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quinta-feira, 25 de abril de 2019

Milagre!

Milagre!

DÍA 175

“Então, os vizinhos e os que dantes o conheciam de vista, como mendigo, perguntavam: Não é este o que estava assentado pedindo esmolas? Uns diziam: É ele. Outros: Não, mas se parece com ele. Ele mesmo, porém, dizia: Sou eu” (Jo 9.8,9).

Um milagre é um sinal cujo objetivo é atrair a atenção do que recebe o milagre e daqueles que o testemunham para Deus.

Um milagre é para que Deus receba a glória: “para que se manifestem nele as obras de Deus” (v. 3).

Milagres causam controvérsia: “e os que dantes o conheciam de vista, como mendigo, perguntavam: Não é este o que estava assentado pedindo esmolas? Uns diziam: É ele. Outros: Não, mas se parece com ele”.

Há duas fontes de milagres: Deus ou Satanás. Deus opera milagres através de pessoas santas e fiéis. Os milagres satânicos têm o propósito de dividir o reino de Deus, desviar a atenção de Deus, da LUZ, para o espetacular ou para pessoas e congregações.

Às vezes, com os milagres que vêm de Deus, Satanás tenta desviar uma congregação para se concentrar nos aspectos sobrenaturais da presença de Deus, e não na presença de Deus.

Os milagres de Deus são “naturalmente” sobrenaturais. Se Deus está presente, haverá milagres. Estes sempre nos surpreendem, mas devem nos levar a dar glórias a Deus, não ao lugar, à congregação e muito menos a quem Deus usa.

Deus tem um propósito com os milagres: ele quer fortalecer a fé, dar-nos a segurança de que nEle há poder sobrenatural.

Ele quer restaurar e demonstrar seu amor e misericórdia.

De qualquer forma, devemos seguir adiante com o propósito e a vontade de Deus para nossas vidas, seja com milagre ou sem milagre.

A prioridade número um na vida de um cristão não são as bênçãos do reino, mas o Rei do reino, Jesus Cristo.

Vaga-lumes espirituais

Vaga-lumes espirituais

DÍA 173

“Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo” (Jo 9.5).

Jesus repete: “sou a luz do mundo”. Sua missão é resplandecer, dissipar as trevas. Dar vida e vida em abundância onde há escuridão. Trazer luz para casas, relacionamentos e vidas na escuridão.

“Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença” (9.1). Jesus leva em conta a calamidade deste homem não só para curá-lo, mas como uma ilustração do imperativo da possibilidade de ser curado da cegueira espiritual, e de que somos agentes de sua luz para dissipar as trevas que constantemente nos rodeiam.

É interessante a declaração: “Enquanto estou no mundo”. Significa que quando ele subiu ao céu deixou de ser a luz do mundo? Enfaticamente, não! Hoje, Jesus, a luz do mundo, segue brilhando, mas agora através de nós. Não refletimos sua luz, mas espalhamos a luz. Brilhamos de dentro para fora.

Hoje somos a luz do mundo. Não no sentido de que geramos luz, mas, na realidade, sua presença brilha em nós e começa iluminar o mundo em trevas ao nosso redor.

Onde há luz, não pode haver trevas. Isso parece tão óbvio, mas se há luz, as trevas se dissipam. Luz e trevas não são compatíveis, não podem coexistir. Assim como não há meias-verdades ou meias-mentiras, não pode haver luz e trevas ao mesmo tempo.

Ser ou não ser. Jesus diz: “sou a luz do mundo”. Ele é o grande “EU SOU”, em quem um povo que estava em trevas viu uma grande luz (Mt 4.16).

Ação divina + obediência + fé = milagre

Ação divina + obediência + fé = milagre

DÍA 172

“Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego, dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e voltou vendo” (Jo 9.5-7).

Jesus veio para dissipar as trevas: o pecado, doença, poder infernal e carnalidade, aquilo que prejudica sua criação.

Ele é “a luz do mundo”. Jesus está restaurando a criação. Sua missão é ser A LUZ, brilhar!

Nesta passagem, Jesus cura um homem cego. Também o convida a receber não só a cura física, mas a cura espiritual.

É um convite para que a escuridão interior seja penetrada pela luz de Jesus, para que o cego não apenas veja, mas também brilhe e irradie sua presença entre outros.

O processo do milagre é interessante e nos dá alguns princípios válidos na forma como Deus age.

Primeiro, Deus está ativo o tempo todo. Ele é um Deus Criador que transforma o caos em ordem. Hoje estamos sob sua graça amorosa. Sua Palavra é ação criadora.

Neste caso, Jesus usa uma curiosa mistura (lodo e saliva) para “acender” a fé do cego e para dar um exemplo de como ser a “luz do mundo”.

Segundo, Jesus dá mandamentos claros, concretos e possíveis de cumprir: “Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado)”. O enviado do céu nos convida a participar de sua missão! Brilhar!

Bendita associação! A iniciativa divina e a participação humana.

Terceiro, a obediência à Palavra de Deus. A obediência traz em si mesma a fé, isto é, crer que sua Palavra é verdadeira e que o que ele promete cumpre; lançar-se para a proteção amorosa de seu destino. Se não estivermos ouvindo sua Palavra, crendo e obedecendo, não haverá milagre.

Qual é meu imperativo?

Qual é meu imperativo?

DÍA 171

“É necessário que façamos as obras daquele que me enviou...” (Jo 9.4).

O imperativo do Senhor Jesus Cristo, “É necessário que façamos”, indica uma ação que, se não fosse cumprida, custaria o mais precioso de sua vida, sua comunhão com o Pai.

“É necessário que façamos” inclui um verbo que pode ser traduzido como “estou limitado por” ou “não tenho como escapar”. Isso não significa que não tenha vontade própria ou seja um “robô” manipulado por outro. É, antes, sua missão, sua paixão, seu propósito de vida. É uma iniciativa voluntária por amor incondicional a seu Pai.

Note que Jesus diz que o que ele faz não é sua iniciativa, estratégia ou ideia. Ele deve fazer “as obras daquele que me enviou”.

Jesus seguiu ao pé da letra a iniciativa, as ordens de seu Pai.

A frase, “as obras dAquele que me enviou”, indica que Ele conhece quem o enviou, conhece as ações de quem o enviou e a razão pela qual o enviou.

“As obras” não são sua genialidade ou seu programa, mas são o fruto de total obediência aos mandamentos específicos do Pai.

Em Jesus há singularidade, um foco total no propósito; a prioridade é a missão, e ele dedica todas as suas forças e todo o seu amor para cumprir rigorosamente o que lhe foi  confiado.

Tudo que Jesus diz e faz, toda sua preparação espiritual, física e mental é para cumprir a missão do Pai, para fazer “as obras dAquele que me enviou”.

Jesus é o único modelo a seguir. Como podemos ser como Ele? Jesus era um com o Pai. Ele não fez nada para si mesmo. Dedicou tudo para obedecer-lhe radicalmente.

A consequência de sua obediência radical extrema é plenitude total, satisfação total, PAZ.

Culpado?

Culpado?

DÍA 170

“Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9.1-3).

O olhar compassivo de Jesus capta a atenção dos discípulos. Eles olham e julgam. Perguntam: “Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?”

Julgamos pelas aparências e por nossos padrões culturais. Os discípulos atribuíam qualquer enfermidade ou problema ao pecado pessoal ou familiar.

O pecado traz consequências terríveis ao mundo. Toda a criação está sob maldição. Sofremos as consequências da maldição da criação devido à queda de Adão e Eva.

Jesus venceu todas as maldições, até mesmo a maldição da queda. Mas muitos ficam doentes, muitos sofrem acidentes, muitos enfrentam sérios problemas de todos os tipos, porque a criação ainda geme à espera de sua redenção.

Aqueles que rejeitam a Deus estão sob forças satânicas e escolhem maldição e morte; recebem todos os danos causados por forças satânicas, as consequências da maldição universal e danos causados pelo pecado pessoal.

Jesus é muito claro em sua resposta: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus”.

O propósito de Deus é que a sua glória seja manifesta, abolindo o pecado e suas consequências.

Hoje Deus perdoa, cura, restaura, prospera. Hoje ELE pode limpar totalmente um coração pecaminoso.

No entanto, quando Jesus voltar e completar a redenção de toda a criação, não haverá mais sofrimento, nem lágrimas, nem injustiça, nem dor, nem enfermidade. Haverá novos céus e nova terra. A glória de Deus estará sobre toda a criação!

Amar o próximo em meio a extremas dificuldades pessoais

Amar o próximo em meio a extremas dificuldades pessoais

DÍA 169

“Então, pegaram em pedras para atirarem nele; mas Jesus se ocultou e saiu do templo. Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença” (Jo 8.59–9.1).

Jesus vive intimamente relacionado com seu Pai. Ele pode libertar qualquer pessoa que esteja em pecado porque, por amor ao Pai, Ele deu completamente a si mesmo.

Jesus não apenas se identificou com a missão de Deus, mas Ele, sendo Deus, é a própria missão de Deus.
Sua íntima identificação com Deus lhe trouxe tal perseguição que seus compatriotas e líderes religiosos “pegaram em pedras para atirarem nEle”, considerando-o blasfemo ao proclamar que Deus era seu Pai.

“Jesus se ocultou e saiu do templo”. Ele não permitiu que tirassem sua vida ali. Ele usou sua autoridade. Ele entregaria sua vida no tempo de Deus, e não quando outros queriam matá-lo.

O que eu faria em tal circunstância? O que fez Jesus enquanto passava entre seus perseguidores? Ele “viu um homem cego de nascença”.

O eixo da vida de Jesus não era Ele mesmo. Jesus vivia para servir a Deus, cumprir sua missão. Em meio a perseguição e censura, Jesus percebeu a necessidade do próximo: “viu um homem cego de nascença”.

João, o escritor do Evangelho, comenta a ação de Jesus. O olhar de Jesus era tão amoroso, tão carinhoso, tão intenso que chamou a atenção dos discípulos e de João. Jesus se concentrou nas necessidades dos outros, não em sua própria necessidade.

O mais bonito é que Ele ainda está se concentrando nas necessidades dos outros, em nossa necessidade! Se queremos ser como Jesus, devemos nos concentrar no próximo, não em nós mesmos.

Reações extremas

Reações extremas

DÍA 168

“... Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se. Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU. Então, pegaram em pedras para atirarem nEle; mas Jesus se ocultou e saiu do templo” (Jo 8.51-59).

As desculpas para não seguir a Jesus sempre terminam em religiosidade: “És maior do que Abraão, o nosso pai, que morreu? Também os profetas morreram. Quem, pois, te fazes ser?” (v. 53).

O apelo de Jesus continua em duas áreas: a primeira é a profética: “Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se”. Toda profecia sempre aponta para Cristo. Quando a profecia indica fins pessoais, para exaltar um sistema religioso, estratégico ou uma pessoa, é heresia.

Hoje, o ofício do Espírito Santo é exaltar a Cristo e seus ensinamentos (Jo 14.26; 15.26).

Em segundo lugar, Jesus apela para o seu testemunho pessoal como base para seus argumentos.

Jesus está seguro, no mais íntimo de seu ser, de que tem um relacionamento santo, íntimo e contínuo com o seu Pai. Sua vida, suas ações, suas palavras, todo o seu ser é um reflexo do Pai: “Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória nada é; quem me glorifica é meu Pai [...] eu o conheço e guardo a sua palavra” (vv. 54,55).

Estes dois argumentos não podem ser refutados. Então, aos fariseus resta apenas uma ação, livrar-se de Jesus! A reação mais extrema: “pegaram em pedras para atirarem nEle”.

A frase seguinte é incrível: “mas Jesus se ocultou e saiu do templo”. Ninguém pode controlar Jesus. Jesus não está sujeito ao destino ou aos caprichos das pessoas. Ele é que sustém tudo que há. Ele é o dono de seu destino. Ele sempre tem a última palavra!

Obediência que produz vida eterna

Obediência que produz vida eterna

DÍA 167

“Responderam, pois, os judeus e lhe disseram: Porventura, não temos razão em dizer que és samaritano e tens demônio? Replicou Jesus: Eu não tenho demônio; pelo contrário, honro a meu Pai, e vós me desonrais. Eu não procuro a minha própria glória; há quem a busque e julgue. Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente” (Jo 8.48-51).

Quando uma pessoa é confrontada com Jesus Cristo (que é a verdade) através do Espírito Santo, busca desculpas para viver em seus caminhos pecaminosos. Os judeus disseram: “... és samaritano e tens demônio”.

Uma das respostas óbvias para rejeitar a convicção do pecado é sempre apontar o pecado do outro, em vez de confrontar a si mesmo e dizer “sou um pecador” (Sl 51). Veem o argueiro, mas se esquecem da trave (Mt 7.3).

Qualquer desculpa para não honrar a Jesus e não segui-lo desonra o Pai e a Jesus.

Quando alguém decide opor-se a Jesus, ou simplesmente não segui-lo, quase sempre está buscando sua própria glória e honra.

Nascemos inclinados para o pecado (pecado original) e com a necessidade de preencher o vazio de Deus. Desde os primeiros dias de existência, começamos a nos encher de nós mesmos, tornamo-nos idólatras (para adorar-nos). O triste é que, quanto mais velha a pessoa é, mais difícil de despojar-se do “ídolo de si mesmo”. Somente o poder e fogo do Espírito Santo pode destronar e destruir este ídolo.

A Palavra de Deus é a chave, tanto para nos converter como para nos manter fiéis: guardar a Palavra de Jesus, ler, ouvi-la, valorizá-la e obedecê-la (Sl 119.11).

O resultado de guardar a Palavra, ou seja, obedecê-la, é que “não verá a morte”. Não se refere à morte física, significa que, ao morrer, ressuscitaremos com ele; ou se não morrermos, subiremos nas nuvens com ELE. Isso significa usufruir dEle e da presença de Deus agora e para toda a eternidade.

O que pertence a Deus

O que pertence a Deus

DÍA 166

“Mas, porque eu digo a verdade, não me credes. Quem dentre vós me convence de pecado? Se vos digo a verdade, por que razão não me credes? Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não me dais ouvidos, porque não sois de Deus” (Jo 8.45-47).

Jesus mostra que tipo de pessoas são as que o perseguem. Estas são “... do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos” (Jo 8.44). São homicidas (matam com a língua, Mt 5.21,22), não seguem a verdade, são mentirosos e filhos do mentiroso.

Embora estivessem dispostos a matar fisicamente se não houvesse lei, ao fim das contas esses fariseus religiosos arquitetaram a morte de Jesus. Realmente começaram com abusos verbais, ironias, prejudicando a autoestima, protelando para não responder, ridicularizando publicamente, usando a família de Jesus e rumores sobre Nazaré.

Uma pessoa que é de Deus sempre é verdadeira. Assemelha-se a Jesus, expressando seu ser com a frase: “digo a verdade”.

Os crentes são pessoas completamente transparentes, não buscam seus próprios interesses, mas os do reino. Não manipulam quaisquer circunstâncias para beneficiar-se, verbalmente ou fisicamente. Não têm necessidade de se proteger porque têm Deus como seu protetor.

Uma pessoa que é de Deus não é pecadora: “Quem dentre vós me convence de pecado?” O cristão não peca, não pratica o pecado. De vez em quando pode cometer um erro, mas suas intenções são puras e não faz nada para ferir ou prejudicar os outros. Eles são perfeitos em intensão como seu Pai celestial (Mt 5.48).[P1]

Uma pessoa que “é de Deus ouve as palavras de Deus”, isto é, ela está com fome de ouvir Deus, ler e conhecer a Palavra de Deus. Está atenta à voz de Deus em seu coração, o ouve e obedece.

Quem você segue?

Quem você segue?

DÍA 165

“Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44).

De uma forma muito forte, Jesus mostra que seus adversários são filhos do diabo. Suas palavras nos fazem tremer ao pensar em tantos perdidos que literalmente seguem as obras de Satanás.

A beleza desta advertência é que hoje é dia de salvação e dia de esperança, pois Jesus continua nos falando de muitas maneiras.

Jesus apresenta as obras de Satanás e de seus filhos: homicidas, mentirosos, surdos à voz de Deus, acusadores, odeiam a Deus e tudo que vem de Deus, cegos em sua maneira de ser.

Jesus fala de “satisfazer-lhe os desejos”. Satanás é o adversário de Deus e de todos que seguem a Deus. Satanás planta seus desejos em todas as pessoas. Suas tentações são sutis, e ele usa nossas fraquezas e nossas necessidades normais.

A mentalidade satânica é óbvia: ele “é mentiroso e pai da mentira”.

Não pode haver meias-verdades, tampouco meias-mentiras. Ou é verdadeiro ou é mentiroso.

Jesus foi claro sobre o homicídio, o adultério e de onde provêm os pecados (Mt 5, 6, 15); eles vêm de um coração vendido a Satanás. As más obras são simplesmente o resultado do estado do coração. Ou é de Deus ou está “vendido à escravidão do pecado” (Rm 7.14,15).

Não há maneira de passar despercebido. Ou somos filhos de Deus, fazendo as obras de Deus, amando-o de todo o coração, ouvindo, entendendo a palavra de Jesus, ou, pelo contrário, somos seguidores do diabo. Que palavra dura! Ninguém pode ser neutro, somos de um reino ou do outro!

Hoje é o dia da salvação, sigamos a Jesus!

Árvore genealógica que precisa de desinfetante

Árvore genealógica que precisa de desinfetante

DÍA 164

“Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não está em vós” (Jo 8.37).

Jesus começa com uma declaração ante a descrença dos fariseus e dos principais sacerdotes. Ele afirma que são terrenos “descendentes de Abraão”.

O sobrenome, descendência, status social ou religião não nos garantem entrada no reino de Deus. A entrada no reino de Deus não depende de nossa descendência terrestre; depende de nascer de novo, do alto.

Essas pessoas tinham cancelado toda a sua herança no reino, haviam anulado todos os seus direitos, porque a “palavra não está [estava]” neles. Tinham anulado todas as promessas de Deus para eles e impediram suas famílias de entrar no reino de Deus.

A Bíblia é a Palavra declarada de Deus, a Palavra poderosa e transformadora de Deus. Jesus é a própria Palavra de Deus.

Se ao ler a Bíblia ou ouvir pregações bíblicas sentimo-nos desconfortáveis, não é para nos prejudicar. Ao contrário, é para nos ajudar a não rejeitar a Deus.

No texto, as palavras de Jesus não encontraram espaço na vida dos fariseus. Não houve “espaço” para a Palavra.

Não crer na Palavra de Deus levou-os a uma completa rejeição de Jesus e de todos os seus ensinamentos.

Não encontrando espaço para a Palavra de Deus, fizeram-se agentes da palavra de Satanás, a palavra assassina de todos os tempos que veio apenas para roubar, matar e destruir.

Estamos sempre seguindo uma ou outra direção: ou a Deus ou ao inimigo de Deus, não há nenhum caminho neutro. As consequências são a vida eterna ou a condenação eterna.

Filho, mas com mentalidade de escravo

Filho, mas com mentalidade de escravo

DÍA 163

“O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.35,36).

Há uma grande diferença entre ser filho, com direitos e responsabilidades, e ser escravo, apenas com responsabilidades e nenhum direito.

Muitas vezes, um escravo era bem tratado por bons amos, no entanto, outros eram maltratados e abusados. Normalmente, um escravo não obedecia por amor, mas por medo.

A obediência de um escravo era externa, não interna. Se estivesse sozinho agia mal, e se fosse possível mataria ou maltrataria seu amo.

Seguir a Cristo, ser seus discípulos, conhecê-lo, é ser “verdadeiramente livres”. Não nos comportamos como escravos. Os israelitas foram escravos no Egito por mais de quatrocentos anos, e até mesmo durante a travessia do deserto e os anos da conquista comportaram-se como escravos. Tinham mentalidade de escravo. Eles não tinham a mentalidade de filhos de Deus.

Se um escravo se comportasse mal poderia ser vendido, punido e até mesmo morto. Um escravo não tinha nenhuma esperança, não tinha futuro, não tinha motivação para seguir em frente.

Por outro lado, um filho é herdeiro, tem todos os direitos, todos os benefícios e mais ainda, o amor incondicional do pai.

Hoje, muitos filhos de Deus, habitados pelo Espírito Santo, seguem vivendo e agindo como escravos. Têm insegurança, medo, pensando que “não fica [ficarão] sempre na casa”. Mas o filho só fica em casa se literalmente é o dono da casa.

Vivamos hoje como filhos de Deus com todos os direitos e todas as responsabilidades de representar o Pai como só ele merece. Não por medo, mas por amor.

Agarrando-se à fonte de poder

Agarrando-se à fonte de poder

DÍA 162

“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos” (Jo 8.31).

Esta é a primeira fase da lição de discipulado de Jesus: os “judeus que haviam crido nEle”. O primeiro passo do discipulado é crer nEle.

A segunda fase do discipulado é permanecer, ou seja: não ir, não se distanciar. Quando cremos nele permanecemos nEle, ou seja, nos agarramos a ELE!
Onde ele vai, eu vou. Onde Ele não vai, eu não vou. Onde Ele fica, eu fico.

Permanecer nEle é como estar imerso nEle, é o mesmo que saturar-se dEle ou ser cheio dEle. Permanecer nEle, portanto, significa estar na plenitude dEle ou ser cheio do Espírito Santo.

A terceira fase do discipulado é aprender a ouvir. Se não aprendemos a ouvir os outros, será muito difícil ouvi-lo. Se aprendermos a ouvi-lo, vamos aprender a ouvir os outros.

Aprender a ouvi-lo é permanecer na sua Palavra. Sua Palavra nos alimenta, nos sustenta, nos dá vida. Sua voz é vida!

A quarta fase é obedecer a lição. Não é só ouvir, mas fazer o que Deus nos pede. É uma obediência radical a Ele. Obedecer é mudar nossos caminhos, nossa maneira de ser.

O resultado dessas quatro fases, crer, permanecer, ouvir e obedecer, é ser “verdadeiramente meus discípulos”. Ser um verdadeiro discípulo não é uma questão de um momento, é uma caminhada constante. Continuamos crendo, permanecendo, ouvindo e obedecendo. É um processo ao longo da vida, e eu diria um processo eterno. A verdadeira liberdade acontece quando estamos presos a Jesus, permanecendo em sua Palavra.

“Escravo do pecado”

“Escravo do pecado”

DÍA 161

“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nEle: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará...” (Jo 8.31-36).

Para entender bem a medicina ou a solução para uma doença ou qualquer situação similar, precisamos saber qual é a doença.

Para conhecer Jesus o seguinte versículo é chave: “em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre”.

O pecado (e não falamos sobre pecados, falamos de “O pecado”), conhecido como “pecado original”, é a causa de todos os desastres que a humanidade enfrenta hoje.

Romanos 6 e 7 falam de “O pecado” (não pecados). Romanos 5 apresenta-o como algo que possuímos desde o nascimento. Romanos 6 apresenta “O PECADO” como algo que tentamos controlar. Mais adiante no mesmo capítulo fala de “O PECADO” como dono de nós (senhor feudal); não dono apenas de nossas ações (ler todo o capítulo 7), mas um rei que nos governa e nos torna escravos. Paulo conclui com uma exclamação desesperada: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24).

A solução para “O PECADO” é: “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. [...] Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 7.25; 8.1).

Jesus diz aos fariseus: “todo o que comete pecado é escravo do pecado”, é governado para fazer o mal. Imediatamente Jesus dá a solução: “a verdade vos libertará. [...] Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.

A verdade

A verdade

DÍA 160

“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nEle: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará...” (Jo 8.31-36).

O conhecimento constante de Jesus, ou seja, continuar crendo ou depositando todo nosso ser sob seu controle, ou o estudo e a prática da sua Palavra, permanecendo nEle em obediência radical, leva-nos a conhecer mais e mais a verdade.

Jesus dá fundamento para muitos princípios comprováveis. É importante notar que, em 8.32, Jesus fala de “a verdade”. “A” é um artigo definido, ou seja, Jesus é “a única verdade”, não é apenas uma verdade ou uma parte da verdade. A verdade sempre traz luz, sempre esclarece as coisas, não encobre; Jesus é a luz.

Jesus é toda a verdade. Tudo foi criado por Ele, para Ele, e tudo subsiste nEle. Qualquer verdade matemática, física, química, filosófica, religiosa, médica, científica etc. vem dele.

Nossa mente é muito limitada. Nosso conhecimento no âmbito científico ainda hoje é muito limitado. Quanto mais a ciência avança, mais descobrimos que Deus tem razão em toda a sua revelação. Tudo está fundamentado em Jesus: A VERDADE.

A promessa (profecia) apresentada por João aos verdadeiros discípulos é maravilhosa: “conhecereis a verdade”. Não é algo que acontece apenas em um instante. Esta promessa segue se cumprindo dia a dia, momento a momento, à medida que permitimos que ele assuma o controle de todos os aspectos de nossas vidas.

A verdade (Jesus) não escraviza, não transtorna o ego, não é exclusivista, não é usada para manipular, não isola nem destrói os outros, não brinca com os sentimentos. Jesus, a verdade, nos torna livres!

Conhecer

Conhecer

DÍA 159

“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará...” (Jo 8.31-36).

No capítulo 8, João começa com o caso de uma mulher que foi pega em adultério. Jesus a perdoa e resolve sua condição. Também lida com aqueles que estavam julgando a mulher adúltera, dando-lhes convicção do pecado, mas eles saem de sua presença. Será que eles solucionaram sua condição? Sair de sua presença é sempre um indicador de que nós não queremos a sua solução. Permanecer em sua presença é conhecê-lo cada dia mais e mais.

Em seguida, Jesus faz a declaração: “De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (8.12). Sua vida, suas obras, suas palavras trazem luz às pessoas. Ao estar em sua presença, a sua luz nos deslumbra; à medida que permanecemos nele, sua luz nos cura e realmente nos dá visão.

Imediatamente ele diz que seu testemunho e juízos são verdadeiros, pois ele tem uma relação íntima com Deus, o Pai. Jesus fala apenas o que ouve do Pai e faz o que vê o Pai fazer. Seu conhecimento não é apenas mental, é um conhecimento íntimo do Pai. Tal é a relação de Jesus com o Pai que o Pai vive através de Jesus, e o Filho, através do Pai. Mais adiante, Jesus vai dizer que ele e o Pai são um.

Agora Jesus lança uma nova declaração e, por que não, uma nova profecia: “conhecereis a verdade”. Quando os discípulos creem em Jesus, permanecem em suas palavras e lhe obedecem, então conhecem a verdade, o próprio Jesus Cristo. Esta profecia se cumpre especialmente sobre aquele que quer conhecer a Deus.

Liberdade

Liberdade

DÍA 158

“Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará...” (Jo 8.31-36).


Nesta passagem, Jesus enfatiza a importância de conhecê-lo. Quando começamos a conhecê-lo, Deus e o Espírito Santo nos revelam que ele é a verdade. A VERDADE em tudo.

Não há conhecimento parcial para Deus ou para ele. Jesus reflete tudo o que é verdadeiro, tudo o que é justo, tudo o que é amável. Nele estão todos os segredos científicos que ainda serão revelados e todos os mistérios que talvez nunca saberemos.

Verdade significa transparência. Ser radicalmente verdadeiros nos dá credibilidade. No entanto, alguns, em nome da honestidade e verdade, são agressivos, vitimadores e prejudiciais aos outros. Cristo, a verdade, é o nosso exemplo máximo: ternura, amor, paixão, firmeza, mas nunca arrogância, contestação, ironia, malícia.

O resultado de conhecê-lo e saber que Jesus é a verdade traz uma outra promessa: “a verdade vos libertará. [...] Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.

A promessa ou profecia, como resultado de se concentrar em Jesus, é a liberdade absoluta.

Primeiro de tudo, a liberdade do pecado: “todo o que comete pecado é escravo do pecado”. Não é a liberdade de um ou outro pequeno pecado, é a liberdade de todo pecado. A liberdade não só de todo pecado, mas da fonte do pecado. Pureza total. Perfeição do pecado intencional. Pureza de motivação.

Liberdade! A consequência disto é a paz. Ou seja, não há contradição entre o que somos, o que fazemos e o que dizemos. Gloriosa liberdade! “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”

A pior tragédia

A pior tragédia

DÍA 157

“De outra feita, lhes falou, dizendo: Vou retirar-me, e vós me procurareis, mas perecereis no vosso pecado; para onde eu vou vós não podeis ir” (Jo 8.21).

Jesus nunca deixará de ter amor pelos perdidos. Ele sabe que eles pereceriam em seu pecado. Esta é uma paixão que flui de sua própria natureza: Jesus é amor.

Para cumprir seu ministério e salvar tantos quanto possível, que aceitaram seu amor, Jesus dá alguns passos radicais.

Jesus está pensando no momento de ir para a cruz. Primeiro Ele foi à cruz para que não morramos em nossos pecados.

A Bíblia fala de duas mortes. A morte física e a morte eterna. Jesus está muito preocupado com estas pessoas, sabendo que na segunda morte irão para o inferno de fogo por toda a eternidade.

Depois de sua ascensão e de capacitar os crentes com o Espírito Santo, Jesus iria para a direita de Deus.

Hoje, à direita do Pai, Jesus está intercedendo por nós. Ele está com o Pai e o Espírito Santo trazendo convicção aos corações dos pecadores para que não experimentem a segunda morte, a condenação eterna. Ele está fazendo todo o possível para evitar que vão ao inferno eternamente e para tirá-los hoje do inferno terreno em que vivem.

Jesus diz: “Vou retirar-me, e vós me procurareis”. Ainda hoje Ele pode ser encontrado.

Onde devemos ir? Primeiro à nossa cruz. Ou seja, devemos morrer para nós mesmos. Se o fizermos, e vivermos em santidade, vamos acompanhá-lo em sua missão aqui na terra como seus instrumentos; e no céu, com milhões e milhões, regozijando-nos com Deus, adorando o Cordeiro que nos salvou e celebrando a vitória final.

Mensagem clara que dá resultados

Mensagem clara que dá resultados

DÍA 156

“... Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do Homem, então, sabereis que EU SOU e que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou. E Aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque Eu faço sempre o que lhe agrada” (Jo 8.21-29).

A mensagem de Jesus é clara. Sua mensagem é celestial, não terrena: “Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, Eu deste mundo não sou” (v. 23). Sendo uma mensagem celestial, produz resultados celestiais, isto é, transformação total.

Sua mensagem aponta para quem Ele é. Nós devemos crer nEle: “porque, se […] crerdes que EU SOU…” (v. 24). A chave da vida é conhecer o doador da vida. Se cremos que Ele é o Libertador, nosso Senhor e Salvador, então vamos obedecer-lhe, fazendo o que Ele nos pede para termos vida abundante. Proclamaremos quem Ele é. Nossa mensagem é do alto, e não “deste mundo”.

Sua autoridade está baseada em sua obediência à missão confiada pelo Pai: “Aquele que me enviou é verdadeiro, de modo que as coisas que dEle tenho ouvido, essas digo ao mundo. [...] e que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou. E Aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada”.

Nossa autoridade será sempre derivada. Dependemos de sua autoridade. Jesus recebeu autoridade do Pai (“Todo poder é dado a mim”). O resultado positivo e vitorioso de sua missão foi devido à coerência entre o que Ele cria, dizia e vivia: “Aquele que me enviou é verdadeiro, de modo que as coisas que dEle tenho ouvido, essas digo ao mundo”. Uma vida vitoriosa e uma missão prevalecente baseiam-se numa consistência radical de vida. Somente assim teremos credibilidade. Somos o mesmo na intimidade e em público.

Meu lugar de influência

Meu lugar de influência

DÍA 155

“Proferiu ele estas palavras no lugar do gazofilácio, quando ensinava no templo; e ninguém o prendeu, porque não era ainda chegada a sua hora” (Jo 8.20).

Jesus fala no lugar do gazofilácio. Nessa sala estavam os principais do templo. Ou seja, Jesus ministrou às pessoas em lugares de influência. Não se diz que gritou: ele “falou”. Embora não concordasse com eles, os fez saber o que pensava para influenciá-los para o reino. Não devemos temer ou ficar amedrontados por pessoas de influência, porque elas são como nós, com grandes necessidades, e acima de tudo com necessidade de Deus.

Jesus ensinava no templo. Apesar de ser no “lugar do gazofilácio”, sua influência também alcançou pessoas que frequentavam o templo. Jesus não se esqueceu de influenciar qualquer nível da população de seu tempo. No templo entravam todos os religiosos, todos os que estavam buscando a Deus. Mesmo os gentios entravam no átrio exterior. No templo reuniam-se os pobres, a classe média e os ricos.

Embora Jesus fosse totalmente homem, “ninguém o prendeu, porque não era ainda chegada a sua hora”. Em outras palavras, o controle sobre Jesus estava com o Pai, que ditaria a hora para cumprir plenamente o propósito de sua missão. Jesus se submeteu completamente à vontade do Pai, e ninguém e nada poderia impedi-lo de o fazer. Ele não permitiu que ninguém o controlasse.

Quem tem o controle sobre a minha vida? Ninguém deve tê-lo, senão Deus. Nascemos para que Deus seja o nosso Senhor e Rei. Permitamos que Ele controle e dite qual é a nossa hora. Minha influência será poderosa quando Deus for O único a me controlar.

Zombaria irônica e insolente

Zombaria irônica e insolente

DÍA 154

“Então, eles lhe perguntaram: Onde está teu Pai? Respondeu Jesus: Não me conheceis a mim nem a meu Pai; se conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai” (Jo 8.19).

A frase dos fariseus, “Onde está teu Pai?”, é insolente, irônica e escarnecedora.

Eles estão questionando a identidade terrena de Jesus, referindo-se à história de José. Sabe-se que José não era o pai terreno de Jesus. Eles ainda questionam sua família. São baixos e tocam num ponto pessoal para prejudicá-lo.

A ironia, insolência e escárnio são um sinal de que as pessoas estão espiritualmente com uma grande necessidade, de que estão em pecado. Elas não amam o seu próximo porque não conhecem a Deus. Talvez sejam religiosas, estudiosas e muito tradicionais, mas necessitam que alguém as ame e as ajude a sair de sua ruína espiritual.

Jesus não responde no mesmo nível. Pelo contrário, passa ao plano espiritual. Para sair da ruína espiritual é preciso conhecê-lo; e ao conhecê-lo, se conhecerá o Pai.

A ironia, o escárnio e a insolência não podem ser corrigidos suprimindo nossa volatilidade, embora isto exija disciplina e prática. A cura para a insolência e o escárnio é a mudança de dentro para fora. Mudança de caráter.

Conhecer a Jesus nesta passagem não se refere a vê-lo ou recebê-lo. Refere-se a experimentar uma intimidade com Deus.

Intimidade é o conhecimento do Filho, saber que Ele realmente é o Filho de Deus e desfrutar continuamente de sua presença e amor. Um relacionamento constante, crescente e transformador é o que nos leva a agir e a apresentar Deus aos outros através de Jesus Cristo.

Perguntaram a Jesus: “Onde está teu Pai?” Vamos responder com certeza: “Ele vive em mim”.

Julgamento e testemunho

Julgamento e testemunho

DÍA 153

“Vós julgais segundo a carne, eu a ninguém julgo. Se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou Eu só, porém Eu e Aquele que me enviou. Também na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro” (Jo 8.15-17).

Jesus julga a forma como os fariseus julgam: “Vós julgais segundo a carne”.

Há uma diferença entre julgar pela carne e julgar pelo Espírito. Julgar pela carne é fazer de acordo com nossos pressupostos e pelo que “aparentemente” vemos. Julgar pelo Espírito é entregar o julgamento para Deus.

Existem motivações más que resultam em boas ações. Há motivações boas que resultam em ações más, por causa de nossa finitude e nossa condição pecaminosa.

O que Jesus diz nos versículos 16,17 parece contradizer-se: “Eu a ninguém julgo. Se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou Eu só, porém Eu e Aquele que me enviou”.

Ele “a ninguém julga” por si mesmo. Seu julgamento é sobrenatural, espiritual, não carnal: “porque não sou Eu só, porém Eu e Aquele que me enviou”. Jesus julga com base em sua comunhão íntima com Deus. É Deus quem faz o julgamento, Jesus escuta somente ao Pai; Ele mesmo não julgava os outros.

A base de seu julgamento é legal: “Também na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro”.

Todo julgamento é baseado no testemunho. Jesus testifica com suas palavras e ações; seu testemunho está baseado no cumprimento da sua missão e na obediência a quem o enviou: “Eu testifico de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também testifica de mim” (v. 18).

Como posso aplicar esta passagem em minha vida diária? Devemos passar mais tempo testemunhando do que julgando. O juízo é de Deus. Ao parar de julgar, Deus começa a dar testemunho dEle através de nós.

De onde vem minha identidade?

De onde vem minha identidade?

DÍA 152

“Então, lhe objetaram os fariseus: Tu dás testemunho de ti mesmo; logo, o teu testemunho não é verdadeiro. Respondeu Jesus e disse-lhes: Posto que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei donde vim e para onde vou; mas vós não sabeis donde venho, nem para onde vou” (Jo 8.13,14).

Nossa identidade está sempre relacionada com quem somos. Uma das mais fortes tentações que temos como crentes é de esconder nossa identidade.

Na verdade, Satanás tenta desviar-nos de Deus e de Jesus, semeando dúvidas em nossos corações. Uma de suas tentações é que questionemos nossa identidade. Ele grita ao coração, “Quem você pensa que é?”

Satanás questiona a nossa identidade, desprezando nosso testemunho. “Ah!, e você diz que é um cristão?” Os fariseus questionam o testemunho de Jesus. O que realmente fazem é questionar sua identidade. Satanás já havia feito isso, agora usa os fariseus com a mesma finalidade. “Disse-lhe, então, o diabo: Se és o Filho de Deus...” (Lc 4.3).

Jesus desarma os fariseus dizendo em quem se baseia sua autoridade. Ele diz: “eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei donde vim e para onde vou”.

Jesus sabia quem era, o próprio Deus, o Filho de Deus; não apenas sabia quem era, mas o seu propósito: “sei [...] para onde vou”.

Quando somos tentados quanto à nossa identidade como filhos de Deus, Jesus dá-nos o exemplo claro de como lutar contra essa tentação. Podemos erguer nossa mão e dizer a quem quer que seja, até mesmo ao diabo: “Eu sou um filho/filha de Deus, porque aceitei pela fé a luz da vida através da morte de Jesus Cristo na cruz”, e ponto! Não há mais discussão! De quem deriva minha identidade? A quem ouço? A quem obedeço ou me submeto? Quem é minha autoridade máxima?

“De novo?”

“De novo?”

DÍA 151

“De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8.12).

Depois de quase setenta anos do episódio da passagem, é curioso o comentário do apóstolo João: “De novo, lhes falava Jesus, dizendo...”

A primeira coisa que nos impressiona é que Jesus insistiu em se comunicar com aqueles que se opunham a ele: “De novo”.

“De novo” é a maravilhosa insistência de Jesus. Esses homens eram teimosos e duros de coração. Mas Jesus foi duro com paciência e amor. Ele novamente insistiu em entregar sua mensagem. Na verdade, não somos melhores do que o grupo dessa passagem a quem Jesus se dirige. Ele nos diz novamente. Ele nos ama tanto que não quer que nenhum de nós perca um só detalhe do que ele tem para nós.

Outra frase curiosa é: “lhes falava Jesus, dizendo”. Em nossa língua essa expressão soa redundante.

No entanto, são duas palavras diferentes no original. “Falava” traduz-se por “proclamava”, ou seja, o que Jesus expressou é a proclamação ou a mensagem profética de Deus. O que Ele diz se cumpre. Ele é o Verbo, a Palavra, seu ser e essência dão-nos a melhor direção que podemos ter.

A expressão “dizendo” significa perguntar, trazer um veredicto, dar um mandato e pode significar erguendo a voz, para que a expressão não passe despercebida.

Jesus então se dirige novamente àqueles que são “duros no ouvir” e um pouco “teimosos”, proclamando-se como a luz da vida. O que ele diz não é apenas uma conversa, é uma ordem, um confronto. Aceitar ou não definirá nossas vidas no presente e no futuro.
Baterias eternas

DÍA 150

“De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8.12).

Muitas vezes vemos anúncios publicitários de baterias que fazem com que bonecos ou artefatos de pilha sigam andando e andando. Jesus em nossa vida nos dará a capacidade de viver para sempre: ele dá “a luz da vida”.

O dispositivo que nos “conecta a Jesus” é segui-lo: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas”.

Normalmente, apontamos as lanternas para a frente quando queremos ver o caminho. Jesus é a nossa lanterna. Se o seguimos, não sairemos do caminho. Isso garante que chegaremos ao destino que Deus tem para nós, se a luz vai adiante de nós.

Mas isso não é apenas para o futuro. Jesus, a luz (“Eu sou a luz do mundo”), garante cada passo que damos no presente. Não há pior situação do que andar no escuro. Sentimo-nos inseguros, com medo, fracos e indecisos quando temos que andar no escuro.

Seguir Jesus ou caminhar com ele dá-nos segurança, coragem, força, determinação sobre o propósito de nossa vida. Não andaremos “na escuridão”!

A frase “quem me segue” [Jesus] é condicional. Aos que não seguem, apenas aguardam escuridão e decadência. Será pior a cada dia. Quem anda na escuridão, mais cedo ou mais tarde, fica sem direção ou orientação e acaba se perdendo.

Como é triste caminhar na escuridão com a possibilidade de ter a luz dentro de nós!

Ah, quando Jesus está em nós, ele começa a iluminar os outros através de nós. Tornamo-nos sua luz para um mundo que anda em trevas.

Existe alguém que te condena?

Existe alguém que te condena?

DÍA 149

“Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais” (Jo 8.10,11).

A pergunta-afirmação de Jesus: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra”, não poderia ser respondida por nenhum dos escribas e fariseus, nem por nós, porque “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós” (1Jo 1.8). [P1]

Jesus era o único qualificado para ser o primeiro a atirar pedra contra ela. Ele é o único que nunca pecou, mas sua missão não é “atirar pedras” nos pecadores. Ele “veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19.10). A vontade de Deus não é destruir, mas resgatar: “Dize-lhes: Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer, ó casa de Israel?” (Ez 33.11).

Todos que temos buscado Jesus e pedido perdão pelos pecados ouvimos sua voz dizendo: “Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais”. Ao ouvir essas lindas palavras e entender seu amor por nós, obedecemos à sua voz e não pecamos mais. “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo” (Sl 32.1,2).

“Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós” (Rm 8.33,34).

Os pecados dos outros

Os pecados dos outros

DÍA 148

“Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais

Um grupo de escribas e fariseus usa uma mulher presa no pecado para tentar confundir Jesus. Sim, o pecado deve ser denunciado, mas denunciado com amor, uma vez que a denúncia deve ser feita levando em conta que é parte do processo de restauração. Provérbios 16.6 diz: “Pela misericórdia e pela verdade, se expia a culpa; e pelo temor do SENHOR os homens evitam o mal”.

A motivação dos escribas e fariseus era bastante mesquinha e prejudicial. A mulher era um instrumento para alcançar seus propósitos malignos de se livrar de Jesus.

Jesus sempre vai direto ao cerne da questão. A mulher tinha um problema de pecado, mas seus acusadores também. Jesus não os acusa, Ele só declara que é o único que tem o direito de condenar: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra” (Jo 8.7). Deus Pai, Filho e Espírito Santo são os únicos “sem pecado”. Nós somos pecadores salvos pela graça, e se estamos livres do pecado é pelo seu poder em nós, por isso não temos nenhuma qualificação para condenar.

No fim das contas, o único que resta em pé é cada um de nós diante do Deus Todo-poderoso. No final da cena, Jesus foi deixado sozinho, e a mulher que estava envolvida. E quando estamos a sós com Ele, seu propósito é restaurar-nos e nos fazer novas criaturas.

Os fariseus, “acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos...” A longa fila de espera para acusar, condenar e executar a punição desapareceu!

Última oportunidade?

Última oportunidade?

DÍA 147

“... Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra” (Jo 8.3-7).

A Festa dos Tabernáculos havia terminado e os fariseus “juntamente com os principais sacerdotes enviaram guardas para o prenderem”, mas não puderam.

Agora, essas mesmas pessoas chamam-no de “mestre” e estão “tentando-o, para terem de que o acusar”.

Para prejudicar Jesus usam o pecado de outra pessoa, “uma mulher surpreendida em adultério”. A lei judaica ordena o apedrejamento dessas pessoas, e eles já a haviam condenado. A mulher não devia ter outra oportunidade! Ela devia morrer!

Jesus os ignora e “escrevia na terra com o dedo”. E faz-lhes uma declaração que ainda hoje é profunda para todos nós: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra”.

Com estas palavras novamente notamos quão rápidos somos para criticar e condenar os outros e lentos para reconhecer os próprios erros e pecados. Satanás é o acusador e às vezes ficamos do seu lado, esquecendo o versículo que diz que “o amor cobre multidão de pecados”; e outro que diz: “Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo” (Tg 2.13).

Mas essas palavras também nos dizem que a nós igualmente é dada uma outra oportunidade. Jesus é o Deus de novos começos, novas oportunidades, restauração e reconciliação. E nos dá nova vida, abundante e eterna.

O que faríamos “se não fosse por sua graça e amor”? Que consolo e paz poder ouvir do próprio Jesus: “Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais” (Jo 8.11b).

O melhor treinamento para ser o melhor mestre

O melhor treinamento para ser o melhor mestre

DÍA 146

“Jesus, entretanto, foi para o monte das Oliveiras. De madrugada, voltou novamente para o templo, e todo o povo ia ter com ele; e, assentado, os ensinava” (Jo 8.1,2).

“Jesus, entretanto, foi para o monte das Oliveiras”, obviamente para orar. Há três ações importantes que se seguem à oração de Jesus:

Após a oração Jesus retorna para onde as pessoas estão: “De madrugada, voltou novamente para o templo”. A oração dirige nossos passos para onde estão os necessitados, as pessoas. O tempo gasto a sós nos prepara para estar com os necessitados.

A oração atraiu as pessoas até Jesus: “e todo o povo ia ter com ele”. A oração atrai as pessoas até Deus. Não nos enganemos pensando que a oração nos tornará pessoas populares. Não, Deus é sempre popular. Sua presença atrai muitos, porque sabem que Ele tem a água que sacia: “levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (Jo 7.37b).

Além disso, a oração nos prepara para ensinar as verdades de Deus. O que ensinamos nunca deve ser contrário à Palavra. A oração esclarece e confirma a Palavra de Deus. A oração nos guia a encontrar os princípios universais e relevantes da Palavra de Deus para todas as gerações.

Outro ponto que vemos da oração é que, mesmo sendo Deus, Jesus dependia totalmente do Pai. Ele não agia de forma independente, fazendo o que bem lhe parecesse. Em tudo consultava o Pai e passava noites inteiras em sua presença.

Mais uma razão por que precisamos dedicar um tempo diário na presença de Deus, buscando o enchimento e orientação do Espírito Santo.

Porque: “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos” (Zc 4.6b).

“E cada um foi para sua casa”, menos Jesus

“E cada um foi para sua casa”, menos Jesus

DÍA 145

“E cada um foi para sua casa. Jesus, entretanto, foi para o monte das Oliveiras” (Jo 7.53; 8.1).

Para Jesus, o último dia da Festa dos Tabernáculos foi a conclusão de uma semana difícil. Pessoas tentando matá-lo, outras tentando interrogá-lo, outras duvidando de quem ele era. Jesus conclui seu dia dizendo: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (Jo 7.37,38). Os guardas vêm para prendê-lo e não podem, Nicodemos tenta defendê-lo. Muitos estão confusos, mesmo os familiares de Jesus. O que fazer?

As pessoas, os guardas, os principais sacerdotes e escribas, “cada um foi para sua casa” frustrado por não alcançar seu objetivo de prender Jesus.

“Jesus, entretanto, foi para o monte das Oliveiras” (Deus fala hoje).

A conjunção “entretanto” denota um conceito que se contrapõe de imediato: ENTRETANTO, “Jesus foi para o monte das Oliveiras”, e é óbvio, pelo seu hábito de ir para o monte, que ele foi orar.

Como Jesus resolveu todas as suas frustrações, perguntas, incompreensão das pessoas e problemas do dia a dia? Jesus orava, pedindo conselhos ao Pai, ele dependia da Palavra de Deus. Ele não planejava estratégias por si mesmo, retirava-se só para falar com o Pai. Jesus é o nosso exemplo. Aprendamos com ele como resolver nossas crises.

Há uma canção que diz que, quando paramos para olhar para o rosto de Jesus, as coisas deste mundo estranhamente desaparecem na luz de sua glória e graça. Em Jesus, encontramos verdadeiro refúgio, conforto e respostas às nossas perguntas.

Sendo confrontados e confrontando

Sendo confrontados e confrontando

DÍA 144

“Nicodemos, um deles, que antes fora ter com Jesus, perguntou-lhes: Acaso, a nossa lei julga um homem, sem primeiro ouvi-lo e saber o que ele fez? Responderam eles: Dar-se-á o caso de que também tu és da Galileia? Examina e verás que da Galileia não se levanta profeta” (Jo 7.50-52).

Nicodemos era um “principal entre os judeus e sacerdotes [...] mestre de Israel”. Seu conhecimento do Antigo Testamento, dos costumes da lei e da história de sua nação era excelente. Ele era um erudito!

Por outro lado, era uma pessoa que estava buscando a Deus com todo seu coração. Ele “foi ter com Jesus à noite”. E reconheceu que diante dele estava alguém especial, chamado Jesus; “ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele”. Não estava longe do reino de Deus.

Embora ele também tivesse medo do que as pessoas iriam dizer: “Este, de noite, foi ter com Jesus”.

Aqui, Nicodemos confronta seus companheiros em seu preconceito contra Jesus. Ele defende: “Acaso a nossa lei julga um homem, sem primeiro ouvi-lo e saber o que ele fez?”

No final do capítulo 19, vamos encontrá-lo como um discípulo de Jesus: “E também Nicodemos, aquele que anteriormente viera ter com Jesus à noite, foi, levando cerca de cem libras de um composto de mirra e aloés” (v. 39).

O que podemos aprender com Nicodemos? (1) Que é possível ser um estudioso da Bíblia e não ser um cristão. (2) Que é importante conhecer a Bíblia, pois nos ajudará a chegar mais perto de Cristo, se estivermos buscando a Deus. (3) Que há um desenvolvimento da fé na vida cristã, por isso temos que ajudar aqueles que estão crescendo em sua fé. (4) Que devemos influenciar aqueles que ainda não conhecem Jesus. (5) Que seremos ridicularizados quando tentamos levar outros a Jesus: “Dar-se-á o caso de que também tu és da Galileia? Examina e verás que da Galileia não se levanta profeta”.

“Por que não o trouxestes?”

“Por que não o trouxestes?”

DÍA 143

“Voltaram, pois, os guardas à presença dos principais sacerdotes e fariseus, e estes lhes perguntaram: Por que não o trouxestes? Responderam eles: Jamais alguém falou como este homem” (Jo 7.45,46). 

Dos “principais sacerdotes e fariseus” tinha sido dada a missão aos guardas para prender Jesus. E não puderam fazê-lo!

Os guardas experimentaram a presença de Deus, experimentaram Jesus. Sua conclusão foi: “Jamais alguém falou como este homem”. Nenhum dos profetas, nem Moisés, nem Abraão, nem o rei Davi falou como Jesus.

Jesus é a única palavra de Deus. Ele é o caminho, a verdade e a vida que conduz a Deus. Ele é a única expressão da realidade de Deus.

Agora, o Sinédrio, os “principais sacerdotes e fariseus” assumem que Jesus era galileu, embora ele tenha nascido em Belém, de onde eles sabiam que chegaria o Libertador.

O que aprender com esta atitude fechada e errônea desse grupo de judeus em comparação com a atitude dos guardas e de Nicodemos? Só podemos saber quem é Jesus quando o experimentamos e conhecemos pessoalmente. No momento em que abrimos nossos corações e mentes para Jesus, verdadeiramente entendemos quem ELE é.

O grupo de judeus que o rejeitou nem sequer se preocupou em descobrir de onde Jesus veio. Havia todas essas profecias sobre ele e cada uma delas foi cumprida, mas seus corações estavam endurecidos.

Foi uma pena que os “principais sacerdotes e fariseus” não quiseram ouvir Jesus e decidiram sentenciá-lo antes de ouvi-lo: “Acaso, a nossa lei julga um homem, sem primeiro ouvi-lo e saber o que ele fez?”

Quem é realmente Jesus?

Quem é realmente Jesus?

DÍA 142

“Então, os que dentre o povo tinham ouvido estas palavras diziam: Este é verdadeiramente o profeta; outros diziam: Ele é o Cristo; outros, porém, perguntavam: Porventura, o Cristo virá da Galileia?” (Jo 7.40,41).

QUEM É JESUS? Esta é a pergunta que cada pessoa deve resolver por si mesma.

Jesus faz essa pergunta aos seus discípulos em Mateus 16.13-17. “Indo Jesus para os lados de Cesareia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas. Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.”

Para Jesus, é muito importante o que cada um de nós acredita sobre ele. Não podemos amar quem não conhecemos. E não podemos conhecer uma pessoa a menos que dialoguemos com ela e lhe dediquemos algum tempo a cada dia.

Jesus é o Profeta dos profetas: “Este é verdadeiramente o profeta”. Jesus é o centro da profecia. Esta aponta para ele.

Ao longo de todo o Antigo Testamento, encontramos profecias sobre Jesus; todas essas profecias que falavam sobre Jesus, mesmo centenas de anos antes dele nascer em Belém, cumpriram-se com ele ao pé da letra.

Jesus é o Cristo, o Messias, o único e verdadeiro libertador: “Ele é o Cristo”, não há nenhum outro! “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36). Jesus quer nos ver no centro da vontade de Deus, e regozijando-nos nele para sempre.

Quem é Jesus para você?

Não há mais sede!

Não há mais sede!

DÍA 141

“No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (Jo 7.37).

Jesus está em Jerusalém para a Festa dos Tabernáculos. É “o último e grande dia da festa”, o oitavo dia, e acontecia a cerimônia de despejar a água do tanque de Siloé (traduzido: piscina do enviado) sobre o sacrifício final da festa.

Era o dia de maior assistência. Jesus aproveita a circunstância e quase indiscretamente “Jesus se pôs de pé e disse bem alto” (NTLH).

“Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9.36).

Seu chamado toma a Palavra do Antigo Testamento em Isaías: “Todos os que tendes sede, vinde às águas”. Ele é o verdadeiro “Siloé” (enviado), ele é a água da vida. Ele é o único que verdadeiramente satisfaz: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba”.

Nada melhor do que a própria Palavra explicando o que queremos expressar: “Orarás naquele dia: Graças te dou, ó SENHOR, porque, ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolas. Eis que Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei, porque o SENHOR Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós, com alegria, tirareis água das fontes da salvação. Direis naquele dia: Dai graças ao SENHOR, invocai o seu nome, tornai manifestos os seus feitos entre os povos, relembrai que é excelso o seu nome. Cantai louvores ao SENHOR, porque fez coisas grandiosas; saiba-se isto em toda a terra. Exulta e jubila, ó habitante de Sião, porque grande é o Santo de Israel no meio de ti” (Is 12.1-6).

Água que produz vida

Água que produz vida

DÍA 140

“... Jesus [...] exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado” (Jo 7.37-39).

O apóstolo João, perto do final do primeiro século, cerca de 65 anos após Jesus ter dito as palavras mencionadas nos versículos 37,38, explica o que Jesus queria dizer: “Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado”.

Jesus ensinou sobre beber o seu sangue (“Se alguém tem sede, venha a mim e beba”) na quinta-feira antes de sua morte: “A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mt 26.27,28).

A fome e sede de Jesus são abençoadas (“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”, Mt 5.6).

Devemos notar que o enchimento do Espírito Santo não é uma bênção somente para alguns. Qualquer pessoa que crê em Jesus e o ama não deve permitir que esta fonte se esgote em nenhum momento.

Além de sermos saciados, poderemos compartilhar como um rio que transborda com a presença e o poder de Jesus. João explica que esse transbordar é o enchimento ou plenitude do Espírito Santo depois da ressurreição e ascensão de Jesus, “porque Jesus não havia sido ainda glorificado”.

“Rios de água viva” na vida do crente produzem frutos exuberantes que ninguém pode questionar. Eles são abundantes e frescos para todos aqueles que nos conhecem e, assim, começam a ver Cristo em nossas vidas.

Fontes humanas

Fontes humanas

DÍA 139

“No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (Jo 7.37,38).

Jesus está exclamando em meio à cerimônia, quando a água era derramada sobre o sacrifício, chamando as pessoas: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba”.

Agora, apresenta a forma ou condição para beber dEle, da “água a jorrar para a vida eterna”: “Quem crer em mim”.

O dicionário define crer como: 1. Ter por certo; dar como verdadeiro; acreditar. 2. Ter confiança em; aceitar como verdadeiras as palavras ou afirmações. 3. Julgar, presumir, supor. 4. Ter confiança; ter fé; dar crédito.

Para aqueles que amam a Jesus, crer significa colocar toda nossa vida à sua disposição. Confiar e depender completamente dEle, em tudo. Crer não é apenas no plano mental. Crer em Jesus significa arraigar minha vida em sua Palavra. A fé em que Ele é o Libertador, o Salvador, o Consolador, o Sustentador de tudo (Cl 1).

Ao crer, recebemos a promessa de que “do seu interior fluirão rios de água viva”.

“Água viva” é um manancial perene, que não se detém. O elemento mais essencial para a vida é a água. Diz-se que, hoje, é o elemento mais limitado e escasso. Em Jesus, não só temos um manancial, mas “rios de água viva”. Crer em Jesus não só nos satisfaz e nos enche de bênçãos, mas também nos torna agentes dEle. Tornamo-nos fontes humanas, canais através dos quais correm rios de água viva que nunca se esgotarão. Esta água vem das profundezas de nosso coração para salvação, bênção e vida eterna, para todos aqueles que quiserem beber dela.

Deus no controle

Deus no controle

DÍA 138

“... enviaram guardas para o prenderem. Disse-lhes Jesus: Ainda por um pouco de tempo estou convosco e depois irei para junto daquele que me enviou. Haveis de procurar-me e não me achareis; também aonde eu estou, vós não podeis ir” (Jo 7.32-34).

Na passagem anterior, vemos como alguns criam em Jesus pelos sinais que fazia e outros murmuravam e procuravam prendê-lo e matá-lo. O ser humano pode tornar-se muito tolo e cego. Este grupo de judeus não percebeu que, na tentativa de matar Jesus (e ao fazê-lo), em vez de ter cumprido seus próprios desejos, eles estavam cumprindo o propósito de Deus para a salvação, mesmo que eles mesmos se arrependessem.

Nesta passagem, Jesus nunca perde de vista sua perspectiva: a missão que Ele tem que cumprir. E claramente descreve: “Ainda por um pouco de tempo estou convosco e depois irei para junto dAquele que me enviou”.

É interessante que a vontade de Jesus, sua decisão consciente e urgente, é cumprir a vontade dAquele que o “enviou”, o Pai.

O mais triste de tudo é que esses cegos murmuradores perderam o benefício da missão de Jesus: “Haveis de procurar-me e não me achareis; também aonde eu estou, vós não podeis ir”.

Assim como esse grupo de judeus não quis reconhecer o Messias, por quem haviam esperado por tantos séculos, poderia acontecer conosco. É tão difícil reconhecer que podemos estar completamente errados. Como está a minha relação com Jesus? Estou crescendo no conhecimento de Deus? Estou ouvindo o que ele está dizendo? Estou obedecendo aos seus mandamentos? Jesus diz que aquele que o ama guarda os seus mandamentos.

Não se trata de guardar um conjunto de regras e mandamentos, mas ouvir a sua voz todos os dias para que seja Ele a nos guiar, encher e usar para a sua honra e glória.

Por que eu creio em Jesus?

Por que eu creio em Jesus?

DÍA 137

“Então, procuravam prendê-lo; mas ninguém lhe pôs a mão, porque ainda não era chegada a sua hora. E, contudo, muitos de entre a multidão creram nEle e diziam: Quando vier o Cristo, fará, porventura, maiores sinais do que este homem tem feito?” (Jo 7.30,31).

“Não era chegada a sua hora”, a hora de Jesus completar sua missão. Jesus estava concentrado em um só propósito: cumprir a vontade do Pai. Não foi fácil cumpri-la, porque Ele teve que fazê-lo sem qualquer vantagem humana. Ele cumpriu pela fé e em plena obediência. Ele é nosso melhor exemplo! Qual é o propósito de nossa “hora”?

Por causa de seus ensinamentos e seu milagre da multiplicação dos pães, “muitos de entre a multidão creram nEle”. Creram nEle como uma pessoa maravilhosa, talentosa, como um grande professor, como um grande profeta, como um milagreiro. Crer desta forma não é ruim, é o primeiro passo para aprender a conhecê-lo, aprender a confiar nEle, aproximar-se dEle, ser atraído para Ele.

A primeira expectativa da multidão sobre quem era o Cristo baseava-se no que ouviram falar dEle e/ou em receber algum milagre de cura. Os israelitas esperavam que Ele fosse o libertador do jugo dos romanos. Muitos estavam surpresos pelos muitos milagres e maravilhas: “Quando vier o Cristo, fará, porventura, maiores sinais do que este homem tem feito?” No entanto, as promessas bíblicas e a descrição de Cristo falam de uma liberdade maior, a liberdade total do pecado e da natureza pecaminosa. Claro que incluem uma esperança de liberdade das tiranias e desigualdades deste século, mas isso está baseado em ser livre para amar a Deus com todo nosso ser.

Quem é Jesus? Por que você crê nEle? Certamente nossas respostas trarão glória ao nosso Salvador.

Ensinando em voz alta

Ensinando em voz alta

DÍA 136

“Jesus, pois, enquanto ensinava no templo, clamou, dizendo: Vós não somente me conheceis, mas também sabeis donde eu sou; e não vim porque eu, de mim mesmo, o quisesse, mas aquele que me enviou é verdadeiro, aquele a quem vós não conheceis. Eu o conheço, porque venho da parte dele e fui por ele enviado” (Jo 7.28,29).

Jesus está na Festa dos Tabernáculos em Jerusalém. Ele tem inimigos lá desde sua visita anterior, e ainda assim começa a ensinar em público, e as pessoas se maravilham com o seu ensinamento (vv. 12-15). Jesus descreve que seu ensino, sua doutrina provém de Deus, e Ele está obedecendo e dando os ensinamentos de Deus (vv. 16-19).

A multidão o entende mal e diz ainda que “tem demônio”. Jesus mostra que as pessoas estão erradas. As pessoas estão confusas e se perguntam se Ele é o libertador esperado, O Cristo.

Agora Jesus clama e ensina, talvez pelo desespero e incompreensão, perseguição e assédio.

Sua declaração tem três afirmações: (1) “Vós não somente me conheceis, mas também sabeis donde EU sou”. As pessoas conhecem a origem terrena de Jesus. (2) Jesus declara que não conhecem sua origem eterna, espiritual e, portanto, não conhecem a Deus: “e não vim porque eu, de mim mesmo, o quisesse, mas Aquele que me enviou é verdadeiro, aquele a quem vós não conheceis”. (3) Mas Jesus sabe de onde vem e para onde vai. Ele tem um sólido e concreto sentido de sua missão e do propósito de sua vida: “Eu o conheço, porque venho da parte dEle e fui por Ele enviado”.

Como posso aplicar esta atitude de Jesus para ensinar em alta voz no meio de uma situação de incompreensão e dificuldade? Não importa a situação em que me encontre, ter minha identidade em Deus e conhecer seu propósito para a minha vida, mesmo num momento em que estou chateado por uma situação difícil, me dá plenitude e segurança em Deus.

Confusos?

Confusos?

DÍA 135

“Diziam alguns de Jerusalém: Não é este aquele a quem procuram matar? Eis que ele fala abertamente, e nada lhe dizem. Porventura, reconhecem verdadeiramente as autoridades que este é, de fato, o Cristo?” (Jo 7.25,26).

A palavra Cristo significa Libertador. No Antigo Testamento era conhecido como Messias. Deus prometeu um Libertador para seu povo. Um Rei que os libertaria de TUDO, do sofrimento, do jugo da escravidão, da injustiça, da pobreza, das ansiedades pessoais. Era alguém esperado e procurado!

A pergunta de João 7.26 é muito relevante hoje em dia: “Porventura, reconhecem verdadeiramente as autoridades que este é, de fato, o Cristo?”

Quem é Jesus? As pessoas sabem muito sobre religião, doutrinas, dogmas, ritos e tradições, mas até que conheçam pessoalmente Jesus; até que conheçam qual é o propósito para o qual Ele veio; até que lhes seja revelado pelo Espírito Santo quem Ele é, tudo será apenas religião. O que precisamos é de um relacionamento com o nosso Salvador.

Hoje devemos personalizar esta pergunta: “Sabemos de fato que Jesus é nosso Libertador?”

Responder “sim” significa que: (1) Temos reconhecido que somos pecadores e pela fé aceitamos que Ele nos libertou através de sua morte na cruz e nos fez novas criaturas; (2) estamos de tal modo gratos por tão grande libertação que o adoramos em gratidão e consagramos a Ele nossas vidas para servi-lo; (3) estamos dispostos a segui-lo onde Ele nos levar.

Hoje sabemos quem Ele é, por isso devemos segui-lo, conhecê-lo e adorá-lo. O resultado será uma vida plena, com propósito, e acima de tudo, uma vida de esperança, sabendo que, ao servi-lo, ajudaremos que outros tenham vida e vida em abundância.

As aparências enganam

As aparências enganam

DÍA 134

“... por que vos indignais contra mim, pelo fato de eu ter curado, num sábado, ao todo, um homem? Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça” (Jo 7.23b,24).

Julgamos o tempo todo. É uma coisa assustadora! Você já ouviu dizer que a primeira impressão é a que fica? Somos especialistas em dar julgamentos sem conhecer bem as pessoas e circunstâncias. Antes de conhecer alguém damos nosso primeiro julgamento somente pela aparência. E quanto mais arrogantes somos, mais forte será o julgamento; sem compaixão e sem misericórdia.

Claro que algumas poucas pessoas, já mais maduras, tentam ver as coisas através dos olhos de Jesus. Nós precisamos ser cheios do Espírito Santo para sentir o amor e a compaixão de Jesus. A nós não compete julgar, porque nunca conheceremos todos os fatos em detalhes.

Somos pessoas finitas com muitas limitações, portanto, a nossa visão é sempre limitada, tendenciosa e injusta.

A conclusão de Jesus em toda a polêmica porque havia curado uma pessoa no sábado é: “Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça”.

O assustador desta passagem é que eles estavam julgando nada mais, nada menos do que o Justo, o Santo de Deus. Que atrevimento!

A multidão, quando confrontada com o Juiz dos juízes, o declarou culpado. Haviam sentenciado Jesus. Procuravam matá-lo por executar uma ação justa, por curar no sábado. Mas eles mesmos mantinham exceções às leis de Deus.

A chave para todo julgamento é deixar os juízos para Deus. Devemos denunciar o que está errado e orar para que Deus nos ajude a ser justos em nossas palavras e percepções.