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quarta-feira, 29 de maio de 2019

Qual é a minha parte em um milagre?

Qual é a minha parte em um milagre?

“Então, ordenou Jesus: Tirai a pedra. Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias. Respondeu-lhe Jesus: Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus?” (João 11.39-40).

Obediência à palavra de Jesus: “Então, ordenou Jesus: Tirai a pedra”. A fé sem obediência é misticismo, sentimentalismo, a religiosidade. A obediência sem fé é legalismo, automotivação, a autossuficiência. Não importa o quão drástica seja a ordem de Deus (é claro que certificando-se de que é Deus quem dá a ordem), devemos obedecer. A obediência é o primeiro passo na fé.

Rompendo com todas as impossibilidades da razão: “Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias”. A razão, o bom senso são obstáculos para a fé e obediência. Se ouvimos claramente a palavra de Deus e estamos obedecendo radicalmente, a razão passará o plano espiritual, sobrenatural e vai colaborar com o que Deus quer fazer, e nos levará à obediência.

Crer em Jesus como o Todo-Poderoso: “Não te disse eu que, se creres...?”. A palavra que Jesus havia dito aos discípulos agora torna-se realidade: “...Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado.” (João 11.4). Jesus é o profeta, não há ninguém como Ele. Toda profecia é derivada em obediência a Ele, depende dEle e aponta para Ele.

Veja que Deus receba a glória, e garanta que só Ele a receba: “verás a glória de Deus”. Em última análise, todo milagre independente de seu tipo ou o espetacular que seja, é para que Deus será glorificado. Devemos todos dizer: Eu quero servir ao Deus todo-poderoso e somente a Ele.

“Profundamente comovido, outra vez!”

“Profundamente comovido, outra vez!”

“Jesus, agitando-se novamente em si mesmo, encaminhou-se para o túmulo; era este uma gruta a cuja entrada tinham posto uma pedra.” (João 11.38).

A frase “profundamente comovido” é uma palavra na língua original. Aparece anteriormente no versículo 33, e traduzido significa: “agitou-se” e “comoveu-se”.

O dicionário dá a seguinte explicação da expressão “em-brim-ah’-om-ahee” (“comoveu”): Vem a preposição “em”, que significa dentro e a palavra “brimaomai”, indicando, respiração abruptamente com ira, ter indignação, pode-se ouvir o som da respiração do estado emocional. Esta atitude de Jesus diante do caso de Lázaro diz-nos que estava muito, muito chateado.

Por que Ele estava tão chateado? Creio que estava chateado pelo desespero. Haviam circunstâncias impossíveis: (1) “túmulo”, símbolo da depressão, frieza, escuridão; (2) “tinham posto uma pedra”, símbolo de separação, obstáculo, prisão; (3) “morte”; (4) separação; (5) frustração (não atingiu o Mestre). A cena era de desespero absoluto, não havia solução!

Jesus está chateado diante de todas as circunstâncias de desespero que nos cercam, quer sejam pessoais, de entes queridos, ou situações fora do nosso alcance. Ele está muito chateado e quer trazer esperança, vamos permitir que Ele entre em ação nas circunstâncias da nossa vida!

É tão maravilhoso pensar que Jesus, mesmo que esteja à direita do Pai, também habita em nós e está tão perto que tudo que temos que fazer é falar com Ele e Ele nos responde dia a dia e momento a momento. Hoje Ele continua se movendo e atuando diante de nossas necessidades.

Por que Jesus chorou?

Por que Jesus chorou?

“Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se. E perguntou: Onde o sepultastes? Eles lhe responderam: Senhor, vem e vê! Jesus chorou.” (João 11.33-35).

“Jesus chorou”. Esta frase nos dá um raio-x do coração de Jesus. Quem não chorou? Chorou de alegria, desespero, frustração, por ser mal interpretado, por sentir-se inútil, por sentir-se sozinho, e por muitas outras circunstâncias.

Jesus nos compreende e nos compreende profundamente, pois tinha nossas mesmas emoções. Suas “fibras” eram idênticas as nossas, e em tudo! Ele foi “tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.”(Hebreus 4.15b).
Jesus chorou por Lázaro? Aqueles que viram Jesus chorar disseram: “Vede quanto o amava”, mas antes disso, diz que quando viu que Maria e os judeus estavam chorando “agitou-se no espírito e comoveu-se”. Não creio que Jesus chorou por Lázaro, porque Ele sabia que ele iria ressuscitar, mas porque Ele sentiu a dor de Marta, Maria e os judeus. Ele chorou pelo desespero de seus amigos. Jesus está conosco nos momentos felizes, mas também em momentos de dor. Ele chorou porque as pessoas ainda não entendiam quem realmente era seu amigo, Jesus, o Filho de Deus, o mesmo Deus onipotente: “Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido... Mas alguns objetaram: Não podia Ele, que abriu os olhos ao cego, fazer que este não morresse?” (João 11.32, 37).

Hoje Escritura nos leva a um padrão mais elevado do que Marta, Maria, e os visitantes. Hoje sabemos que Jesus é “a ressurreição e a vida; vida abundante e vida eterna“. Hoje sabemos que Ele é a esperança, a única esperança, e para qualquer situação.

Quando Jesus nos convida para um encontro

Quando Jesus nos convida para um encontro

“Tendo dito isto, retirou-se e chamou Maria, sua irmã, e lhe disse em particular: O Mestre chegou e te chama. Ela, ouvindo isto, levantou-se depressa e foi ter com ele.” (João 11.28-29).

Jesus quer ter um tempo especial com cada um de nós. Ele nos convida a ter um encontro com Ele. Geralmente, Ele nos convida através de Outro, e este é o Espírito Santo: “retirou-se e chamou Maria, sua irmã, e lhe disse em particular: O Mestre chegou e te chama”.

Como lemos em Tiago 4.5. “Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que Ele fez habitar em nós?”. Quão poderoso é saber que temos um Deus que gosta de passar tempo conosco! E que constantemente nos chama para também nos regozijemos em sua presença. E o que é mais belo é que é uma citação pessoal, de coração a coração. No céu será frente a frente.

Maria, irmã de Lázaro, tem uma sensibilidade incrível diante do convite de Jesus: “Ela, ouvindo isto, levantou-se depressa e foi ter com Ele”. Isso é obediência imediata e radical. Se Ele nos chama corramos para Ele.

Ela não só “levantou-se depressa”, mas O encontrou.

Quando estamos em busca de Jesus, ao encontra-lo outros vão notá-lo, mas não entendem nossa paixão de estar com Ele, “Os judeus que estavam com Maria em casa e a consolavam, vendo-a levantar-se depressa e sair, seguiram-na, supondo que ela ia ao túmulo para chorar.” (João 11.31).

Aceitemos a cada o Seu convite! Devemos acrescentar algo mais. Maria não buscou Jesus, ocasionalmente, nem ocasionalmente ouviu o seu chamado, esta era uma prática constante de sua vida.

Chaves da fé (2)

Chaves da fé (2)

“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto? Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo.” (João 11.25-27).

Há uma incrível relação entre a oração, fé, esperança e amor: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.” (1 Coríntios 13.13). Enquanto estamos no mundo terreno, precisamos muito. Paulo sugere que um dia precisaremos apenas de amor, e de lá a essência deste “agora”.

A esperança é o farol da fé. A fé aponta para a esperança. Realmente a única esperança é Jesus e Sua vida em nós. Ele é nosso farol, nossa luz, nosso herói. Nossa esperança é baseada em suas palavras: “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente.“

A esperança sem fé é morta. Uma sem o outra não pode existir. A fé nos dá esperança, a esperança viva da fé.

A esperança é algo concreto, não é algo abstrato e efêmero. A esperança expressa: “Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo“. “Eu tenho crido”, é uma total dependência de Jesus. “Tu és o Cristo”, Ele é o nosso Salvador, Libertador, sem Ele não há esperança. “O Filho de Deus, que veio ao mundo”: Ele é real, habita em mim, está em meu mundo. Eu permiti invadir meu mundo. Sem Ele não há esperança! É por isso que nEle deposito toda minha fé, arrisco tudo o que sou. Não o faço por obrigação, mas confio que Ele me amou primeiro, antes mesmo que eu o conhecesse. Não há outra escolha senão a amá-Lo com todo o nosso ser.

As chaves da fé (1)

As chaves da fé (1)

“Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá. Declarou-lhe Jesus: Teu irmão há de ressurgir. Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá;” (João 11.22-25).

A fé baseia-se na oração: “Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá”. Sem o conhecimento de Deus, que vem do nosso relacionamento com Ele, não há fé. O conhecimento de Deus e nosso relacionamento só ganha vida através da oração e de ouvir (ler, ouvir e obedecer) a palavra de Deus.

A oração da fé está dirigida diretamente a Deus e somente a Deus: “tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá”. Apenas a resposta de Deus satisfaz a nossa fé.

A fé se fundamenta na palavra de Jesus. A palavra que assegura e confirma: “Declarou-lhe Jesus: Teu irmão há de ressurgir”. A palavra de Deus, a leitura da Bíblia e Sua resposta como oramos nos dão a certeza de Seu amor. Ele vai conceder nossos pedidos a Seu modo e sempre pensando em nosso bem-estar, ou seja, fortalecendo nosso relacionamento com Ele.

Fé é ativada quando cremos literalmente na palavra de Jesus: “Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia”. A palavra de Deus é a semente da fé: “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.” (Romanos 10.17).

A fé é em Jesus, não em nossas orações ou em nossos sacrifícios ou jejuns. É a fé em Cristo e em Cristo somente: “Quem crê em mim, ainda que morra, viverá;”. “...Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.” (Atos 16.31).

A fé se fundamenta em quem é Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida”. Colocamos toda a nossa confiança nEle: o “EU SOU”.

Chaves da oração

Chaves da oração

“Marta, quando soube que vinha Jesus, saiu ao seu encontro; Maria, porém, ficou sentada em casa. Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão. Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá.” (João 11.20-22).

Estar consciente da presença de Jesus: “quando soube que vinha Jesus”. Jesus sempre está perto. Esse conhecimento nos encoraja e nos dá segurança. Temos confiança de que Ele próprio está perto e que sempre nos ouve.

A busca decidida: “saiu ao seu encontro”. Não é apenas saber que está próximo, a chave é uma oração constante clamando sua atenção. Esta é a oração em ação.

A declaração transparente, abrindo o seu coração: “Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão”. Não devemos esconder nada de Jesus, mesmo nossas frustrações. Ele já conhece nossos corações, nossos pensamentos, ainda assim devemos reverentemente entregar nossos fardos sobre Ele.

A segurança da sua resposta: Devemos crer que Ele existe quando nos aproximamos dEle; precisamos ser humildes e reconhecer nossa necessidade dEle e do Espírito Santo em nossas vidas. Como diz 2 Crônicas 7.14, também precisamos nos desviar de nossos maus caminhos para que possamos apresentar-Lhe nosso pedido.

Por outro lado, creio que Deus nos surpreende muitas vezes quando chegamos a Ele sem muito protocolo, nenhuma pompa ou regras e se vamos a Ele com toda força de nosso coração e uma grande necessidade. Ele está lá com os braços abertos, com um coração cheio de amor e misericórdia para nos ajudar. Ele é o nosso Pai celestial! E nós, não temos recebido apenas grandes milagres de Sua parte, mas dia após dia, vemos como sua mão nos guia e responde, mesmo com pedidos aparentemente insignificantes.

Será que Jesus chega tarde?

Será que Jesus chega tarde?

“Chegando Jesus, encontrou Lázaro já sepultado, havia quatro dias. Ora, Betânia estava cerca de quinze estádios perto de Jerusalém. Muitos dentre os judeus tinham vindo ter com Marta e Maria, para as consolar a respeito de seu irmão.” (João 11.17-19).

A palavra diz: “Chegando Jesus, encontrou Lázaro já sepultado, havia quatro dias”. O escritor do Evangelho nos dá a entender que “Jesus... encontrou” que Lázaro estava morto. Estas palavras sugerem que Jesus ainda esperava que Lázaro estivesse vivo. É interessante pensar que para Jesus sempre estamos vivos, embora tenhamos experimentado a morte física. Para Ele a morte é apenas uma outra dimensão da existência. Uma mudança de “direção” de habitação. Sabemos que Jesus ressuscitou Lázaro. Mas logicamente também sabemos que Lázaro morreu novamente.

No entanto, em Jesus, mesmo depois da morte há vida: A vida que Ele promete é mais do que temporária, é vida eterna: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

Por outro lado, a nossa perspectiva da morte física é negativa, desoladora, sem esperança, e por que não?, até egoísta. Gostaríamos de segurar aqueles que amamos e não deixá-los passar para a presença de Deus: ”Muitos dentre os judeus tinham vindo ter com Marta e Maria, para as consolar a respeito de seu irmão”.

É correto chorar com os que choram, é correto entristecer-se pela perda de um ente querido. No entanto, nossa perspectiva é apenas temporária. A perspectiva de Jesus é eterna. Por isso, Ele nunca chega tarde! “Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado. Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.” (João 11.4-5).

Atitudes/Determinação

Atitudes/Determinação


“E por vossa causa me alegro de que lá não estivesse, para que possais crer; mas vamos ter com ele. Então, Tomé, chamado Dídimo, disse aos condiscípulos: Vamos também nós para morrermos com ele” (Jo 11.15,16).

Jesus, em seu infinito amor e sabedoria, se alegra por não ter estado com Lázaro, “para que possais crer”.

Dá alegria ouvir estas palavras de Jesus, porque nos permitem ver que sua intenção não é ignorar-nos quando clamamos a Ele, pelo contrário, ELE quer nos mostrar algo maior: o poder, a misericórdia e a soberania de Deus. Jesus se alegra que a nossa fé cresça e se fortaleça.

Não é capricho de Deus. Ele não faz as coisas apenas “porque sim”. Ele sempre tem um propósito, e é para salvação, para levantar seus discípulos, para levá-los a uma maturidade espiritual. Sua atitude é de determinação.

Ao contrário, nossa atitude é quase sempre baseada no óbvio e muitas vezes é caprichosa, buscando nossa própria segurança.

Cada um de nós tem sua própria personalidade. Tomé é uma pessoa fatalista. Vê o negativo, tem uma “determinação fatalista”: “Vamos também nós para morrermos com ele”.

Embora o que Tomé disse seja algo do momento, e tenha dito de forma negativa, na verdade suas palavras deveriam ser a atitude de todo crente: “Vamos também nós para morrermos com ele”, para salvação de outras pessoas. Jesus determinou sua missão de forma positiva, morreu fora da cidade por nós. Ele foi para lá morrer para nos salvar. Realmente devemos ir para a cruz com ele para salvar os outros e, assim, viver a vida de ressurreição.

Hoje, como podemos morrer para nós mesmos para que outros conheçam a Jesus?

Espírito Santo, enche-nos, guia-nos e usa-nos!

Alguns princípios sobre a fé

Alguns princípios sobre a fé

“Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu; e por vossa causa me alegro de que lá não estivesse, para que possais crer; mas vamos ter com ele” (Jo 11.14,15).

Jesus é o Autor e Consumador da nossa fé (Hb 12.2): “Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo” (Jo 11.11). Nossa tarefa como cristãos é crer em Jesus. Podemos confiar plenamente nEle, em suas palavras, suas promessas, suas ações, em sua salvação e em tudo o que Ele faz em nossas vidas. Podemos entregar nossas necessidades a Ele para que trabalhe de acordo com sua vontade, misericórdia, graça, justiça e verdade.

Nossa compreensão do espiritual é limitada (“eles supunham que tivesse falado do repouso do sono”), e devemos sempre confiar na Palavra de Deus e, neste caso, nas palavras de Jesus. Ele conhece a Deus intimamente, e tudo o que Deus é, Jesus é, tudo o que Deus sabe, Jesus sabe: “Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu”.

A fé gera esperança, a esperança gera realidade espiritual e até mesmo material, “mas vou para despertá-lo”. Esperança e fé não se baseiam em nossa oração ou em exercícios espirituais, mas no caráter, amor, santidade e fidelidade de Deus. Ele diz, Ele fará. Ele promete, Ele cumpre. Fé e esperança são para nós os resultados da ação de Deus, especialmente para afirmar nosso conhecimento de Deus, nossa dependência dEle, a fim de reforçar a nossa fé, confiando absolutamente nEle.

Jesus se alegra porque sabe que, com este milagre, a fé de seus discípulos aumentaria e Jesus também se alegra por nós quando, em momentos difíceis, nossa fé se fortalece.

Risco calculado

Risco calculado

“Depois, disse aos seus discípulos: Vamos outra vez para a Judeia. Disseram-lhe os discípulos: Mestre, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e voltas para lá?” (Jo 11.7,8).

Jesus tinha saído da Judeia “fugindo”, porque havia curado um cego. Sua proclamação de que era a luz do mundo o colocou contra os espiritualmente cegos.

Agora há outra situação. Por amor a Lázaro deve voltar a Betânia (perto de Jerusalém), a cidade de Lázaro, Maria e Marta. Os discípulos estão com um pouco de medo: “Mestre, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e voltas para lá?” Em outras palavras, vale a pena arriscar a vida apenas para visitar um amigo doente?

A verdade é que Jesus não iria a Jerusalém apenas para tratar do caso de Lázaro, ele foi para tratar do meu caso, do seu e de toda a humanidade.

Até agora, temos visto Jesus como o “pão da vida”; “a fonte de água viva”; “a eternidade”; “a luz do mundo”; “o bom pastor”; aqui ele aparece como “a ressurreição e a vida”. Que outro deus há como Ele? Nenhum!

Paulo expressa os sentimentos de Jesus: “Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus” (At 20.24).

Que Deus nos dê a mesma paixão, sabedoria, visão, coragem e plenitude do Espírito Santo para também levar até o fim a missão de Deus.

Jesus assumiu um risco calculado, Ele sabia que não estaria sozinho. Ele sabia que, diante da perseguição, do sofrimento e até da morte, Deus sempre tem a última palavra: VIDA.

Bendita sabedoria

Bendita sabedoria

“Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado. Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava” (Jo 11.4-6).

É impossível compreender os caminhos de Deus. É impossível compreender a sua mente e sua maneira de decidir. Muitas das decisões de Jesus não têm explicação. Mas, no final, percebemos que ele estava certo.

No caso da morte de Lázaro, vemos que Jesus toma uma decisão de difícil compreensão para nós: “Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava”.

Podemos ver um lampejo de sua sabedoria nos versículos anteriores, sobre a razão pela qual tomou a decisão de não ir. Primeiro, tudo o que Jesus faz, diz e decide é “para a glória de Deus”. Tudo o que Jesus faz é para que Deus, o Pai, seja reconhecido pelo que Ele é: o Deus Todo-poderoso, onisciente, sábio. Se há algo bom, ele deve receber toda a glória, pois faz tudo com infinita sabedoria.

A segunda razão pela qual Deus toma decisões é seu amor: “amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro”. Por trás de cada ação, decisão, acontecimento de Deus, está seu amor. Seu amor é o motivo para tudo o que faz. É um amor santo, sempre pensando no bem-estar supremo do ser humano.

Deus não é um ser caprichoso agindo para vangloriar-se. Pelo contrário, tudo que faz é para beneficiar seus queridos. Muitas vezes não entendemos a razão pela qual não responde às nossas orações imediatamente, ou por que não nos dá o que pedimos.

Mas realmente todo o bem que faz durante as circunstâncias difíceis, Ele o faz por amor e para nos tornar conformes “à imagem de seu Filho” Jesus.

A fé de Jesus

A fé de Jesus

“Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado. Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro” (Jo 11.4,5).

Jesus ouviu de um mensageiro que a enfermidade de seu amigo Lázaro era grave. Agora, temos a sua resposta.

Antes de tudo, sua resposta apresenta a fé de Jesus: “Esta enfermidade não é para morte”. Jesus confia em seu Pai. Ele sabe de todo o coração que a sua oração ao Pai pela vida de Lázaro será respondida.

Em segundo lugar, Jesus sabe que pode arriscar sua palavra publicamente sobre a situação na reputação do Pai. Seu Pai não o decepcionará: “Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado”. Deus será honrado com a fé de Jesus.

Na oração do Pai Nosso, dizemos: “Santificado seja o teu nome”. Quantas vezes, quando pedimos algo, pedimos para a glória e exaltação do Pai e do Filho?

Jesus sabe que o Pai, mais a sua fé, o glorificará diante dos outros: “a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado”. A confiança de Jesus é baseada em seu relacionamento íntimo e profundo com o Pai. Jesus era e é santo, e tudo o que fazia era em cumprimento da sua missão, submetendo-se e obedecendo ao Pai em tudo.

Jesus intercede por Lázaro pelo imenso amor que tinha por ele e sua família: “amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro”.

Vamos colocar nossas necessidades mais profundas em Jesus. Não é a quantidade de fé que move a mão de Deus, é em quem colocamos a fé. Vamos depositar nossa fé em Jesus. É nEle que cremos, e é nEle que podemos arriscar a nossa oração em voz alta, confiando em Jesus, “... o Autor e Consumador da fé...” (Hb 12.2).

Vá para onde realmente é ouvido

Vá para onde realmente é ouvido

“Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas. Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado. Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro” (Jo 11.3-5).

O que fazer quando estamos diante de uma necessidade urgente? Devemos ir para onde realmente vão nos ouvir.

Muitos se sentem sozinhos e abandonados. Este sentimento é porque não há quem escute as grandes necessidades do seu coração.

Nesta passagem temos uma pessoa exemplar, Maria, irmã de Lázaro, que tinha paixão de estar perto de Jesus e ouvir a sua Palavra. Maria conhecia Jesus, tinha-o ouvido com atenção, sabia para onde ir, sabia quem haveria de ouvir, por isso, ela e sua irmã Marta “Mandaram, pois, [...] dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas”.

Hoje nós ainda desfrutamos desse mesmo privilégio que tiveram Maria e Marta. É verdade que não podemos vê-lo com nossos olhos físicos, nem podemos tocá-lo, mas sabemos que está aqui conosco, nos ouvindo; que nos ama, que nos responde, embora nem sempre com um sim.

Mesmo em seu silêncio, quando não podemos ouvir a sua voz, está nos ensinando algo. Maria e Marta reclamaram por chegar “tarde”, mas este “atraso” foi para receber uma bênção maior. Às vezes é difícil esperar, mas confiemos, Ele está no controle. Ele não nos deixará esperando mais do que o necessário.

A frase “ao receber a notícia” é muito encorajadora, é confortante. Jesus está atento! Ele nos ouve, “Por isso, também pode salvar totalmente os que por ELE se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7.25). “... para quem iremos? [Se Jesus tem] as palavras da vida eterna” (Jo 6.68b).

Atração magnética (uma pausa)

Atração magnética (uma pausa)

“Novamente, se retirou para além do Jordão, para o lugar onde João batizava no princípio; e ali permaneceu. E iam muitos ter com ele e diziam: Realmente, João não fez nenhum sinal, porém tudo quanto disse a respeito deste era verdade. E muitos ali creram nele” (Jo 10.40-42).

O confronto de Jesus com aqueles que queriam apedrejá-lo o levou a se retirar “para além do Jordão, para o lugar onde João batizava no princípio; e ali permaneceu”.

Onde Jesus está, ou seja, onde a presença de Deus é real e evidente, “muitos ali creram nele”. Há muitos fatores para o crescimento da igreja, como estratégia, templo, música, ambiente, MAS o que é realmente essencial é a presença de Jesus na vida de cada fiel, a contínua presença de Deus em nós.

Observe que Jesus sempre tem aliados fiéis. Um deles foi João Batista. Ele não era “a estrela da orquestra”, de fato João “não fez nenhum sinal”. João não era um especialista no espetacular, nem tentou impressionar ninguém. Mas o próprio João era um especialista na apresentação de Jesus: “tudo quanto disse a respeito deste [Jesus] era verdade”. O ministério de João era simples, sem holofotes ou alardes. A essência do ministério de João Batista foi: “... que ele [Jesus] cresça e que eu diminua” (Jo 3.30).

Hoje Jesus diz: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo” (Ap 3.20).

Talvez o problema hoje, na vida de muitas pessoas ou de muitas congregações, seja a ausência de Jesus. Quando Jesus estava presente “além do Jordão [...] iam muitos ter com ele [...]. E muitos ali creram nele”. Vamos fazer uma pausa em todo o nosso ativismo: Vamos convidar Jesus! Sua presença vai atrair muitos.

O que fazer quando querem nos apedrejar?

O que fazer quando querem nos apedrejar?

“Novamente, pegaram os judeus em pedras para lhe atirar. Disse-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte do Pai; por qual delas me apedrejais?” (Jo 10.31,32).

O que fazer quando nos vão apedrejar? Estar cientes dessa possibilidade: “pegaram os judeus em pedras para lhe atirar”.

Se querem nos apedrejar por causa do evangelho, muito provavelmente não têm razão em fazê-lo, mas se a Jesus, sendo o Salvador da humanidade, sendo Filho de Deus, o Santo, o Ungido do Pai, quiseram apedrejar em várias ocasiões e desde que nasceu o perseguiram para o matar, o que podemos esperar que façam conosco?

É verdade que Jesus levou todo o nosso castigo sobre Ele, para que não paguemos a pena pelos nossos pecados, visto que o próprio Jesus pagou. No entanto, tentam encontrar ocasiões para nos perseguir por fazermos o que é correto, por sermos luz para os outros e seguidores de Jesus. Hoje, vemos isso mais do que nunca. Infelizmente, haverá momentos em que não poderemos evitar.

Jesus perguntou: “Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte do Pai; por qual delas me apedrejais? Responderam-lhe os judeus: Não é por obra boa que te apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia, pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (vv. 32,33).

Lemos em Mateus 10.19,20: “E, quando vos entregarem, não cuideis em como ou o que haveis de falar, porque, naquela hora, vos será concedido o que haveis de dizer, visto que não sois vós os que falais, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós”.

Jesus respondeu com a palavra escrita de Deus: “... Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses? Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura não pode falhar, então, daquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, dizeis: Tu blasfemas; porque declarei: sou Filho de Deus?” (Jo 10.34-36).

Tendo identidade e missão: a quem o Pai santificou e enviou ao mundo: “... crede nas obras; para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e eu estou no Pai” (v. 38).

Jesus queria que eles entendessem, mas continuavam cegos. Sua hora ainda não tinha chegado, e “ele se livrou das suas mãos” (v. 39).

Não há necessidade de fazer papel de tolo, nem desempenhar o papel de mártir. Aproveitemos bem o tempo de Deus para a nossa vida; ou seja, fugir, se possível, daqueles que querem nos apedrejar: “mas ele se livrou das suas mãos”.

Embora seja possível que nos chegue o momento de padecer por Cristo. Lemos em Filipenses 1.29: “Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele”. E Filipenses 3.10 diz: “para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte”.

Vamos ser cheios do Espírito Santo a cada dia e a cada hora de nossa passagem por este mundo.

Total e absoluta confiança

Total e absoluta confiança

Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar. Eu e o Pai somos um” (Jo 10.29,30).

Ao ler os Evangelhos, vemos a incrível segurança de Jesus no Pai e em si mesmo. Esta segurança está ancorada em seu relacionamento com Deus, seu Pai: “Eu e o Pai somos um”.

É um relacionamento tão íntimo, tão próximo que demonstra confiança absoluta. Jesus tem certeza da sua missão, do êxito da sua missão, pois conhece profundamente quem o enviou. Ele diz: “meu Pai [...] é maior do que tudo”.

O versículo anterior diz que, como ovelhas, não seremos arrebatados das mãos de Jesus; este versículo diz que não seremos arrebatados “da mão do Pai”. Se isso não tocar o mais profundo de nosso coração, não sei o que pode tocar!

Nessa segurança e fortaleza de relacionamento íntimo estamos nós, suas ovelhas. Pode haver lugar mais seguro e de maior alegria e confiança que nas mãos de nosso Deus Todo-poderoso? É justamente o que nos diz Filipenses 4.6: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças”. E 1Pedro 5.7: “lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós”.

Estas promessas são muito valiosas e verdadeiras, mas a Palavra também nos adverte a estar atentos: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo” (1Pe 5.8,9).

Nossa segurança depende de nosso estreito relacionamento com Deus.

Presença que incomoda

Presença que incomoda

“Rodearam-no, pois, os judeus e o interpelaram: Até quando nos deixarás a mente em suspenso? Se tu és o Cristo, dize-o francamente” (Jo 10.24).

A presença de Jesus incomoda; pode-se dizer que a presença daqueles que estão cheios de Jesus também incomoda outras pessoas.

Quando uma pessoa está cheia do Espírito Santo, onde quer que vá ela é sal e luz; portanto, torna-se um agente do Espírito Santo para convencer as pessoas do pecado.

“Até quando nos deixarás a mente em suspenso?” deve ser a expressão daqueles que estão perto de nós que não conhecem Jesus como seu Senhor e Salvador.

Realmente não somos chamados a ser “perturbadores de almas”. Muitos propositalmente irritam seus amigos, família, colegas de trabalho com sermões ou cantarolas. Essa não é nossa tarefa. Nossa tarefa é ser luz, ou melhor, ser tão transparente que a LUZ (Jesus) brilhe de tal maneira que a escuridão das pessoas seja evidenciada imediatamente. Isto perturbará suas almas.

Os homens que fizeram esta pergunta para Jesus queriam saber abertamente se ele era o Cristo. O problema era que eles queriam o Cristo que haviam concebido: um libertador político militar. Eles queriam a liberdade da opressão invasora.

O que sabiam, mas não admitiam, é que eles tinham um invasor, o PECADO que os acorrentava. No entanto, eles queriam continuar em seus pecados.

O que Jesus fez para que se sentissem assim? “Jesus passeava no templo, no Pórtico de Salomão” (Jo 10.23). Ele estava apenas perto deles. A luz resplandeceu e incomodou. Não devemos nos surpreender, a sua presença incomoda os pecadores que estão perto de nós. Deixemos que ele incomode, e não nós.

Divisão

Divisão

“Por causa dessas palavras, rompeu nova dissensão entre os judeus. Muitos deles diziam: Ele tem demônio e enlouqueceu; por que o ouvis? Outros diziam: Este modo de falar não é de endemoninhado; pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos?” (Jo 10.19-21).

A divisão entre as pessoas ocorre em todo lugar. Nem todos pensam da mesma forma. Como resultado da cura do cego, Jesus diz: “Eu sou a luz”, “Eu sou o bom pastor”, “dou a minha vida pelas ovelhas”, “Eu dou a minha vida”; são o resultado de seu relacionamento com o Pai, que lhe deu autoridade inigualável.

Quando alguém tem autoridade espiritual, chama à sujeição. Não é uma sujeição de inferioridade, mas de reconhecimento da autoridade.
Quando alguém é chamado à sujeição, tem dois caminhos, ou se sujeita ou se rebela. No caso das pessoas mencionadas na passagem, algumas se sujeitaram e outras se rebelaram.

Geralmente, a falta de sujeição se dá maltratando a pessoa que tem autoridade ou denegrindo-a. Este é o caso dos opositores: “Muitos deles diziam: Ele tem demônio e enlouqueceu; por que o ouvis?” Aqueles que se opõem ou não se sujeitam a uma autoridade devidamente constituída geralmente tentam desviar aqueles que se sujeitam: “por que o ouvis?”

Hoje temos a escolha de nos sujeitarmos a Jesus ou de nos rebelarmos. Quando conhecemos Jesus, não podemos ficar neutros diante dele! Ou somos ou não somos! Mas se o recebemos, tornamo-nos seus filhos, e nossos olhos são abertos para podermos entender as verdades espirituais para que, com Jesus, possamos nos submeter à vontade de Deus e agradá-lo com nossas vidas.

Embora Jesus seja a luz do mundo, muitos o rejeitam; e também nos rejeitarão, no entanto, prossigamos sendo luz e amando o próximo.

A chave para o melhor relacionamento

A chave para o melhor relacionamento

“Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai” (Jo 10.17,18).

Nesta passagem há duas palavras que se destacam como um aviso luminoso: “POR ISSO”. Jesus revela a intimidade de seu coração e diz: “Sabem qual é a razão pela qual o Pai me ama?” Isto imediatamente nos chama a atenção para abrirmos os olhos, ouvirmos com atenção: Por que Deus ama Jesus?

Imediatamente Jesus diz: “porque eu dou a minha vida para a reassumir”. O Pai ama Jesus pela atitude de Jesus. Porque Jesus não tem uma gota de egoísmo. Porque Ele está disposto a dar tudo. E tudo é tudo, até a última gota de seu sangue, suas energias, pensamentos e intenções.

Jesus não fez isso porque o Pai poderia rejeitá-lo, ou por medo da ira do Pai, ou para obter algum benefício do Pai. Ele fez isso em completa liberdade e de bom grado. Ele diz: “Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la.” “Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou.”

O Pai ama Jesus porque este estava disposto a confiar no Pai. Aceitou a missão que o Pai lhe deu, juntamente com as consequências da missão: “Este mandato recebi de meu Pai”.
Esta atitude de amor sacrificial, de dar tudo, obedecer até às últimas consequências, preocupar-se com “outras ovelhas”. É por isso que o Pai o ama: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.9-11).

Jesus adotou radicalmente o amor do Pai por nós. Será que aceitaríamos igualmente o amor de Jesus por nós e estaríamos dispostos a refletir esse amor, não importando as consequências?

Sem acepção

Sem acepção

“Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor” (Jo 10.16).

Jesus é o “bom pastor” e ele dá a vida por suas ovelhas. Muitos têm errado, limitando o tipo de ovelhas pelas quais Ele deu a sua vida.

Jesus, como luz do mundo (Jo 1.9), é luz para todos. Seu amor não é exclusivo, ao contrário, inclui todas as pessoas que já existiram: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).

Seu amor e paixão são inigualáveis. Jesus diz: “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las”. Seu amor é profundo, Ele deve trazê-las ao aprisco. Esse é seu imperativo, a sua paixão. Ele está intercedendo por aquelas que “a mim me convém conduzi-las”. Sua missão é incansável.

Quando anunciamos as boas-novas aos não crentes, é muito emocionante fazê-los conhecer que, desde antes da criação, Ele já havia nos amado com um amor eterno e que, desde a eternidade, já havia nos escolhido para sermos seus.

Por meio do Espírito Santo, Ele continuará chamando e chamando até que as “outras ovelhas” ouçam a sua voz.
Esta é uma promessa para um mundo perdido, para as pessoas que você ama e que ainda estão na escuridão, para todo aquele que está perdido. Jesus nos garante hoje: “haverá um rebanho e um pastor”.

Oremos para que Deus nos dê sua paixão e amor pelos perdidos e para que, em meio a tantas vozes, barulho, confusão e distração, muitas outras ovelhas possam ouvir a única voz que importa, a voz do pastor.

De coração a coração

De coração a coração

“Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas” (Jo 10.14-17).

Nesta parte, a palavra-chave é “conhecer”. A Bíblia usa esta expressão para um relacionamento íntimo.

Talvez o melhor exemplo indicador do que significa “conhecer” na Bíblia seja o casamento. “Conhecer” é algo que nunca termina. Sempre estamos aprendendo mais e mais sobre a pessoa que amamos e com quem estamos comprometidos por toda a vida. Quando conhecemos Jesus, nosso compromisso de amá-lo é por toda a vida. Ele fez esse compromisso desde a eternidade, mesmo antes da criação do ser humano.

Jesus é claro em seu relacionamento, Ele diz: “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim”. O conhecimento é mútuo.

O conhecimento dEle sobre nós e nosso conhecimento sobre Ele não estão no mesmo nível. Ele conhece tudo que fomos e tudo que somos. Conhece nossas aspirações, nossas intenções e motivações. Nosso conhecimento de Deus é muito limitado.

Jesus quer que o conheçamos intimamente. Seu plano é amar-nos ainda mais do que ele já nos amou: “e dou a minha vida pelas ovelhas. [...] porque EU dou a minha vida para a reassumir”. Se queremos imitar Jesus, temos também que dedicar nossas vidas para o avanço do reino e pelas ovelhas que na verdade pertencem a Jesus, que morreu por elas.

Ele quer que o conheçamos intimamente enchendo-nos dele mesmo através do seu Espírito Santo. Não só vamos conhecê-lo através de nosso tempo com Ele, mas quando passarmos por provas difíceis, veremos sua mão e sua misericórdia trabalhando em nós. Então, o conheceremos de coração a coração.

O empregado

O empregado

“O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas” (Jo 10.12,13).

Existem três tipos de trabalhadores: (1) O empregado excelente. Aquele que não atenta para seus próprios interesses, antes, faz tudo com excelência. Vai além de seu dever. Normalmente, estes tendem a ser promovidos a supervisores, e muitas vezes recebem o privilégio de ser coproprietários ou acionistas da empresa. (2) O bom empregado. Faz o que tem que fazer, e ponto. Ele não vai além do dever. Trabalha quase sempre por temor de perder seu emprego. (3) O mau empregado. Este é o que trata de ganhar seu salário, mesmo sem fazer o mínimo necessário. É trapaceiro, se puder roubar ele o faz, e está sempre pronto para discutir por mais.

O “trabalhador” desta passagem é um mau empregado. Não faz seu trabalho, ele “vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. [...] não tem cuidado com as ovelhas”. Jesus aqui se refere àqueles que devem cuidar de suas ovelhas. São pessoas religiosas e preocupadas com seus próprios interesses, e não com os interesses do reino. Na realidade, os interesses do reino são as pessoas.

Um empregado ruim “não é pastor”. Não é um discipulador. Não ama a Deus nem ao próximo. Deus nos proteja de sermos maus empregados. O verdadeiro discípulo ama os outros e, por amor a Deus, os trata como seu próximo amado.

Nosso pastor por excelência é Jesus, mas também conhecemos pastores cheios do amor de Cristo ao seu próximo, que enchem nossos corações de alegria e nos inspiram a seguir em frente, apesar de todas as circunstâncias. Quando partirmos deste mundo, que o Senhor nos encontre fiéis a seu chamado!

O relacionamento mais importante

O relacionamento mais importante

“Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas” (Jo 10.14,15).

Os relacionamentos são a questão mais importante da vida: colegas de trabalho ou escola, conhecidos, amigos, parentes próximos (pais, irmãos), família estendida (avós, sobrinhos, netos etc.), família (filhos). Há relacionamentos íntimos, com quem se compartilha todo o ser (o cônjuge) e se têm os mesmos ideais, sonhos, visão para a vida, lealdade e intimidade.

Se não nos relacionamos, estamos literalmente à beira da loucura, ou há algo muito ruim que não permite que outras pessoas cheguem até nós.
Quando Jesus diz que conhece as ovelhas e que suas ovelhas o conhecem, ele quer o mais profundo relacionamento. Ele nos conhece e quer que o conheçamos!

O relacionamento com Jesus é necessário, imperativo e é o mais importante da vida.

Jesus quer que tenhamos o mesmo relacionamento que Ele desfruta com seu Pai. A palavra-chave é “ASSIM”. Isto é, da mesma maneira. “Assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai”.

Jesus pagou o maior dos preços para se relacionar conosco: “dou a minha vida pelas ovelhas”. O preço é incalculável. Custou-lhe um sofrimento horrível, a vida física, e ainda mais, custou-lhe a relação com o Pai. Também custou ao Pai perder temporariamente o relacionamento com seu Filho, ao ver a agonia e o sofrimento do Filho ao separar-se de seu amado Pai.

Não nos custa nada, agora já está disponível para quem o quiser. Ele já nos conhece, precisamos conhecê-lo mais e mais. Não devemos perder o melhor dos relacionamentos, ser um com Jesus!

O Príncipe dos pastores

O Príncipe dos pastores


“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. [...] Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim...” (Jo 10.11,14).

No capítulo 10 de João, Jesus continua explicando por que curou um cego. Ele fez isso porque quer que todos possam ver, não só fisicamente, mas espiritualmente. Jesus não abandona aqueles que têm recebido a visão, que foram curados e salvos. Ele é o “Príncipe dos pastores”, o “Supremo pastor”, o “grande pastor das ovelhas”.

Jesus é o pastor prometido no Antigo Testamento. Nele “nada me faltará”. Seu amor e cuidado são tais que Ele “dá a vida pelas ovelhas”. Ele nos mostrou seu profundo amor não só com palavras e promessas, mas dando o seu próprio corpo como sacrifício vivo, em obediência ao Pai. Ele não fugiu à dor, à infâmia, à indignação, ao ridículo, à rejeição, à incompreensão ou mesmo à morte.

Jeremias 31.3 diz: “Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí”. Jesus nos conhece desde a eternidade e, quando clamamos, Ele nos responde, não como queremos, porque nesse mesmo amor, às vezes, temos que passar por águas profundas, para que possamos conhecê-lo mais e honrá-lo mais.

Nunca pense que Ele vai nos ignorar ou abandonar, pois Ele conhece suas ovelhas. E quanto mais perto estamos dEle, mais o conhecemos.

Jesus é o “bom pastor”! Em seu amor, não só nos buscou, mas nos tirou da vida de pecado, do perigo de morte, trazendo-nos à luz. Ele nos encheu de sua paz e agora cuida de nós de perto e amorosamente. Além disso, foi claro ao prometer: “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”.

O maior dos contrastes: vida versus morte

O maior dos contrastes: vida versus morte



“O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10.10).

Jesus apresenta uma nova figura, o “bom pastor”. Ele a compara com dois personagens, o ladrão e o empregado.

“O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir.”

Satanás, “o ladrão” da vida, quer roubar o propósito que Deus tem para cada um de nós.

Esse ladrão não é um mito nem fruto da imaginação.

É um inimigo real que nos odeia até a morte e quer nos destruir. “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6.12).

Satanás quer roubar nosso destino, quer nos separar da vontade de Deus. Ele quer matar nossas vidas, dar-nos a morte eterna, a total separação de Deus.

Não quer apenas “roubar, matar”, mas também quer destruir cada pessoa que está perto de nós. Sua finalidade é usar-nos como seus agentes para destruir vidas, lares, comunidades e nações. Enfim, quer que destruamos tudo que Deus tem feito, sua própria criação.

Mas não devemos ter medo, porque Jesus já venceu a morte e ressuscitou por nossos pecados. Em Jesus temos TUDO que precisamos para derrotar esse inimigo. Precisamos aprender a usar as armas que o Senhor nos deixou para derrotar o inimigo: a Palavra de Deus, a oração, a fé, a salvação e o Espírito Santo.

“Maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1Jo 4.4b). Nada nem ninguém pode nos separar do amor de Cristo.

A única porta

A única porta


“Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem” (Jo 10.7-9).

Não há nada que eu possa fazer para merecer passar pela porta. Jesus fez tudo por nós.

Jesus é a porta, a única porta para passar da condenação à vida. Que outra pessoa, que outro profeta ou que outro deus poderia oferecer sua própria vida como sacrifício santo ao Pai para perdoar nossos pecados?

Acaso existe outro deus, profeta ou pessoa que morreu e ressuscitou e está sentado à direita do Pai como está nosso Salvador Jesus Cristo?

“O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás” (Dt 18.15). Jesus estava com Pedro, Tiago e João no monte da transfiguração e o Pai apareceu com Moisés e Elias e disse: “... Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (Mt 17.5).

Há muitas portas abertas que oferecem benefícios que parecem satisfazer. Há muitos guias que abrem supostas portas de esperança, mas esses guias são “ladrões e salteadores...”

Jesus, como porta, oferece o que ninguém mais pode oferecer, quem por Ele entrar “será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem”. Em Jesus não há somente salvação, há também sustento, paz e vida eterna. Ele prometeu: “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.20b).

O ladrão está perto

O ladrão está perto


“Em verdade, em verdade vos digo: o que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador. Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora...” (Jo 10.1-7).

Agora Jesus está pronto para dizer algo muito importante: “Em verdade, em verdade vos digo”. Ele diz: Amém, amém, prestem atenção.

Jesus é a porta das ovelhas. Somente através de Jesus e apenas nEle encontramos salvação. Se alguém não usar esta porta é um ladrão e salteador.

A primeira coisa que Ele diz é: “Eu tenho um aprisco e eu quero estar com minhas ovelhas, eu quero tirá-las de sua condição de escravidão”. “Aquele, porém, que entra pela porta, esse é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, Ele chama pelo nome as suas próprias ovelhas e as conduz para fora.”

Jesus, como pastor, sempre respeita a vontade das suas ovelhas. Ele não vem para tomá-las pela força. Ele bate e espera. “Para este o porteiro abre”. Eu creio que o porteiro é a nossa vontade. Se abrirmos, Ele entra.

Jesus começa a falar também de alguém que quer tomar nossa vida, que quer ser o “porteiro” da vontade. Este quer ser uma porta e quer prejudicar as ovelhas. Jesus diz que ele é mau e “não entra pela porta”, ele entra com enganos, dominando a mente, seja com ideais, com modismos ou através de más companhias. Este é um ladrão, “o que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador”.

Oramos hoje para que aqueles que precisam do Pastor de pastores permitam que o porteiro abra (nossa vontade). E para que aqueles que estão enganados e possuídos pelo “ladrão e salteador” permitam que Jesus, que está batendo, entre para libertar e dar vida em abundância.

Sou ou estou cego?

Sou ou estou cego?


“Prosseguiu Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos. Alguns dentre os fariseus que estavam perto dele perguntaram-lhe: Acaso, também nós somos cegos? Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado” (Jo 9.39-41).

A pergunta dos fariseus que estavam com Jesus é a ligação entre os dois versículos: “também nós somos cegos?” Há uma diferença entre estar cego e ser cego. Neste caso, eles se perguntam se são cegos, não se estão cegos. Estar cego é um estado, ser cego é uma condição. Estar cego dá a ideia de algo temporário, ser cego dá a ideia de algo permanente. As duas condições são graves, mas ser cego parece sem esperança.

A presença de Jesus nos coloca na posição do acusado ou do que está sendo defendido, “Eu vim a este mundo para juízo”. Jesus não veio para condenar nesta dispensação. Ele trata de apresentar o estado em que nos encontramos espiritualmente. Sua presença brilha para que nos ilumine a consciência e nos faça ver o estado em que nos encontramos: “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo” (Jo 9.5). “... a fim de que os que não veem vejam, e os que veem se tornem cegos”.

“Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado.” Sua luz é para que nos acheguemos a Ele e, vendo o nosso pecado, peçamos perdão. No entanto, muitos, em vez de se arrependerem com tristeza pelo seu pecado, se rebelam e trazem condenação sobre si.

O assunto principal é que, sabendo que são pecadores, ao serem expostos à luz de Jesus, rejeitam a ajuda para a condição de cegueira espiritual. Isto traz grande tristeza para um Deus amoroso que já proveu a limpeza e o perdão para o pecado através de Jesus Cristo.

Cura completa

Cura completa


“Ouvindo Jesus que o tinham expulsado, encontrando-o, lhe perguntou: Crês tu no Filho do Homem? Ele respondeu e disse: Quem é, Senhor, para que eu nEle creia? E Jesus lhe disse: Já o tens visto, e é o que fala contigo. Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e O adorou” (Jo 9.35-38).

Jesus está ciente de tudo que nos acontece: “Ouvindo Jesus que o tinham expulsado”. Jesus estava ciente do que estava acontecendo na vida do homem. Ele nos salva e cura e nunca nos abandona. Ele está perto de nós.

Jesus não só está perto de nós, como também nos busca e nos dá boas notícias com clareza: “encontrando-o, lhe perguntou: Crês tu no Filho do Homem?” O homem curado não o buscou, Jesus o encontrou e falou com ele. Jesus ainda está buscando os perdidos. Ele não vai descansar até nos encontrar pessoalmente e fazer a pergunta em alto e bom som: “Você crê no Filho de Deus?”

Crer em Jesus é colocar nossa confiança no fato de que ele é Deus, é o Messias, e como tal tem o poder de fazer-nos novas criaturas.

A resposta de Jesus: “Já o tens visto, e é o que fala contigo”, é contundente. Sua resposta foi clara: “ele é”. Esta é a mesma resposta que Deus dá a Moisés: “EU SOU”. Não há outro Deus, não há outro que possa libertar, salvar e curar.

Mas, para sermos encontrados por ele, devemos também estar buscando-o. É uma bendita associação. Deus está nos procurando, nós o estamos buscando. O homem que foi curado estava procurando em quem crer, e Deus se deixa achar por aqueles que o buscam.

O homem crê e aceita pela fé que Jesus é “o Filho de Deus”. E ele disse: “Creio”.

O propósito de ser curado fisicamente não é apenas ser abençoado e satisfazer uma necessidade, mas cumprir a razão pela qual fomos criados por Deus, para adorá-lo.

Consequências de um cego compartilhar a luz

Consequências de um cego compartilhar a luz

“O homem respondeu: Ora, isso é extraordinário! Vocês não sabem de onde Ele vem, contudo Ele e me abriu os olhos. Sabemos que Deus não ouve a pecadores, mas ouve ao homem que o teme e pratica a sua vontade. [...] Se esse homem não fosse de Deus, não poderia fazer coisa alguma” (Jo 9.30,31,33, NVI).

Agora o cego testifica e ensina: “isso é extraordinário!” Alguém que não enxergava agora sabe o que é ver, e “isso é extraordinário!” O cego não pode esconder que está deslumbrado.

Ele está surpreso, pois saiu da sombra e escuridão para a luz radiante de Jesus.

O cego deixa de ser um pobre aleijado infeliz e agora passa a ver, a ser um mestre e teólogo. “Prega” aos fariseus em sua segunda entrevista: “Desde que há mundo, jamais se ouviu que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença”.

O cego declara que Jesus vem de Deus e que tudo que Ele faz depende do relacionamento que tem com Deus. Agora, o que está curado não só enxerga fisicamente, mas começa a compartilhar sua luz. Ele não pode evitar, reflete a intuição da luz da verdade de Deus: “Se, porém, andarmos na luz, como Ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1Jo 1.7).

A frase: “isso é extraordinário” constitui também um alerta. É incrível que Jesus faça tantos milagres e maravilhas, e muitos no mundo e, pior ainda, nas igrejas não entendem que Ele está abrindo os olhos e dando luz. “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8.12).

Porque o cego “brilhou”, o “expulsaram”. Não há pior surdo do que aquele que não quer ouvir, nem pior cego do que aquele que não quer ver. Jesus vem para abrir nossos olhos e ouvidos. Não o expulsemos hoje de nossa vida.