Prosseguiu Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos. Alguns dentre os fariseus que estavam perto dele perguntaram-lhe: Acaso, também nós somos cegos? Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado” (Jo 9.39-41).

A pergunta dos fariseus que estavam com Jesus é a ligação entre os dois versículos: “também nós somos cegos?” Há uma diferença entre estar cego e ser cego. Neste caso, eles se perguntam se são cegos, não se estão cegos. Estar cego é um estado, ser cego é uma condição. Estar cego dá a ideia de algo temporário, ser cego dá a ideia de algo permanente. As duas condições são graves, mas ser cego parece sem esperança.

A presença de Jesus nos coloca na posição do acusado ou do que está sendo defendido, “Eu vim a este mundo para juízo”. Jesus não veio para condenar nesta dispensação. Ele trata de apresentar o estado em que nos encontramos espiritualmente. Sua presença brilha para que nos ilumine a consciência e nos faça ver o estado em que nos encontramos: “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo” (Jo 9.5). “... a fim de que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos”.

“Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado.” Sua luz é para que nos acheguemos a Ele e, vendo o nosso pecado, peçamos perdão. No entanto, muitos, em vez de se arrependerem com tristeza pelo seu pecado, se rebelam e trazem condenação sobre si.

O assunto principal é que, sabendo que são pecadores, ao serem expostos à luz de Jesus, rejeitam a ajuda para a condição de cegueira espiritual. Isto traz grande tristeza para um Deus amoroso que já proveu a limpeza e o perdão para o pecado através de Jesus Cristo.

Cura completa

Cura completa


“Ouvindo Jesus que o tinham expulsado, encontrando-o, lhe perguntou: Crês tu no Filho do Homem? Ele respondeu e disse: Quem é, Senhor, para que eu nEle creia? E Jesus lhe disse: Já o tens visto, e é o que fala contigo. Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e O adorou” (Jo 9.35-38).

Jesus está ciente de tudo que nos acontece: “Ouvindo Jesus que o tinham expulsado”. Jesus estava ciente do que estava acontecendo na vida do homem. Ele nos salva e cura e nunca nos abandona. Ele está perto de nós.

Jesus não só está perto de nós, como também nos busca e nos dá boas notícias com clareza: “encontrando-o, lhe perguntou: Crês tu no Filho do Homem?” O homem curado não o buscou, Jesus o encontrou e falou com ele. Jesus ainda está buscando os perdidos. Ele não vai descansar até nos encontrar pessoalmente e fazer a pergunta em alto e bom som: “Você crê no Filho de Deus?”

Crer em Jesus é colocar nossa confiança no fato de que ele é Deus, é o Messias, e como tal tem o poder de fazer-nos novas criaturas.

A resposta de Jesus: “Já o tens visto, e é o que fala contigo”, é contundente. Sua resposta foi clara: “ele é”. Esta é a mesma resposta que Deus dá a Moisés: “EU SOU”. Não há outro Deus, não há outro que possa libertar, salvar e curar.

Mas, para sermos encontrados por ele, devemos também estar buscando-o. É uma bendita associação. Deus está nos procurando, nós o estamos buscando. O homem que foi curado estava procurando em quem crer, e Deus se deixa achar por aqueles que o buscam.

O homem crê e aceita pela fé que Jesus é “o Filho de Deus”. E ele disse: “Creio”.

O propósito de ser curado fisicamente não é apenas ser abençoado e satisfazer uma necessidade, mas cumprir a razão pela qual fomos criados por Deus, para adorá-lo.

Consequências de um cego compartilhar a luz

Consequências de um cego compartilhar a luz

“O homem respondeu: Ora, isso é extraordinário! Vocês não sabem de onde Ele vem, contudo Ele e me abriu os olhos. Sabemos que Deus não ouve a pecadores, mas ouve ao homem que o teme e pratica a sua vontade. [...] Se esse homem não fosse de Deus, não poderia fazer coisa alguma” (Jo 9.30,31,33, NVI).

Agora o cego testifica e ensina: “isso é extraordinário!” Alguém que não enxergava agora sabe o que é ver, e “isso é extraordinário!” O cego não pode esconder que está deslumbrado.

Ele está surpreso, pois saiu da sombra e escuridão para a luz radiante de Jesus.

O cego deixa de ser um pobre aleijado infeliz e agora passa a ver, a ser um mestre e teólogo. “Prega” aos fariseus em sua segunda entrevista: “Desde que há mundo, jamais se ouviu que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença”.

O cego declara que Jesus vem de Deus e que tudo que Ele faz depende do relacionamento que tem com Deus. Agora, o que está curado não só enxerga fisicamente, mas começa a compartilhar sua luz. Ele não pode evitar, reflete a intuição da luz da verdade de Deus: “Se, porém, andarmos na luz, como Ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1Jo 1.7).

A frase: “isso é extraordinário” constitui também um alerta. É incrível que Jesus faça tantos milagres e maravilhas, e muitos no mundo e, pior ainda, nas igrejas não entendem que Ele está abrindo os olhos e dando luz. “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8.12).

Porque o cego “brilhou”, o “expulsaram”. Não há pior surdo do que aquele que não quer ouvir, nem pior cego do que aquele que não quer ver. Jesus vem para abrir nossos olhos e ouvidos. Não o expulsemos hoje de nossa vida.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Milagre!

Milagre!

DÍA 175

“Então, os vizinhos e os que dantes o conheciam de vista, como mendigo, perguntavam: Não é este o que estava assentado pedindo esmolas? Uns diziam: É ele. Outros: Não, mas se parece com ele. Ele mesmo, porém, dizia: Sou eu” (Jo 9.8,9).

Um milagre é um sinal cujo objetivo é atrair a atenção do que recebe o milagre e daqueles que o testemunham para Deus.

Um milagre é para que Deus receba a glória: “para que se manifestem nele as obras de Deus” (v. 3).

Milagres causam controvérsia: “e os que dantes o conheciam de vista, como mendigo, perguntavam: Não é este o que estava assentado pedindo esmolas? Uns diziam: É ele. Outros: Não, mas se parece com ele”.

Há duas fontes de milagres: Deus ou Satanás. Deus opera milagres através de pessoas santas e fiéis. Os milagres satânicos têm o propósito de dividir o reino de Deus, desviar a atenção de Deus, da LUZ, para o espetacular ou para pessoas e congregações.

Às vezes, com os milagres que vêm de Deus, Satanás tenta desviar uma congregação para se concentrar nos aspectos sobrenaturais da presença de Deus, e não na presença de Deus.

Os milagres de Deus são “naturalmente” sobrenaturais. Se Deus está presente, haverá milagres. Estes sempre nos surpreendem, mas devem nos levar a dar glórias a Deus, não ao lugar, à congregação e muito menos a quem Deus usa.

Deus tem um propósito com os milagres: ele quer fortalecer a fé, dar-nos a segurança de que nEle há poder sobrenatural.

Ele quer restaurar e demonstrar seu amor e misericórdia.

De qualquer forma, devemos seguir adiante com o propósito e a vontade de Deus para nossas vidas, seja com milagre ou sem milagre.

A prioridade número um na vida de um cristão não são as bênçãos do reino, mas o Rei do reino, Jesus Cristo.

Vaga-lumes espirituais

Vaga-lumes espirituais

DÍA 173

“Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo” (Jo 9.5).

Jesus repete: “sou a luz do mundo”. Sua missão é resplandecer, dissipar as trevas. Dar vida e vida em abundância onde há escuridão. Trazer luz para casas, relacionamentos e vidas na escuridão.

“Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença” (9.1). Jesus leva em conta a calamidade deste homem não só para curá-lo, mas como uma ilustração do imperativo da possibilidade de ser curado da cegueira espiritual, e de que somos agentes de sua luz para dissipar as trevas que constantemente nos rodeiam.

É interessante a declaração: “Enquanto estou no mundo”. Significa que quando ele subiu ao céu deixou de ser a luz do mundo? Enfaticamente, não! Hoje, Jesus, a luz do mundo, segue brilhando, mas agora através de nós. Não refletimos sua luz, mas espalhamos a luz. Brilhamos de dentro para fora.

Hoje somos a luz do mundo. Não no sentido de que geramos luz, mas, na realidade, sua presença brilha em nós e começa iluminar o mundo em trevas ao nosso redor.

Onde há luz, não pode haver trevas. Isso parece tão óbvio, mas se há luz, as trevas se dissipam. Luz e trevas não são compatíveis, não podem coexistir. Assim como não há meias-verdades ou meias-mentiras, não pode haver luz e trevas ao mesmo tempo.

Ser ou não ser. Jesus diz: “sou a luz do mundo”. Ele é o grande “EU SOU”, em quem um povo que estava em trevas viu uma grande luz (Mt 4.16).

Ação divina + obediência + fé = milagre

Ação divina + obediência + fé = milagre

DÍA 172

“Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego, dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e voltou vendo” (Jo 9.5-7).

Jesus veio para dissipar as trevas: o pecado, doença, poder infernal e carnalidade, aquilo que prejudica sua criação.

Ele é “a luz do mundo”. Jesus está restaurando a criação. Sua missão é ser A LUZ, brilhar!

Nesta passagem, Jesus cura um homem cego. Também o convida a receber não só a cura física, mas a cura espiritual.

É um convite para que a escuridão interior seja penetrada pela luz de Jesus, para que o cego não apenas veja, mas também brilhe e irradie sua presença entre outros.

O processo do milagre é interessante e nos dá alguns princípios válidos na forma como Deus age.

Primeiro, Deus está ativo o tempo todo. Ele é um Deus Criador que transforma o caos em ordem. Hoje estamos sob sua graça amorosa. Sua Palavra é ação criadora.

Neste caso, Jesus usa uma curiosa mistura (lodo e saliva) para “acender” a fé do cego e para dar um exemplo de como ser a “luz do mundo”.

Segundo, Jesus dá mandamentos claros, concretos e possíveis de cumprir: “Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado)”. O enviado do céu nos convida a participar de sua missão! Brilhar!

Bendita associação! A iniciativa divina e a participação humana.

Terceiro, a obediência à Palavra de Deus. A obediência traz em si mesma a fé, isto é, crer que sua Palavra é verdadeira e que o que ele promete cumpre; lançar-se para a proteção amorosa de seu destino. Se não estivermos ouvindo sua Palavra, crendo e obedecendo, não haverá milagre.

Qual é meu imperativo?

Qual é meu imperativo?

DÍA 171

“É necessário que façamos as obras daquele que me enviou...” (Jo 9.4).

O imperativo do Senhor Jesus Cristo, “É necessário que façamos”, indica uma ação que, se não fosse cumprida, custaria o mais precioso de sua vida, sua comunhão com o Pai.

“É necessário que façamos” inclui um verbo que pode ser traduzido como “estou limitado por” ou “não tenho como escapar”. Isso não significa que não tenha vontade própria ou seja um “robô” manipulado por outro. É, antes, sua missão, sua paixão, seu propósito de vida. É uma iniciativa voluntária por amor incondicional a seu Pai.

Note que Jesus diz que o que ele faz não é sua iniciativa, estratégia ou ideia. Ele deve fazer “as obras daquele que me enviou”.

Jesus seguiu ao pé da letra a iniciativa, as ordens de seu Pai.

A frase, “as obras dAquele que me enviou”, indica que Ele conhece quem o enviou, conhece as ações de quem o enviou e a razão pela qual o enviou.

“As obras” não são sua genialidade ou seu programa, mas são o fruto de total obediência aos mandamentos específicos do Pai.

Em Jesus há singularidade, um foco total no propósito; a prioridade é a missão, e ele dedica todas as suas forças e todo o seu amor para cumprir rigorosamente o que lhe foi  confiado.

Tudo que Jesus diz e faz, toda sua preparação espiritual, física e mental é para cumprir a missão do Pai, para fazer “as obras dAquele que me enviou”.

Jesus é o único modelo a seguir. Como podemos ser como Ele? Jesus era um com o Pai. Ele não fez nada para si mesmo. Dedicou tudo para obedecer-lhe radicalmente.

A consequência de sua obediência radical extrema é plenitude total, satisfação total, PAZ.

Culpado?

Culpado?

DÍA 170

“Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9.1-3).

O olhar compassivo de Jesus capta a atenção dos discípulos. Eles olham e julgam. Perguntam: “Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?”

Julgamos pelas aparências e por nossos padrões culturais. Os discípulos atribuíam qualquer enfermidade ou problema ao pecado pessoal ou familiar.

O pecado traz consequências terríveis ao mundo. Toda a criação está sob maldição. Sofremos as consequências da maldição da criação devido à queda de Adão e Eva.

Jesus venceu todas as maldições, até mesmo a maldição da queda. Mas muitos ficam doentes, muitos sofrem acidentes, muitos enfrentam sérios problemas de todos os tipos, porque a criação ainda geme à espera de sua redenção.

Aqueles que rejeitam a Deus estão sob forças satânicas e escolhem maldição e morte; recebem todos os danos causados por forças satânicas, as consequências da maldição universal e danos causados pelo pecado pessoal.

Jesus é muito claro em sua resposta: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus”.

O propósito de Deus é que a sua glória seja manifesta, abolindo o pecado e suas consequências.

Hoje Deus perdoa, cura, restaura, prospera. Hoje ELE pode limpar totalmente um coração pecaminoso.

No entanto, quando Jesus voltar e completar a redenção de toda a criação, não haverá mais sofrimento, nem lágrimas, nem injustiça, nem dor, nem enfermidade. Haverá novos céus e nova terra. A glória de Deus estará sobre toda a criação!

Amar o próximo em meio a extremas dificuldades pessoais

Amar o próximo em meio a extremas dificuldades pessoais

DÍA 169

“Então, pegaram em pedras para atirarem nele; mas Jesus se ocultou e saiu do templo. Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença” (Jo 8.59–9.1).

Jesus vive intimamente relacionado com seu Pai. Ele pode libertar qualquer pessoa que esteja em pecado porque, por amor ao Pai, Ele deu completamente a si mesmo.

Jesus não apenas se identificou com a missão de Deus, mas Ele, sendo Deus, é a própria missão de Deus.
Sua íntima identificação com Deus lhe trouxe tal perseguição que seus compatriotas e líderes religiosos “pegaram em pedras para atirarem nEle”, considerando-o blasfemo ao proclamar que Deus era seu Pai.

“Jesus se ocultou e saiu do templo”. Ele não permitiu que tirassem sua vida ali. Ele usou sua autoridade. Ele entregaria sua vida no tempo de Deus, e não quando outros queriam matá-lo.

O que eu faria em tal circunstância? O que fez Jesus enquanto passava entre seus perseguidores? Ele “viu um homem cego de nascença”.

O eixo da vida de Jesus não era Ele mesmo. Jesus vivia para servir a Deus, cumprir sua missão. Em meio a perseguição e censura, Jesus percebeu a necessidade do próximo: “viu um homem cego de nascença”.

João, o escritor do Evangelho, comenta a ação de Jesus. O olhar de Jesus era tão amoroso, tão carinhoso, tão intenso que chamou a atenção dos discípulos e de João. Jesus se concentrou nas necessidades dos outros, não em sua própria necessidade.

O mais bonito é que Ele ainda está se concentrando nas necessidades dos outros, em nossa necessidade! Se queremos ser como Jesus, devemos nos concentrar no próximo, não em nós mesmos.

Reações extremas

Reações extremas

DÍA 168

“... Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se. Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU. Então, pegaram em pedras para atirarem nEle; mas Jesus se ocultou e saiu do templo” (Jo 8.51-59).

As desculpas para não seguir a Jesus sempre terminam em religiosidade: “És maior do que Abraão, o nosso pai, que morreu? Também os profetas morreram. Quem, pois, te fazes ser?” (v. 53).

O apelo de Jesus continua em duas áreas: a primeira é a profética: “Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se”. Toda profecia sempre aponta para Cristo. Quando a profecia indica fins pessoais, para exaltar um sistema religioso, estratégico ou uma pessoa, é heresia.

Hoje, o ofício do Espírito Santo é exaltar a Cristo e seus ensinamentos (Jo 14.26; 15.26).

Em segundo lugar, Jesus apela para o seu testemunho pessoal como base para seus argumentos.

Jesus está seguro, no mais íntimo de seu ser, de que tem um relacionamento santo, íntimo e contínuo com o seu Pai. Sua vida, suas ações, suas palavras, todo o seu ser é um reflexo do Pai: “Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória nada é; quem me glorifica é meu Pai [...] eu o conheço e guardo a sua palavra” (vv. 54,55).

Estes dois argumentos não podem ser refutados. Então, aos fariseus resta apenas uma ação, livrar-se de Jesus! A reação mais extrema: “pegaram em pedras para atirarem nEle”.

A frase seguinte é incrível: “mas Jesus se ocultou e saiu do templo”. Ninguém pode controlar Jesus. Jesus não está sujeito ao destino ou aos caprichos das pessoas. Ele é que sustém tudo que há. Ele é o dono de seu destino. Ele sempre tem a última palavra!

Obediência que produz vida eterna

Obediência que produz vida eterna

DÍA 167

“Responderam, pois, os judeus e lhe disseram: Porventura, não temos razão em dizer que és samaritano e tens demônio? Replicou Jesus: Eu não tenho demônio; pelo contrário, honro a meu Pai, e vós me desonrais. Eu não procuro a minha própria glória; há quem a busque e julgue. Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente” (Jo 8.48-51).

Quando uma pessoa é confrontada com Jesus Cristo (que é a verdade) através do Espírito Santo, busca desculpas para viver em seus caminhos pecaminosos. Os judeus disseram: “... és samaritano e tens demônio”.

Uma das respostas óbvias para rejeitar a convicção do pecado é sempre apontar o pecado do outro, em vez de confrontar a si mesmo e dizer “sou um pecador” (Sl 51). Veem o argueiro, mas se esquecem da trave (Mt 7.3).

Qualquer desculpa para não honrar a Jesus e não segui-lo desonra o Pai e a Jesus.

Quando alguém decide opor-se a Jesus, ou simplesmente não segui-lo, quase sempre está buscando sua própria glória e honra.

Nascemos inclinados para o pecado (pecado original) e com a necessidade de preencher o vazio de Deus. Desde os primeiros dias de existência, começamos a nos encher de nós mesmos, tornamo-nos idólatras (para adorar-nos). O triste é que, quanto mais velha a pessoa é, mais difícil de despojar-se do “ídolo de si mesmo”. Somente o poder e fogo do Espírito Santo pode destronar e destruir este ídolo.

A Palavra de Deus é a chave, tanto para nos converter como para nos manter fiéis: guardar a Palavra de Jesus, ler, ouvi-la, valorizá-la e obedecê-la (Sl 119.11).

O resultado de guardar a Palavra, ou seja, obedecê-la, é que “não verá a morte”. Não se refere à morte física, significa que, ao morrer, ressuscitaremos com ele; ou se não morrermos, subiremos nas nuvens com ELE. Isso significa usufruir dEle e da presença de Deus agora e para toda a eternidade.

O que pertence a Deus

O que pertence a Deus

DÍA 166

“Mas, porque eu digo a verdade, não me credes. Quem dentre vós me convence de pecado? Se vos digo a verdade, por que razão não me credes? Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não me dais ouvidos, porque não sois de Deus” (Jo 8.45-47).

Jesus mostra que tipo de pessoas são as que o perseguem. Estas são “... do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos” (Jo 8.44). São homicidas (matam com a língua, Mt 5.21,22), não seguem a verdade, são mentirosos e filhos do mentiroso.

Embora estivessem dispostos a matar fisicamente se não houvesse lei, ao fim das contas esses fariseus religiosos arquitetaram a morte de Jesus. Realmente começaram com abusos verbais, ironias, prejudicando a autoestima, protelando para não responder, ridicularizando publicamente, usando a família de Jesus e rumores sobre Nazaré.

Uma pessoa que é de Deus sempre é verdadeira. Assemelha-se a Jesus, expressando seu ser com a frase: “digo a verdade”.

Os crentes são pessoas completamente transparentes, não buscam seus próprios interesses, mas os do reino. Não manipulam quaisquer circunstâncias para beneficiar-se, verbalmente ou fisicamente. Não têm necessidade de se proteger porque têm Deus como seu protetor.

Uma pessoa que é de Deus não é pecadora: “Quem dentre vós me convence de pecado?” O cristão não peca, não pratica o pecado. De vez em quando pode cometer um erro, mas suas intenções são puras e não faz nada para ferir ou prejudicar os outros. Eles são perfeitos em intensão como seu Pai celestial (Mt 5.48).[P1]

Uma pessoa que “é de Deus ouve as palavras de Deus”, isto é, ela está com fome de ouvir Deus, ler e conhecer a Palavra de Deus. Está atenta à voz de Deus em seu coração, o ouve e obedece.

Quem você segue?

Quem você segue?

DÍA 165

“Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44).

De uma forma muito forte, Jesus mostra que seus adversários são filhos do diabo. Suas palavras nos fazem tremer ao pensar em tantos perdidos que literalmente seguem as obras de Satanás.

A beleza desta advertência é que hoje é dia de salvação e dia de esperança, pois Jesus continua nos falando de muitas maneiras.

Jesus apresenta as obras de Satanás e de seus filhos: homicidas, mentirosos, surdos à voz de Deus, acusadores, odeiam a Deus e tudo que vem de Deus, cegos em sua maneira de ser.

Jesus fala de “satisfazer-lhe os desejos”. Satanás é o adversário de Deus e de todos que seguem a Deus. Satanás planta seus desejos em todas as pessoas. Suas tentações são sutis, e ele usa nossas fraquezas e nossas necessidades normais.

A mentalidade satânica é óbvia: ele “é mentiroso e pai da mentira”.

Não pode haver meias-verdades, tampouco meias-mentiras. Ou é verdadeiro ou é mentiroso.

Jesus foi claro sobre o homicídio, o adultério e de onde provêm os pecados (Mt 5, 6, 15); eles vêm de um coração vendido a Satanás. As más obras são simplesmente o resultado do estado do coração. Ou é de Deus ou está “vendido à escravidão do pecado” (Rm 7.14,15).

Não há maneira de passar despercebido. Ou somos filhos de Deus, fazendo as obras de Deus, amando-o de todo o coração, ouvindo, entendendo a palavra de Jesus, ou, pelo contrário, somos seguidores do diabo. Que palavra dura! Ninguém pode ser neutro, somos de um reino ou do outro!

Hoje é o dia da salvação, sigamos a Jesus!

Árvore genealógica que precisa de desinfetante

Árvore genealógica que precisa de desinfetante

DÍA 164

“Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não está em vós” (Jo 8.37).

Jesus começa com uma declaração ante a descrença dos fariseus e dos principais sacerdotes. Ele afirma que são terrenos “descendentes de Abraão”.

O sobrenome, descendência, status social ou religião não nos garantem entrada no reino de Deus. A entrada no reino de Deus não depende de nossa descendência terrestre; depende de nascer de novo, do alto.

Essas pessoas tinham cancelado toda a sua herança no reino, haviam anulado todos os seus direitos, porque a “palavra não está [estava]” neles. Tinham anulado todas as promessas de Deus para eles e impediram suas famílias de entrar no reino de Deus.

A Bíblia é a Palavra declarada de Deus, a Palavra poderosa e transformadora de Deus. Jesus é a própria Palavra de Deus.

Se ao ler a Bíblia ou ouvir pregações bíblicas sentimo-nos desconfortáveis, não é para nos prejudicar. Ao contrário, é para nos ajudar a não rejeitar a Deus.

No texto, as palavras de Jesus não encontraram espaço na vida dos fariseus. Não houve “espaço” para a Palavra.

Não crer na Palavra de Deus levou-os a uma completa rejeição de Jesus e de todos os seus ensinamentos.

Não encontrando espaço para a Palavra de Deus, fizeram-se agentes da palavra de Satanás, a palavra assassina de todos os tempos que veio apenas para roubar, matar e destruir.

Estamos sempre seguindo uma ou outra direção: ou a Deus ou ao inimigo de Deus, não há nenhum caminho neutro. As consequências são a vida eterna ou a condenação eterna.

Filho, mas com mentalidade de escravo

Filho, mas com mentalidade de escravo

DÍA 163

“O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.35,36).

Há uma grande diferença entre ser filho, com direitos e responsabilidades, e ser escravo, apenas com responsabilidades e nenhum direito.

Muitas vezes, um escravo era bem tratado por bons amos, no entanto, outros eram maltratados e abusados. Normalmente, um escravo não obedecia por amor, mas por medo.

A obediência de um escravo era externa, não interna. Se estivesse sozinho agia mal, e se fosse possível mataria ou maltrataria seu amo.

Seguir a Cristo, ser seus discípulos, conhecê-lo, é ser “verdadeiramente livres”. Não nos comportamos como escravos. Os israelitas foram escravos no Egito por mais de quatrocentos anos, e até mesmo durante a travessia do deserto e os anos da conquista comportaram-se como escravos. Tinham mentalidade de escravo. Eles não tinham a mentalidade de filhos de Deus.

Se um escravo se comportasse mal poderia ser vendido, punido e até mesmo morto. Um escravo não tinha nenhuma esperança, não tinha futuro, não tinha motivação para seguir em frente.

Por outro lado, um filho é herdeiro, tem todos os direitos, todos os benefícios e mais ainda, o amor incondicional do pai.

Hoje, muitos filhos de Deus, habitados pelo Espírito Santo, seguem vivendo e agindo como escravos. Têm insegurança, medo, pensando que “não fica [ficarão] sempre na casa”. Mas o filho só fica em casa se literalmente é o dono da casa.

Vivamos hoje como filhos de Deus com todos os direitos e todas as responsabilidades de representar o Pai como só ele merece. Não por medo, mas por amor.

Agarrando-se à fonte de poder

Agarrando-se à fonte de poder

DÍA 162

“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos” (Jo 8.31).

Esta é a primeira fase da lição de discipulado de Jesus: os “judeus que haviam crido nEle”. O primeiro passo do discipulado é crer nEle.

A segunda fase do discipulado é permanecer, ou seja: não ir, não se distanciar. Quando cremos nele permanecemos nEle, ou seja, nos agarramos a ELE!
Onde ele vai, eu vou. Onde Ele não vai, eu não vou. Onde Ele fica, eu fico.

Permanecer nEle é como estar imerso nEle, é o mesmo que saturar-se dEle ou ser cheio dEle. Permanecer nEle, portanto, significa estar na plenitude dEle ou ser cheio do Espírito Santo.

A terceira fase do discipulado é aprender a ouvir. Se não aprendemos a ouvir os outros, será muito difícil ouvi-lo. Se aprendermos a ouvi-lo, vamos aprender a ouvir os outros.

Aprender a ouvi-lo é permanecer na sua Palavra. Sua Palavra nos alimenta, nos sustenta, nos dá vida. Sua voz é vida!

A quarta fase é obedecer a lição. Não é só ouvir, mas fazer o que Deus nos pede. É uma obediência radical a Ele. Obedecer é mudar nossos caminhos, nossa maneira de ser.

O resultado dessas quatro fases, crer, permanecer, ouvir e obedecer, é ser “verdadeiramente meus discípulos”. Ser um verdadeiro discípulo não é uma questão de um momento, é uma caminhada constante. Continuamos crendo, permanecendo, ouvindo e obedecendo. É um processo ao longo da vida, e eu diria um processo eterno. A verdadeira liberdade acontece quando estamos presos a Jesus, permanecendo em sua Palavra.

“Escravo do pecado”

“Escravo do pecado”

DÍA 161

“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nEle: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará...” (Jo 8.31-36).

Para entender bem a medicina ou a solução para uma doença ou qualquer situação similar, precisamos saber qual é a doença.

Para conhecer Jesus o seguinte versículo é chave: “em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre”.

O pecado (e não falamos sobre pecados, falamos de “O pecado”), conhecido como “pecado original”, é a causa de todos os desastres que a humanidade enfrenta hoje.

Romanos 6 e 7 falam de “O pecado” (não pecados). Romanos 5 apresenta-o como algo que possuímos desde o nascimento. Romanos 6 apresenta “O PECADO” como algo que tentamos controlar. Mais adiante no mesmo capítulo fala de “O PECADO” como dono de nós (senhor feudal); não dono apenas de nossas ações (ler todo o capítulo 7), mas um rei que nos governa e nos torna escravos. Paulo conclui com uma exclamação desesperada: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24).

A solução para “O PECADO” é: “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. [...] Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 7.25; 8.1).

Jesus diz aos fariseus: “todo o que comete pecado é escravo do pecado”, é governado para fazer o mal. Imediatamente Jesus dá a solução: “a verdade vos libertará. [...] Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.

A verdade

A verdade

DÍA 160

“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nEle: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará...” (Jo 8.31-36).

O conhecimento constante de Jesus, ou seja, continuar crendo ou depositando todo nosso ser sob seu controle, ou o estudo e a prática da sua Palavra, permanecendo nEle em obediência radical, leva-nos a conhecer mais e mais a verdade.

Jesus dá fundamento para muitos princípios comprováveis. É importante notar que, em 8.32, Jesus fala de “a verdade”. “A” é um artigo definido, ou seja, Jesus é “a única verdade”, não é apenas uma verdade ou uma parte da verdade. A verdade sempre traz luz, sempre esclarece as coisas, não encobre; Jesus é a luz.

Jesus é toda a verdade. Tudo foi criado por Ele, para Ele, e tudo subsiste nEle. Qualquer verdade matemática, física, química, filosófica, religiosa, médica, científica etc. vem dele.

Nossa mente é muito limitada. Nosso conhecimento no âmbito científico ainda hoje é muito limitado. Quanto mais a ciência avança, mais descobrimos que Deus tem razão em toda a sua revelação. Tudo está fundamentado em Jesus: A VERDADE.

A promessa (profecia) apresentada por João aos verdadeiros discípulos é maravilhosa: “conhecereis a verdade”. Não é algo que acontece apenas em um instante. Esta promessa segue se cumprindo dia a dia, momento a momento, à medida que permitimos que ele assuma o controle de todos os aspectos de nossas vidas.

A verdade (Jesus) não escraviza, não transtorna o ego, não é exclusivista, não é usada para manipular, não isola nem destrói os outros, não brinca com os sentimentos. Jesus, a verdade, nos torna livres!

Conhecer

Conhecer

DÍA 159

“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará...” (Jo 8.31-36).

No capítulo 8, João começa com o caso de uma mulher que foi pega em adultério. Jesus a perdoa e resolve sua condição. Também lida com aqueles que estavam julgando a mulher adúltera, dando-lhes convicção do pecado, mas eles saem de sua presença. Será que eles solucionaram sua condição? Sair de sua presença é sempre um indicador de que nós não queremos a sua solução. Permanecer em sua presença é conhecê-lo cada dia mais e mais.

Em seguida, Jesus faz a declaração: “De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (8.12). Sua vida, suas obras, suas palavras trazem luz às pessoas. Ao estar em sua presença, a sua luz nos deslumbra; à medida que permanecemos nele, sua luz nos cura e realmente nos dá visão.

Imediatamente ele diz que seu testemunho e juízos são verdadeiros, pois ele tem uma relação íntima com Deus, o Pai. Jesus fala apenas o que ouve do Pai e faz o que vê o Pai fazer. Seu conhecimento não é apenas mental, é um conhecimento íntimo do Pai. Tal é a relação de Jesus com o Pai que o Pai vive através de Jesus, e o Filho, através do Pai. Mais adiante, Jesus vai dizer que ele e o Pai são um.

Agora Jesus lança uma nova declaração e, por que não, uma nova profecia: “conhecereis a verdade”. Quando os discípulos creem em Jesus, permanecem em suas palavras e lhe obedecem, então conhecem a verdade, o próprio Jesus Cristo. Esta profecia se cumpre especialmente sobre aquele que quer conhecer a Deus.

Liberdade

Liberdade

DÍA 158

“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará...” (Jo 8.31-36).


Nesta passagem, Jesus enfatiza a importância de conhecê-lo. Quando começamos a conhecê-lo, Deus e o Espírito Santo nos revelam que ele é a verdade. A VERDADE em tudo.

Não há conhecimento parcial para Deus ou para ele. Jesus reflete tudo o que é verdadeiro, tudo o que é justo, tudo o que é amável. Nele estão todos os segredos científicos que ainda serão revelados e todos os mistérios que talvez nunca saberemos.

Verdade significa transparência. Ser radicalmente verdadeiros nos dá credibilidade. No entanto, alguns, em nome da honestidade e verdade, são agressivos, vitimadores e prejudiciais aos outros. Cristo, a verdade, é o nosso exemplo máximo: ternura, amor, paixão, firmeza, mas nunca arrogância, contestação, ironia, malícia.

O resultado de conhecê-lo e saber que Jesus é a verdade traz uma outra promessa: “a verdade vos libertará. [...] Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.

A promessa ou profecia, como resultado de se concentrar em Jesus, é a liberdade absoluta.

Primeiro de tudo, a liberdade do pecado: “todo o que comete pecado é escravo do pecado”. Não é a liberdade de um ou outro pequeno pecado, é a liberdade de todo pecado. A liberdade não só de todo pecado, mas da fonte do pecado. Pureza total. Perfeição do pecado intencional. Pureza de motivação.

Liberdade! A consequência disto é a paz. Ou seja, não há contradição entre o que somos, o que fazemos e o que dizemos. Gloriosa liberdade! “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”

A pior tragédia

A pior tragédia

DÍA 157

“De outra feita, lhes falou, dizendo: Vou retirar-me, e vós me procurareis, mas perecereis no vosso pecado; para onde eu vou vós não podeis ir” (Jo 8.21).

Jesus nunca deixará de ter amor pelos perdidos. Ele sabe que eles pereceriam em seu pecado. Esta é uma paixão que flui de sua própria natureza: Jesus é amor.

Para cumprir seu ministério e salvar tantos quanto possível, que aceitaram seu amor, Jesus dá alguns passos radicais.

Jesus está pensando no momento de ir para a cruz. Primeiro Ele foi à cruz para que não morramos em nossos pecados.

A Bíblia fala de duas mortes. A morte física e a morte eterna. Jesus está muito preocupado com estas pessoas, sabendo que na segunda morte irão para o inferno de fogo por toda a eternidade.

Depois de sua ascensão e de capacitar os crentes com o Espírito Santo, Jesus iria para a direita de Deus.

Hoje, à direita do Pai, Jesus está intercedendo por nós. Ele está com o Pai e o Espírito Santo trazendo convicção aos corações dos pecadores para que não experimentem a segunda morte, a condenação eterna. Ele está fazendo todo o possível para evitar que vão ao inferno eternamente e para tirá-los hoje do inferno terreno em que vivem.

Jesus diz: “Vou retirar-me, e vós me procurareis”. Ainda hoje Ele pode ser encontrado.

Onde devemos ir? Primeiro à nossa cruz. Ou seja, devemos morrer para nós mesmos. Se o fizermos, e vivermos em santidade, vamos acompanhá-lo em sua missão aqui na terra como seus instrumentos; e no céu, com milhões e milhões, regozijando-nos com Deus, adorando o Cordeiro que nos salvou e celebrando a vitória final.

Mensagem clara que dá resultados

Mensagem clara que dá resultados

DÍA 156

“... Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do Homem, então, sabereis que EU SOU e que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou. E Aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque Eu faço sempre o que lhe agrada” (Jo 8.21-29).

A mensagem de Jesus é clara. Sua mensagem é celestial, não terrena: “Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, Eu deste mundo não sou” (v. 23). Sendo uma mensagem celestial, produz resultados celestiais, isto é, transformação total.

Sua mensagem aponta para quem Ele é. Nós devemos crer nEle: “porque, se […] crerdes que EU SOU…” (v. 24). A chave da vida é conhecer o doador da vida. Se cremos que Ele é o Libertador, nosso Senhor e Salvador, então vamos obedecer-lhe, fazendo o que Ele nos pede para termos vida abundante. Proclamaremos quem Ele é. Nossa mensagem é do alto, e não “deste mundo”.

Sua autoridade está baseada em sua obediência à missão confiada pelo Pai: “Aquele que me enviou é verdadeiro, de modo que as coisas que dEle tenho ouvido, essas digo ao mundo. [...] e que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou. E Aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada”.

Nossa autoridade será sempre derivada. Dependemos de sua autoridade. Jesus recebeu autoridade do Pai (“Todo poder é dado a mim”). O resultado positivo e vitorioso de sua missão foi devido à coerência entre o que Ele cria, dizia e vivia: “Aquele que me enviou é verdadeiro, de modo que as coisas que dEle tenho ouvido, essas digo ao mundo”. Uma vida vitoriosa e uma missão prevalecente baseiam-se numa consistência radical de vida. Somente assim teremos credibilidade. Somos o mesmo na intimidade e em público.

Meu lugar de influência

Meu lugar de influência

DÍA 155

“Proferiu ele estas palavras no lugar do gazofilácio, quando ensinava no templo; e ninguém o prendeu, porque não era ainda chegada a sua hora” (Jo 8.20).

Jesus fala no lugar do gazofilácio. Nessa sala estavam os principais do templo. Ou seja, Jesus ministrou às pessoas em lugares de influência. Não se diz que gritou: ele “falou”. Embora não concordasse com eles, os fez saber o que pensava para influenciá-los para o reino. Não devemos temer ou ficar amedrontados por pessoas de influência, porque elas são como nós, com grandes necessidades, e acima de tudo com necessidade de Deus.

Jesus ensinava no templo. Apesar de ser no “lugar do gazofilácio”, sua influência também alcançou pessoas que frequentavam o templo. Jesus não se esqueceu de influenciar qualquer nível da população de seu tempo. No templo entravam todos os religiosos, todos os que estavam buscando a Deus. Mesmo os gentios entravam no átrio exterior. No templo reuniam-se os pobres, a classe média e os ricos.

Embora Jesus fosse totalmente homem, “ninguém o prendeu, porque não era ainda chegada a sua hora”. Em outras palavras, o controle sobre Jesus estava com o Pai, que ditaria a hora para cumprir plenamente o propósito de sua missão. Jesus se submeteu completamente à vontade do Pai, e ninguém e nada poderia impedi-lo de o fazer. Ele não permitiu que ninguém o controlasse.

Quem tem o controle sobre a minha vida? Ninguém deve tê-lo, senão Deus. Nascemos para que Deus seja o nosso Senhor e Rei. Permitamos que Ele controle e dite qual é a nossa hora. Minha influência será poderosa quando Deus for O único a me controlar.

Zombaria irônica e insolente

Zombaria irônica e insolente

DÍA 154

“Então, eles lhe perguntaram: Onde está teu Pai? Respondeu Jesus: Não me conheceis a mim nem a meu Pai; se conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai” (Jo 8.19).

A frase dos fariseus, “Onde está teu Pai?”, é insolente, irônica e escarnecedora.

Eles estão questionando a identidade terrena de Jesus, referindo-se à história de José. Sabe-se que José não era o pai terreno de Jesus. Eles ainda questionam sua família. São baixos e tocam num ponto pessoal para prejudicá-lo.

A ironia, insolência e escárnio são um sinal de que as pessoas estão espiritualmente com uma grande necessidade, de que estão em pecado. Elas não amam o seu próximo porque não conhecem a Deus. Talvez sejam religiosas, estudiosas e muito tradicionais, mas necessitam que alguém as ame e as ajude a sair de sua ruína espiritual.

Jesus não responde no mesmo nível. Pelo contrário, passa ao plano espiritual. Para sair da ruína espiritual é preciso conhecê-lo; e ao conhecê-lo, se conhecerá o Pai.

A ironia, o escárnio e a insolência não podem ser corrigidos suprimindo nossa volatilidade, embora isto exija disciplina e prática. A cura para a insolência e o escárnio é a mudança de dentro para fora. Mudança de caráter.

Conhecer a Jesus nesta passagem não se refere a vê-lo ou recebê-lo. Refere-se a experimentar uma intimidade com Deus.

Intimidade é o conhecimento do Filho, saber que Ele realmente é o Filho de Deus e desfrutar continuamente de sua presença e amor. Um relacionamento constante, crescente e transformador é o que nos leva a agir e a apresentar Deus aos outros através de Jesus Cristo.

Perguntaram a Jesus: “Onde está teu Pai?” Vamos responder com certeza: “Ele vive em mim”.

Julgamento e testemunho

Julgamento e testemunho

DÍA 153

“Vós julgais segundo a carne, eu a ninguém julgo. Se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou Eu só, porém Eu e Aquele que me enviou. Também na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro” (Jo 8.15-17).

Jesus julga a forma como os fariseus julgam: “Vós julgais segundo a carne”.

Há uma diferença entre julgar pela carne e julgar pelo Espírito. Julgar pela carne é fazer de acordo com nossos pressupostos e pelo que “aparentemente” vemos. Julgar pelo Espírito é entregar o julgamento para Deus.

Existem motivações más que resultam em boas ações. Há motivações boas que resultam em ações más, por causa de nossa finitude e nossa condição pecaminosa.

O que Jesus diz nos versículos 16,17 parece contradizer-se: “Eu a ninguém julgo. Se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou Eu só, porém Eu e Aquele que me enviou”.

Ele “a ninguém julga” por si mesmo. Seu julgamento é sobrenatural, espiritual, não carnal: “porque não sou Eu só, porém Eu e Aquele que me enviou”. Jesus julga com base em sua comunhão íntima com Deus. É Deus quem faz o julgamento, Jesus escuta somente ao Pai; Ele mesmo não julgava os outros.

A base de seu julgamento é legal: “Também na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro”.

Todo julgamento é baseado no testemunho. Jesus testifica com suas palavras e ações; seu testemunho está baseado no cumprimento da sua missão e na obediência a quem o enviou: “Eu testifico de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também testifica de mim” (v. 18).

Como posso aplicar esta passagem em minha vida diária? Devemos passar mais tempo testemunhando do que julgando. O juízo é de Deus. Ao parar de julgar, Deus começa a dar testemunho dEle através de nós.

De onde vem minha identidade?

De onde vem minha identidade?

DÍA 152

“Então, lhe objetaram os fariseus: Tu dás testemunho de ti mesmo; logo, o teu testemunho não é verdadeiro. Respondeu Jesus e disse-lhes: Posto que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei donde vim e para onde vou; mas vós não sabeis donde venho, nem para onde vou” (Jo 8.13,14).

Nossa identidade está sempre relacionada com quem somos. Uma das mais fortes tentações que temos como crentes é de esconder nossa identidade.

Na verdade, Satanás tenta desviar-nos de Deus e de Jesus, semeando dúvidas em nossos corações. Uma de suas tentações é que questionemos nossa identidade. Ele grita ao coração, “Quem você pensa que é?”

Satanás questiona a nossa identidade, desprezando nosso testemunho. “Ah!, e você diz que é um cristão?” Os fariseus questionam o testemunho de Jesus. O que realmente fazem é questionar sua identidade. Satanás já havia feito isso, agora usa os fariseus com a mesma finalidade. “Disse-lhe, então, o diabo: Se és o Filho de Deus...” (Lc 4.3).

Jesus desarma os fariseus dizendo em quem se baseia sua autoridade. Ele diz: “eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei donde vim e para onde vou”.

Jesus sabia quem era, o próprio Deus, o Filho de Deus; não apenas sabia quem era, mas o seu propósito: “sei [...] para onde vou”.

Quando somos tentados quanto à nossa identidade como filhos de Deus, Jesus dá-nos o exemplo claro de como lutar contra essa tentação. Podemos erguer nossa mão e dizer a quem quer que seja, até mesmo ao diabo: “Eu sou um filho/filha de Deus, porque aceitei pela fé a luz da vida através da morte de Jesus Cristo na cruz”, e ponto! Não há mais discussão! De quem deriva minha identidade? A quem ouço? A quem obedeço ou me submeto? Quem é minha autoridade máxima?

“De novo?”

“De novo?”

DÍA 151

“De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8.12).

Depois de quase setenta anos do episódio da passagem, é curioso o comentário do apóstolo João: “De novo, lhes falava Jesus, dizendo...”

A primeira coisa que nos impressiona é que Jesus insistiu em se comunicar com aqueles que se opunham a ele: “De novo”.

“De novo” é a maravilhosa insistência de Jesus. Esses homens eram teimosos e duros de coração. Mas Jesus foi duro com paciência e amor. Ele novamente insistiu em entregar sua mensagem. Na verdade, não somos melhores do que o grupo dessa passagem a quem Jesus se dirige. Ele nos diz novamente. Ele nos ama tanto que não quer que nenhum de nós perca um só detalhe do que ele tem para nós.

Outra frase curiosa é: “lhes falava Jesus, dizendo”. Em nossa língua essa expressão soa redundante.

No entanto, são duas palavras diferentes no original. “Falava” traduz-se por “proclamava”, ou seja, o que Jesus expressou é a proclamação ou a mensagem profética de Deus. O que Ele diz se cumpre. Ele é o Verbo, a Palavra, seu ser e essência dão-nos a melhor direção que podemos ter.

A expressão “dizendo” significa perguntar, trazer um veredicto, dar um mandato e pode significar erguendo a voz, para que a expressão não passe despercebida.

Jesus então se dirige novamente àqueles que são “duros no ouvir” e um pouco “teimosos”, proclamando-se como a luz da vida. O que ele diz não é apenas uma conversa, é uma ordem, um confronto. Aceitar ou não definirá nossas vidas no presente e no futuro.